terça-feira, 15 de junho de 2010

Holocausto da civilização do Império Inca

O MISTÉRIO DOS INCAS
O Império do Sol



Os incas formavam um povo religioso, de base agrária e com brigas eventuais pelo trono, mas não conseguiram resistir à pólvora dos espanhóis, que derrubaram o império do Sol.
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O que muitas pessoas não percebem é que o sistema ou civilização que cometeram o genocídio e em torno de Potosí ainda é dominante hoje. Este é mascarado pelo fato de que, por exemplo, o espanhol hoje são relativamente inofensivo em comparação com a santa exploração das Américas, a partir de 1492 até o início do século 19. Há dinheiro Espanhol apoiar tais esforços como a Universidade Zapatista afiliada Terra em San Cristobal, Chiapas, México. 

Encontramos muitos comentários de quem não completa verdadeiramente a história: Os países da America Latina faz parte do Continente Americano com colonização de latino. Apresenta problemas de subdesenvolvimento com elevadas dívidas externas. Eu digo: os portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, invadiram brutalmente os países da  América Latina. A finalidade era o saque do ouro, prata existente para reconstruírem a Europa, para fabricarem a moeda do comércio e para seu bel-prazer. O desembarque daqueles que podemos denominar de genocidas materialistas não de ser humano nas terras da América Latina, marcou o período do maior holocausto já ocorrido na história do mundo. O tirano o verdugo da humanidade; o castigador dos sonhos e pensamentos, trata de satisfazer as suas paixões, com crueldade e a custo do sangue alheio. 
A chegada dos espanhóis na América do Sul. Theodore de Bry, 1594.

O Cerro Rico de Potosí: responsável pelo maior "boom" econômico da história
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A descoberta da mina de Potosí, em 1544 pelo índio Diego Huallpa – uma montanha praticamente toda de prata – fez dessa cidade, situada num deserto gelado a 4000 metros de altitude, a maior das Américas e uma das maiores do mundo da noite para o dia, com 160.000 habitantes. Milhares de soldados, aventureiros, prostitutas, magistrados, clérigos e ladrões espanhóis congestionavam as estreitas estradas incas para subir os Andes até o verdadeiro Eldorado. Tamanha foi a quantidade de prata extraída de Potosí que derrubou os preços da prata, cujo valor passou de 1/10 do ouro para 1/15, e gerou na Europa um dos maiores surtos inflacionários da história. Por outro lado, essa mesma prata foi responsável pelo maior “boom” econômico de todos os tempos, também na Europa – enquanto provocava o extermínio de 80% da população indígena devido ao trabalho escravo da “mita” nas minas e à contaminação por mercúrio utilizado no processo de amálgama.

Os europeus invadiram, estupraram, assassinaram, torturaram, destruíram, incendiaram, saquearam, expropriaram, doaram, traficaram carne humana, tornaram-se os únicos. No fim, deixaram para os países latinos a grande herança: A destruição, as doenças, a miséria levaram todo o ouro e prata carregado Rio da Prata afora,  aqueles que roubaram durante séculos e como especialistas no extermínio, continuam a expropriar. Daí, para confundir as mentes e tornarem-se absolutos... Então, adotaram a mentira. Nada do que ocorreu deveriam confirmar, NUNCA!  A mentira e a hipocrisia tornam-se o característico de todos os movimentos revolucionários do mundo desde 1789 até a atualidade. É preciso mentir como um demônio escrevia Voltaire: mentir, mentir sempre e com audácia. O essencial é dizer às massas a frase exata, sonora e cheia de belas promessas; pode-se depois fazer o contrário, do que se promete que não terá mais nenhuma importância. Sirvam de exemplos as três palavras de origem maçônica: Liberdade, Igualdade, fraternidade, que serviram para destruir a França na batalha de Warteloo e financeiramente, devido a usura, hipocrisia e mentira do judeu sionista Rothschild. (Callot d`Herbois).
Arquivo: Murais Rivera - Markt em Tlatelolco 3.jpg
Tenochtitlán - Mural de Diego Rivera. Ao fundo a Cordilheira dos Andes
O vasto império Inca nasceu no coração da cordilheira dos Andes, à qual os habitantes chamam Tahuantinsuyu, o Império das Quatro direções. Embora desconheçam a escrita e o ferro, os Incas são peritos na arte de administrar o seu imenso território e de comandar os povos vencidos. Por volta de 1200, no vale de Cuzco, a pequena tribo semi-nómada dos Incas impõe a sua lei aos povos vizinhos. Passados dois séculos, no reinado de Huayna Capac (1493-1525), o império estende-se por uma área de 4500 km, do norte até ao sul. Mais de cem tribos prestam vassalagem ao imperador. Uma parte das terras conquistadas mantém-se entregue aos camponeses, que são obrigados a cultivar uma segunda área, cujas colheitas se destinam ao imperador, e ainda uma outra, cuja produção é ofertada ao deus Sol, Inti. O imperador tanto se pode mostrar implacável como conciliador.
6 150x150 21 de junho: O dia dos solstícios
A religião do estado foi baseada na adoração do Sol. Os imperadores   incas foram considerados os descendentes do deus Sol e adorados como divindades. O ouro, símbolo do ouro do Sol, foi explorado muito para o uso os líderes e os membros do elite, não como a moeda corrente mas para da decoração, da roupa e dos rituals. A religião dominou toda a estrutura astuta. Do Templo do Sol no centro de Cuzco, nós poderíamos extrair uma linha imaginária para os lugares da adoração das classes sociais diferentes na cidade.

 O testemunho de Bartolomeu de las Casas

Hoje temos conhecimento das atrocidades cometidas pelos espanhóis contra os povos nativos da América através de relatos como o do frei Bartolomeu de las Casas (1474-1566):
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e diabólicas ações dos espanhóis, morreram injustamente mais de 12 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças; e verdadeiramente eu creio, e penso não ser absolutamente exagerado, que morreram mais de 15 milhões...
A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade ultima senão o ouro e a prata, para enriquecer em pouco tempo; enfim, não foi senão pela avareza que causou a perda desses povos, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar.”
(LAS CASAS, Bartolomeu de. Brevíssima relação da destruição das Índias: o paraíso destruído, 1552.)                                                                   
A prática religiosa consistiu nos consultas do oracle, sacrifícios para ofertório, transes religiosos e confissões públicas. Um ciclo anual de festividades religiosas foi regulado pelo calendário de Inca, extremamente preciso, era assim o ano agricultural. Por causa estes e outros aspectos, a cultura de Inca assemelhou-se muito a algumas culturas da Meso-América como o Aztec e Maya.
 Francisco Pizarro chegou à região do Peru em 1532, onde encontrou o Império Inca politicamente desestabilizado devido à disputa pelo trono inca.
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 O imperador Atahualpa sendo capturado pelos espanhóis
Segundo o escritor e antropólogo norte-americano Kim MacQuarrie, autor do livro The Last Days of the Incas (Os Últimos Dias dos Incas, em português), argumenta que o espanhol, então com 54 anos, deparou-se com uma situação bastante favorável na América Andina, no século XVI: a guerra pela sucessão do trono de Huayna. Os nativos estariam enfraquecidos, pois haviam travado uma "sangrenta guerra civil" para ver quem assumiria o controle do império. Após anos de combates, que custaram a vida de muitos guerreiros, Atahualpa derrotou seu irmão, Huascar, e tomou para si o poder incaico.
A captura do inca pode ter ocorrido por conta de uma traição. O espanhol teria convidado o líder inca para partilhar uma refeição noturna, quando talvez pudessem conversar sobre a guerra. Contudo, a guarda pessoal do conquistador estava escondida no momento em que se encontraram, de tocaia, esperando o melhor momento de prendê-lo.
Recebido pelo padre Vicente Valverde, Atahualpa teria sido surpreendido ao saber que, na realidade, não se tratava de um "jantar de negócios", mas sim de uma prisão. Um tradutor intermediou as exigências feitas pelos europeus: queriam a conversão do imperador e de seu exército ao cristianismo, além, claro, de aceitarem a submissão à corte espanhola.
Como o inca recusou-se a aceitar, a declaração de guerra foi feita e, com isso, o combate teve início. Após horas de batalha, Atahualpa não encontrou outra salvação, a não ser se entrincheirar dentro de um templo. Capturado em seguida, o líder inca ofereceu o pagamento de um resgate de numerosas peças de ouro e prata, mas, mesmo assim, foi capturado e julgado por uma dúzia de crimes, dentre os quais heresia - algo que, pelas leis espanholas, resultaria em pena de morte.

E foi o que aconteceu. Condenado à morte na fogueira, Atahualpa aceitou a conversão e, após ser batizado católico, teve a pena amenizada por seus algozes: assim, em julho de 1533, quase um ano depois da derrota em Cajamarca, o inca foi estrangulado.
FUNERAL DE ATAHUALPA, DE LUIS MONTERO
Pintura do peruano Luis Montero (18271869) mostra o funeral de Atahualpa
Pizarro  iniciou o processo de dominação espanhol em território inca. Apoiado por um terrível ataque da artilharia espanhola e da cavalaria, mataram milhares de Incas. Fala-se de 13 a 15 milhões de habitantes.
Espanhóis saqueando a capital do império Inca; F. Blanch.

 Pizarro encarcerou Atahuallpa, exigiu um quarto cheio de ouro e prata  e, depois, deslealmente executou-o.

Trabalho nas minas; Museu Inca Cuzco Peru.
Alguns incas resistiram vários anos sob a liderança de Tupac Amaru, após se refugiarem na região de Vilcabamba, mas com a chegada de reforços espanhóis, o Império Inca foi completamente destruído no ano de 1572, o ultimo rei inca, Tupac Amaru, foi derrotado.

As doenças levadas pelos europeus mataram mais a população nativa da América do que as armas de fogo

Cristiana Bertazoni lembra outro fator importante nesse conflito, que nada teve de relação com domínio de tecnologia bélica: a guerra bacteriológica. A questão é que, para o sistema imunológico dos nativos, muitas doenças, teoricamente comuns aos europeus, eram letais.
Um dos casos seria a morte de Huayna Capac, que teria caído vítima de catapora, segundo alguns estudos, ainda polêmicos. "A guerra bacteriológica foi muito pior do que as armas de fogo dos espanhóis, pois assolou populações inteiras. Ou seja, diversos tipos de bactérias, até então inexistentes na área andina, foram responsáveis pela morte de milhares de indígenas que não tinham resistência imunológica a esses microorganismos", diz a arqueóloga.
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O comando, então, chegou a Sayri Tupac, que abandonou a resistência em 1557, dando lugar a Titu Cusi Yupanqui - filho de Manco Inca -, e Túpac Amaru. Isso deu novos ânimos aos rebelados, que impeliam com fúria contra os espanhóis, na tentativa de expulsá-los dos territórios indígenas. Os embates contra Yupanqui e Amaro foram longos e sangrentos.
Depois de preso Tupac Amaru foi morto pelos espanhóis.
A queda de Túpac Amaru representa o fim da esperança inca de retomar o controle na região
Muitos invasores foram massacrados em pequenos combates nas proximidades da cidade e, mesmo com o uso de cavalos e armas de fogo, não conseguiam transpor as defesas de Vilcabamba. Porém, lembra Cristiana Bertazoni, da USP, a morte dos dois líderes, provavelmente em 1572, resultou no fim da chamada resistência neo-inca.
Segundo Cristina, alguns estudiosos acreditam que a queda de Túpac Amaru representa o fim de qualquer tentativa inca de retomar o controle na região dos Andes. Ainda assim, isso não significa que as escaramuças deixaram de existir completamente. Mesmo após a derrota em Vilcabamba, indígenas e espanhóis continuaram a se combater no Peru.
Cristiana Bertazoni, da USP
De acordo com o historiador Eduardo Natalino dos Santos, da USP, conta. Cuzco guardava as origens da etnia e, por isso, era tão importante para os indígenas. Contudo, não era a única. "Atahualpa, por exemplo, estava numa 'segunda capital', Tumibamba, no Equador, na época da chegada dos castelhanos".
Kim MacQuarrie, autor de The last days of the incas, esclarece que as ruínas de Macchu Picchu, eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2007, foram descobertas pelo jovem explorador americano Hiram Bingham, em 1911, durante uma expedição à América Latina. Escondida em meio a uma selva densa, abafada, até então desconhecida pelos aventureiros e localizada no topo de uma grande cadeia de montanhas, Macchu Picchu foi considerada, em um primeiro momento, a antiga e lendária Vilcabamba, onde o espanhol Francisco Pizzaro enfrentou a resistência inca por anos.
Atual Cuzco, Peru.
Por outro lado, um grupo de dissidentes andinos decidiu manter uma aliança com os espanhóis. Essas tribos formaram um governo lado a lado com os conquistadores, na cidade de Cuzco. "Eles não viam a aliança como o fim do mundo incaico, e também não se consideravam menos incas do que os outros", explica o historiador Eduardo Natalino dos Santos.
Nessa cidade, as elites locais passaram a se integrar com os conquistadores, com o aval dos próprios europeus. Muitas nativas, assim, acabaram se casando com espanhóis e gerando filhos mestiços. Essa forma de convivência durou até o fim do período colonial, no século XVIII. A questão é que, com o tempo, esses nativos aliados foram perdendo os privilégios concedidos pelos conquistadores. Ao longo dos anos, foram perdendo cada vez mais o status na sociedade - no fim, são esses descendentes de incas que podem ser vistos no Peru e na Bolívia até hoje.
Descendentes dos antigos Incas
Cristiana Bertazoni Martins faz questão de esclarecer um ponto fundamental para compreender melhor a história da formação étnica da América Latina: os espanhóis não derrotaram toda a nação incaica, mas sim uma parte daqueles povos. "Apesar do alto número de índios que faleceu por uma razão ou outra, a área andina estava densamente povoada. Até os dias de hoje, os descendentes dos incas estão presentes de forma bastante significativa na cultura contemporânea do Peru, Equador e Bolívia", afirma a arqueóloga.
Ilustração do cronista Felipe Guaman Poma de Ayala (1526 - 1614), que retratou em sua única obra, El Primer Nueva Corónica y buen Gobierno, a maneira cruel que o povo do Peru era tratado pelos espanhóis
Os Incas: 
- Praticavam a agricultura da batata.
- Homens e mulheres trabalhavam nas atividades agrícolas.
- Tinham calendário agrícola, respeitando épocas de plantar e colher.


MACQUARRIE, Kim. The last days of the incas. Washington: 2007. Editora Simon & Schuster. MARTINS, Cristiana Bertazoni. O papel do 'dinheiro primitivo' na economia inca. São Paulo: 2001. Tese de mestrado em arqueologia defendida na Universidade de São Paulo (USP).
GUY, John; CLEMENTS, Jonathan; DREW, David; CLARE, John. Grandes Civilizações. São Paulo: 2006. Editora Melhoramentos
RODRIGO GALLO jornalista

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