sábado, 13 de março de 2010

Projeto Jaiba: Justificativa social pelo governo para conseguir fundos juntos aos bancos não a agricultura familiar, sim ao agro negócio

O Projeto Jaíba foi desenvolvido para assentar e beneficiar famílias à plantar pela agricultura familiar. Após 1985 o Estado não parece ter tido a intenção de investir em capital físico para famílias se assentar e produzir nas terras devolutas. O projeto Jaíba seguiu novos rumos, do capital privado e não  beneficiar a agricultura, familiar ou apoiar o pequeno agricultor.
AFINAL... A serviço de quem  atua o MST - movimento sem terra? que recursos  recebe do Governo Federal? e as terras cedidas a esse movimento que não praticam a agricultura familiar? como será utilizada? quem se beneficia? Quem comunica ao MST sobre as terras arrendadas da União para plantio?
Para que os governantes trapaceiros consigam "negociar " o MST age:
 https://www.youtube.com/watch?v=WyQKO7B85C0
MST Invasor da Cutrale recebeu R$ 222 mil do Incra
https://www.youtube.com/watch?v=73eONT8JCGc
MST Invasor da Cutrale recebeu R$ 222 mil do Incra

Transposição do Rio São Francisco no nordeste a enganação, e os empréstimos concedidos para a obra foi para quem? Afinal, reservam o nordeste para Quem?
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Temer continua enganando...
O maior projeto de irrigação da América Latina,  no decorrer do tempo mostrou que a política econômica implantada neste empreendimento não foi eficaz ou melhor, honesta, isso por que os possíveis beneficiados na realidade foram utilizados como uma justificativa social pelo governo para conseguir fundos juntos aos bancos.

  • Em 1975 mediante acordo entre as instâncias do governo estadual e federal, o projeto Jaíba tomou a sua configuração atual para irrigar 100 mil hectares. O custo total da etapa I do projeto Jaíba foi de 158 milhões de dólares, onde o Brasil ficou responsável em garantir 87 milhões (55%) e o BIRD (banco internacional de reconstrução e desenvolvimento) 72 milhões (45%). Ainda em 1975 o governo federal através da CONDEVASF (companhia de desenvolvimento do vale do São Francisco), começa a construção do projeto, e no final dos anos 80, inicia-se o assentamento das famílias de lavradores e a incorporação de entidades privadas no local. O plano de colonização do projeto previa ainda a constituição de um órgão que cuidasse da administração geral do Jaíba, para tanto foi criado a RURALMINAS em 1996.

Mais de 80 policiais militares, carros, cavalos, cães e helicóptero. Bombas de "efeito moral" e armas pesadas. O aparato repressivo do Estado sob a gerência em Minas Gerais de Aécio Neves (um dos principais aliados de Luiz Inácio entre os governadores e dentro do PSDB), atacou na tarde de 25 de março cerca de 40 camponeses que, dois dias antes, haviam reacampado na Fazenda Guiné, em Montes Claros.
Os camponeses estavam certos. A tensão permeou a reunião de Jaíba, à qual compareceram em torno de 400 camponeses. Os órgãos do governo estadual e do governo federal se comprometeram a dividir a responsabilidade para "assentar" as 715 famílias acampadas na região. E os presentes que durante a reunião aplaudiram quando foi denunciada a perseguição do Instituto Estadual de Florestas (IEF) contra o campesinato pobre, viram logo no dia seguinte as tropas da PM e um contingente do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).Tudo envolvia o Banco do Nordeste, por onde passavam recursos do BIRD e também os recursos da Sudene.
Projeto Jaíba Norte de MG
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Concretagem do canal de irrigação CPA2 - Projeto Jaíba , MG
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Obra concluída
O projeto Jaíba está inserido na região norte de Minas Gerais, região essa que faz parte do polígono das secas, caracterizado pelo clima seco e quente e em vários aspectos a região é parecida com o nordeste brasileiro, vários dos problemas enfrentados pelo norte de minas também são enfrentados pelos nordestinos, mas na busca de soluções encontramos os mesmos resultados: a falta de valorização dos menos favorecidos e políticas de beneficiamento aos empresários mediante ação do governo. 

O assentamento de lavradores foi um meio de proporcionar a base de lidimidade para o investimento, pois beneficiou um número pequeno de agricultores de baixa renda".
Na verdade o Estado não parece ter tido a intenção de investir em capital físico para estes. Desde o início o Jaíba foi desenvolvido para beneficiar o capital privado. Todos os poderes se juntaram para a solidariedade para com o próximo e o bem comum, mas como bem salienta Celso Furtado: "política econômica é política antes de ser economia, de todo este teatro em benefício dos pequenos produtores rurais, a iniciativa privada estava andando de mãos dadas com o governo, e este contribuiu para que os grandes grupos econômicos utilizassem os recursos públicos para reforçar os seus interesses privados.
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Abrangendo uma área de 128.602 km2, a região norte de Minas é constituído de oitenta e nove municípios, onde 92,13% tem a maior parte de sua população ocupadas em atividades do setor primário, com destaque para a agropecuária.Mas o que caracteriza esta região é o quadro de desigualdade social verificado desde os primórdios de sua ocupação, além de ter um clima quente e seco parecido com o do nordeste, como salienta Pereira: "o norte de minas é considerado a parte nordestina das Minas Gerais pela semelhança sócio e econômica que apresenta em relação ao nordeste brasileiro"


O norte de Minas Gerais tornou-se nacionalmente conhecido quando, na década de 60, pela sua semelhança social, econômica e ambiental com o nordeste brasileiro, foi incluída na área de atuação da superintendência de desenvolvimento do nordeste(SUDENE), essa autarquia criada no governo de Juscelino Kubitscheck tinha por principal finalidade criar condições e meios para melhorar a condição de vida das pessoas que estavam inseridas no chamado polígono das secas(área abrangida pelo nordeste e pelo norte de Minas Gerais, mas muitas vezes uma decisão tomada pela SUDENE para atingir toda esta área beneficiava somente o nordeste e não se adaptava bem a realidade de Minas Gerais.
Projeto Jaíba "Estação de bombeamento EB1"Resultado de imagem para Irrigação no Jaíba

Projeto Jaíba "Estação de bombeamento Rio São Francisco EB1"

Mas uma vez a elite econômica rouba a cena, como é descrito por Oliveira: "a função da SUDENE é propiciar o domínio do nordeste á burguesia do centro-sul", ou seja, a referida autarquia criada para ser um pólo de desenvolvimento e com o objetivo principal de extinguir, pelo menos parcialmente, as desigualdades sociais existentes na área do polígono das secas, em pouco tempo se transformou em um paraíso para os em empresários, onde ganha seus contornos definitivos quando o próprio conflito, classe dominantes versus populares, atinge o próprio centro do sistema. 


Com a implantação do projeto Jaíba, o estado acabou beneficiando o grande capital privado. Pequenos agricultores ficaram prejudicados, humilhados, pelo governo entreguista.
A criação do projeto Jaíba se mostrou em um primeiro momento a busca de soluções para enfrentar os diversos problemas enfrentados pela população, na sua maioria pequenos produtores rurais, que não tinham terras e nem perspectivas para a circulação e troca de seus produtos. Em 1952 foi criado o instituto nacional de irrigação e colonização, INIC, com o qual se consolidou o primeiro grande esforço no sentido de se proceder a colonização da pouca explorada região do Jaíba, mas esta tentativa foi frustrante uma vez que vários obstáculos impediram a continuação dos estudos da região, podemos destacar a precariedade e/ou inexistência de vias de acesso, a falta de assistência técnica, Oliveira ainda comenta:
Os títulos de propriedade das terras colonizadas no Jaíba não chegaram a ser repassado aos colonos, assim este fato tornou-se, uma fonte geradora de problemas, pois não se tinha uma clara diferenciação entre os que eram legítimos proprietários e os que eram posseiros.


Como sabemos a mentalidade capitalista é de lucro acima de tudo, para conseguir tal propósito, existe a exploração do homem pelo próprio homem, e quando falo de crise do projeto Jaíba, estou me referindo não á uma crise de extinguir o projeto, mas sim de uma crise de sonhos, de utopias, onde somente os pequenos produtores rurais sentiram os impactos desta crise, que de inicio foi provocada pela entrada de duas grandes empresas privadas no local, e com a expansão e os lucros destas empresas outras também se incorporam nesta atividade, e sem nenhuma reação do governo perante a dominação de empresários em detrimento dos pequenos proprietários rurais, o esquema de dominação foi de expandindo e chegando até os contornos atuais, onde temos a maioria dos lavradores submissos aos oligopolistas .Estes pequenos lavradores que no estudo do governo eram os beneficiados, se tornaram à mão de obra dos grandes empresários, onde, na maioria das vezes, o emprego é informal.
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Bunge, Cargill, Amaggi, Dreyfus, China, Ásia, o agronegócio vai embora, para o Tesouro Nacional nada fica, os grandes levam todo o lucro, e o povo brasileiro paga os prejuízos.

O agro negócio!  "Projeto Ômega"  fundos de hedge  conhecidos como Multimercardos.
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Com a implantação do projeto Jaíba, o estado acabou beneficiando o grande capital privado. 

Mostrou-se nos objetivos do projeto, elaborado em 1976, estava explicito e a intenção do estado hoje, ampliar o multimercado ao agronegócio, tirando a oportunidade dos pequenos protutores rurais de exportarem seus produtos, de competir no mercado interno e externo. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
− ABREU, Marcelo de Paiva (org). A ordem do progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
− BARROS, José de Assunção. O campo da História: especialidades e abordagens. Petrópolis, R.J:Vozes,2004.
− FURTADO, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1962.
− IANNI, Octávio. Industrialização e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.
− OLIVEIRA, Marcos Fábio Martins de. O processo de desenvolvimento em Montes Claros (M.G.) sob a orientação da SUDENE. São Paulo: FFCLH/USP, 1996. (dissertação de mestrado).
− OLIVEIRA, Fábio Martins de, RODRIGUES, Luciene (orgs). Formação social e econômica do norte de Minas. Montes Claros: unimontes, 2000.
− PEREIRA, Anete Marília, ALMEIDA, Maria Ivete Soares de (orgs). Leituras geográficas sobre o norte de Minas Gerais. Montes Claros: Unimontes,2004.

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