Essa sensacional foto de Ibraim Sued flagra o deputado Otávio Mangabeira, da UDN, beijando a mão do general Eisenhower, em visita ao Congresso brasileiro, na Constituinte de 1946, durante governo Dutra, que deu uma guinada em favor dos interesses americanos no Brasil, contrariados pelas políticas nacionalistas colocadas em prática por Getúlio Vargas, deposto em 1945, pelas armações do poder internacional captaneados pelos Estados Unidos e Inglaterra, o poder anglo-saxão, anti-getulista. Diante das críticas a esse beija mão vergonhoso, que retrata, excepcionalmente, a vocação entreguista da UDN, aliada carnal de Washington contra os interesses nacionais, subiu à tribuna da Câmara, para defender Mangabeira, o outro udenista cearense/baiano, Juracy Magalhães, traidor de Getúlio, que se aliou aos EUA, tornando-se informante do FBI. Posteriormente, como embaixador do Brasil em Washington, na ditadura militar(governo CB), Juracy diria que o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Era o contexto pós-primeiro governo getulista(1937-1945), em que as forças internas reacionária aliadas dos Estados Unidos começavam a inverter, sob governo Dutra, as políticas nacionalistas getulistas, especialmente, criando condições para que o governo brasileiro adotasse medidas altamente vantajosas para as empresas multinacionais americanas, incomodadas com as decisões de Getúlio para favorecer as empresas nacionais. Esses benefícios fiscais e creditícios, de grande extensão, perdurariam pelos tempos afora, tornando-se os principais fatores que debilitaram as forças econômicas nacionalistas, erguidas por Getúlio, depois da crise de 1929, como estratégia para industrializar o país, promovendo substituição das importações. Infiltrada pelos interesses antinacionais, a economia brasileira sofreria os contratempos decorrentes das crises externas que seriam criadas nos anos seguintes pelas contradições decorrentes da expansão do capitalismo anglo-saxão, expressas em sobre acumulação excessiva de capital especulativo, cujas consequências foram sempre transferidas para a periferia capitalista como ônus bárbaro a ser suportado por ela, em meio aos quais explodiriam, especialmente, na América do Sul, o quintal dos Estados Unidos, as recorrentes crises políticas, traduzidas em golpes militares e supressão do processo democrático.
Infelizmente hoje, as governanças submissas, entreguistas, que deram continuidade após Getúlio Vargas, continuam a beijar os pés e mãos dos centralizadores internacionais, entregando a eles o nosso bem mais precioso a Soberania Brasileira.
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