Em 1834, onerados com um empréstimo português, o Brasil foi transformado em escravo da casa bancaria judaica Rotschild. O Brasil tornava-se independente para ficar subordinado : "deixe-me dirigir a nação que não me importarei com quem redige as Leis". Que a Justiça, as Instituições, os intelectuais do Brasil que não se deixaram contaminar pela corrupção, ajudem o Brasil a exterminar de vez os cleptocratas que tomaram o Brasil de assalto, praticando democídio contra os menos favorecidos.
segunda-feira, 7 de março de 2022
AMAZÔNIA – O GRANDE DESAFIO -
Em continuação à temática, problemática ou causa indígena que continuamos abordando nesta coluna, analisaremos alguns relevantes Aspectos Históricos acerca do assunto, tão imbricado com a nossa ambicionada Amazônia.
Em 1500, o Brasil era habitado por diversas tribos do ramo tupi-guarani. Os índios eram
denominados, genericamente, de ‘tupis’ e ‘tapuias’. Os ‘tupinambás’ e ’tupiniquins’ (ambos
do tronco tupi)) ocupavam a maior parte da extensa costa marítima de nosso atual País: eram
“os senhores das praias”. Eles expulsaram para
o agreste sertão do interior, as tribos ditas ‘bárbaras’, dos ‘tapuias’. O litoral brasileiro era povoado, de Norte a Sul, por pouco mais de uma
dezena de tribos, a saber:
1) potiguares (indígenas que, inicialmente, foram inimigos dos portugueses: a eles
pertencia o lendário “Índio Poti”, que, batizado e catequizado, recebeu o nome de Antô-
nio Felipe Camarão. Poti deslocou a sua tribo, do Rio Grande do Norte para Pernambuco,
em 1633, quando da segunda invasão holandesa ao Brasil, e foi comandante de um dos
quatro Terços (o dos indígenas) do “Exército
Patriota”, na primeira batalha dos Guararapes,
travada em 19 de abril de 1648 – data em que se celebra o “Dia do Exército
Brasileiro”);
2) tremembés (os quais, alternadamente, eram aliados ou não dos portugueses durante o período da colonização);
3) tabajaras (sempre foram muito amigos dos portugueses);
4) caetés (índios antropófagos que sacrificaram o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha; foram considerados, “ipso facto”, inimigos de Portugal e
escravizados pelos portugueses);
5) tupinambás (eram os indígenas mais importantes e conhecidos; muito belicosos e tidos, por sua ancestralidade, como ‘os pais’ de todos os tupis, pois se dizia que deles descendiam);
6) aimorés (cognominados de ‘botocudos’, muito hostis aos colonizadores, daí a generalização, até hoje, do termo ‘botocudo’, havido como tosco, ignorante, agressivo, bárbaro etc.);
7) tupiniquins (os primeiros indígenas encontrados na Bahia pela esquadra de Cabral – daí
a sua superlatividade histórica – e que muito bem
receberam os descobridores. O notável cacique
Tibiriçá, que tanto ajudou os portugueses, em
especial os padres jesuítas por ocasião da funda-
ção da cidade de São Paulo, foi o mais distinguido tupiniquim);
8) temininós (tribo que vivia na ilha do Governador, na baía de Guanabara, liderada pelo
famoso cacique Arariboia; foram decisivos, junto aos lusitanos, na conquista do RJ);
9) goitacás ou goitacazes (eram canibais,
muito ferozes e cruéis; aterrorizavam os portugueses, seus inimigos);
10) tamoios (ocupavam a baía de Guanabara
e aliaram-se aos invasores franceses, mas
foram derrotados pelos portugueses e os temininós, de Arariboia, em 1567);
11) carijós (foram os silvícolas mais receptivos à sempre predicada catequese jesuítica, dos “Apóstolos do Brasil” (padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, hoje nosso São José de Anchieta – “O
Vigário dos Índios”).
As 'tribos de beira-mar' do Brasil colonial contabilizavam cerca 640.000
aborígines, apud Eduardo Bueno, in “Brasil: Uma História – A Incrível Saga de
um País” (afora os tapuias, expulsos para os sertões, e os índios da Amazônia).
Impende lembrar que o pavoroso costume (um macabro ritual) da
antropofagia era mui natural entre quase todos os tupis e tapuias. Tratava-se
de um festim de cunho religioso (um banquete com requintes tétricos), praticado
por toda a tribo, motivado por vingança ao inimigo. O alemão Hans Staden
descreveu, por escrito e em desenhos, a escatológica cerimônia
Darei sequência à análise da crise político-militar pós-renúncia do
presidente Jânio Quadros.
Em 25 de agosto de 1961, deu-se a
renúncia de JQ, aceita pelo Congresso
Nacional, tendo assumido temporariamente a presidência da República, o
deputado Ranieri Mazzilli, presidente
da Câmara dos Deputados. Os ministros militares vetaram a posse de João
Goulart, que se encontrava em visita à
China Comunista. Iniciou-se, então, a
“Batalha da Legalidade”, quando o
governador do RS, Leonel Brizola, desencadeou, em 27 de agosto, a “Campanha da Legalidade”, por meio de 104
emissoras de rádio de todo o País (era
a “Rede ou Cadeia da Legalidade”).
Em 28 de agosto, o comandante
do III Exército, general José Machado
Lopes aderiu à causa brizolista, descumprindo ordens do ministro da Guerra. O general, um herói da Força Expedicionária Brasileira, comandou o batalhão de Engenharia da FEB, que, para
orgulho dos ‘engenheiros’, foi a primeira tropa a entrar em combate (na
construção de uma ponte, no vale do
rio Serchio). Ele escreveu o livro “O III
Exército na Crise da Renúncia de Jânio
Quadros” (Alhambra Editora, RJ, 1980),
no qual explica as razões de sua decisão
e tece acerbas críticas a Brizola, tachado de “ambicioso” e “agitador”. Disse,
em certo trecho: “Admirador de Fidel
Castro, procurava imitá-lo nos gestos e
atitudes. Era grotesco vê-lo, no auge da
crise, com uma metralhadora portátil
numa das mãos e a Constituição na outra”. Apesar da cizânia, com a inconcebí-
vel quebra da união e máxime da coesão
nas FFAA, em face do não cumprimento
de ordens, Machado Lopes evitou um
banho de sangue, em especial no estado
do RS, talado, ao longo da História, por
guerras e várias lutas fratricidas...
Os ministros militares não cederam e se vislumbrava uma ruinosa guerra civil. Em 30 de agosto, eles lançaram
um Manifesto à Nação e o comandante
do III Exército foi destituído de seu
comando, tendo o ministro da Guerra,
Odylio Denys, nomeado para substituí-
lo, o general Cordeiro de Farias, o que
não ocorreu. Para evitar o pior, os políticos buscaram, às pressas, uma proposta
conciliatória. E foram dois tradicionais
ideólogos, os deputados federais Plínio
Salgado, do PRP (Partido de Representa-
ção Popular), líder integralista da antiga AIB (Aliança Integralista Brasileira)
e o gaúcho do PL (Partido Libertador),
Raul Pilla, tido como “O Papa do Parlamentarismo no Brasil”, ideal por ele
acalentado e que era o sonho do notá-
vel tribuno ‘maragato’, senador Gaspar
Silveira Martins, que sugeriram a ado-
ção do regime parlamentarista como
solução para o gravíssimo impasse. Aos
dois, se juntou o também deputado do
PSD de Minas Gerais, Tancredo Neves.
O Congresso Nacional aprovou, em caráter de ‘urgência urgentíssima’, o projeto que redundou na Emenda Constitucional n° 4, a qual instituiu o parlamentarismo. Formou-se, então, o sugestivamente chamado “gabinete de
união nacional”, sendo Tancredo Neves escolhido para o cargo de primeiroministro, ‘premiê, no dia 2 de setembro.
Em 3 de setembro, os ministros militares aceitaram tal decisão, desanuviando-se, aparentemente, os ânimos no seio
da classe militar. Destarte, João Goulart
assumiu a presidência, em 7 de setembro, preservando-se o ordenamento constitucional; contudo, teria os seus poderes reduzidos e adstritos ao múnus
de Chefe de Estado, mas não de Chefe
de Governo. 'Ex vi' do plebiscito ocorrido em janeiro de 1963, retornou-se ao
regime presidencialista. Todavia, o ‘ovo
da serpente’ começou a ser chocado; e
viria 1964...
FIZEMOS
ONTEM!
FAREMOS
SEMPRE!
ASPECTOS RELEVANTES DA CONTRARREVOLUÇÃO DE 1964* Manoel Soriano Neto (VIII)Nº 300 - Fevereiro/2022 1
em certo trecho: “Admirador de Fidel
Castro, procurava imitá-lo nos gestos e
atitudes. Era grotesco vê-lo, no auge da
crise, com uma metralhadora portátil
numa das mãos e a Constituição na outra”. Apesar da cizânia, com a inconcebí-
vel quebra da união e máxime da coesão
nas FFAA, em face do não cumprimento
de ordens, Machado Lopes evitou um
banho de sangue, em especial no estado
do RS, talado, ao longo da História, por
guerras e várias lutas fratricidas...
Os ministros militares não cederam e se vislumbrava uma ruinosa guerra civil. Em 30 de agosto, eles lançaram
um Manifesto à Nação e o comandante
do III Exército foi destituído de seu
comando, tendo o ministro da Guerra,
Odylio Denys, nomeado para substituí-
lo, o general Cordeiro de Farias, o que
não ocorreu. Para evitar o pior, os políticos buscaram, às pressas, uma proposta
conciliatória. E foram dois tradicionais
ideólogos, os deputados federais Plínio
Salgado, do PRP (Partido de Representa-
ção Popular), líder integralista da antiga AIB (Aliança Integralista Brasileira)
e o gaúcho do PL (Partido Libertador),Raul Pilla, tido como “O Papa do Parlamentarismo no Brasil”, ideal por ele
acalentado e que era o sonho do notá-
vel tribuno ‘maragato’, senador Gaspar
Silveira Martins, que sugeriram a ado-
ção do regime parlamentarista como
solução para o gravíssimo impasse. Aos
dois, se juntou o também deputado do
PSD de Minas Gerais, Tancredo Neves.
O Congresso Nacional aprovou, em caráter de ‘urgência urgentíssima’, o projeto que redundou na Emenda Constitucional n° 4, a qual instituiu o parlamentarismo. Formou-se, então, o sugestivamente chamado “gabinete de
união nacional”, sendo Tancredo Neves escolhido para o cargo de primeiroministro, ‘premiê, no dia 2 de setembro.
Em 3 de setembro, os ministros militares aceitaram tal decisão, desanuviando-se, aparentemente, os ânimos no seio
da classe militar. Destarte, João Goulart
assumiu a presidência, em 7 de setembro, preservando-se o ordenamento constitucional; contudo, teria os seus poderes reduzidos e adstritos ao múnus
de Chefe de Estado, mas não de Chefe
de Governo. 'Ex vi' do plebiscito ocorrido em janeiro de 1963, retornou-se ao
regime presidencialista. Todavia, o ‘ovo
da serpente’ começou a ser chocado; e
viria 1964...
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