terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O suíço Emílio Augusto Goeldi nos estudos da Amazônica, e árbitro jurídico do Território do Amapá "contra" a França.

O rico Brasil que já deixava de ser dos pobres brasileiros,...

Por ocasião da Proclamação da República,  pesquisadores  sobre a região amazônica nacionais e  estrangeiros, foram demitidos.   –  Em 1893, o suíço Goeldi que chegou no Brasil em 1880, aceitou convite do governador do Pará Lauro Sodré[3]  maçon, militar e republicano, para assumir a direção do Museu Paraense. Sua missão seria a de transformar aquele museu em um grande centro de pesquisa sobre a região amazônica.  – Goeldi passou então a dirigir o Museu Paraense, que  recebeu o seu nome. – Com o apoio do governo paraense, o diretor promoveu a transformação do espaço, inspirando-se na estética européia. O horto botânico e o jardim zoológico tinham traçados e elementos arquitetônicos que remetiam a Europa. –Sob a direção de Goeldi, o Museu tornou-se uma 'colônia científica' de inspiração européia: os funcionários (inclusive Goeldi e a família) residiam nas dependências do Museu Paraense; as construções eram em estilo enxaimel; lagos tinham a forma do lago Maggiore, e do mar Negro, e a torre de observações astronômicas e meteorológicas era uma cópia da torre Eiffel.  – Como salienta Sanjad, "ali apenas plantas e animais eram amazônicos; o restante, era a  Europa transplantada" (Sanjad, 2009, p.46). Além disso, jovens pesquisadores europeus foram convidados para trabalhar na instituição

Estranho! O que rolou nesses acordos  entre a já República maçonica e militar brasileira, e a elite dominante suíça, também sob o domínio da clã Rothschild.

1895 – A França concorda em apresentar dados sobre a disputa territorial do Amapá ao Conselho Federal Suiço.  Brasil e França trocam documentos no Rio de Janeiro para os procedimentos da arbitragem da disputa territorial do Amapá;

O Barão do Rio Branco entrega a carta do Presidente da República que nomeia Emilio Goeldi para emissário especial do Conselho Federal para atuar como árbitro nos limites entre Brasil e França do território do Amapá;

Emilio viaja para a Suiça como agente brasileiro, com desculpa de um trabalho do Museu Paraense, utilizando suas influências científicas a favor do Brasil;

01/12/1900 – O Conselho Federal Suíço anuncia o favoritismo ao Brasil referente ao Território do Amapá;

1905 - Emilio Goeldi retorna para Belém e decide comprar a propriedade em Zieglestrasse- Berna/Suiça;

1906 - Emilio Goeldi retorna novamente a Berna para preparar sua mudança com a familia definitivamente;

Emílio Goeldi chegou no Brasil em 1880  nove anos antes da expulsão da Monarquia do Brasil para implantação da República maçonica.  Estranho, Goeldi voltou para a Suíça para ter o filho; nos 27 anos de estada no Brasil com idas e vindas para Berna na Suíça dando palestras sobre a natureza, reprodução  de plantas, o império animal, em Berna na Suíça foi nomeado delegado da Sociedade Naturforchenden Berne,  e para Berna retorna definitivamente com sua família.

Emílio Augusto Goeldi (var. Göldi, var. Émil August Goeldi) (Ennetbühl, 28 de agosto de 1859 — Berna, 5 de julho de 1917) foi um naturalista e zoólogo suíço-alemão. Ele estudou na Alemanha com Ernst Haeckel, e chegou ao Brasil em 1880 para trabalhar no Museu Nacional Brasileiro no Rio de Janeiro, Goeldi transferiu-se com a mulher, Adeline Meyer, e com o filho, Walther Eugen, para a terra do sogro (*)Eugen Meyer na Serra dos Órgãos, o que lhe oportunizou a direção de um núcleo de imigrantes suíços na então Colônia Alpina (atual Teresópolis, no Rio de Janeiro). Esse projeto de colonização rendeu a Goeldi e ao sogro muitas intrigas e dívidas: ambos foram acusados de tirania, maus-tratos e exploração dos colonos imigrantes.  (*) sogro, Eugen Meyer - rico comerciante suíço radicado no Rio de Janeiro.[1]

Por ocasião da Proclamação da República,  pesquisadores sobre a região amazônica nacionais e  estrangeiros, foram demitidos.

Em 1893, Goeldi aceitou convite do governador do Pará Lauro Sodré[3]  maçon, militar e republicano, para assumir a direção do Museu Paraense. Sua missão seria a de transformar aquele museu em um grande centro de pesquisa sobre a região amazônica.

Goeldi passou então a dirigir o Museu Paraense, que  recebeu seu nome.

Com o apoio do governo paraense, o diretor promoveu a transformação do espaço, inspirando-se na estética européia. O horto botânico e o jardim zoológico tinham traçados e elementos arquitetônicos que remetiam a Europa. Sob a direção de Goeldi, o Museu tornou-se uma 'colônia científica' de inspiração européia: os funcionários (inclusive Goeldi e a família) residiam nas dependências do Museu Paraense; as construções eram em estilo enxaimel; lagos tinham a forma do lago Maggiore e do mar Negro e a torre de observações astronômicas e meteorológicas era uma cópia da torre Eiffel. Como salienta Sanjad, "ali apenas plantas e animais eram amazônicos; o restante, Europa transplantada" (Sanjad, 2009, p.46). Além disso, jovens pesquisadores europeus foram convidados para trabalhar na instituição. Goeldi foi muito hábil e conseguiu manter o Museu Paraense protegido das instabilidades políticas do início da República ao criar uma Sociedade Zeladora (da qual faziam parte indivíduos influentes da sociedade paranaense) e ao transformar o museu, com seu horto botânico e jardim zoológico, em "não apenas um lugar de ciência, mas também de curiosidade, de instrução, de passatempo, de turismo, de adultos e crianças, de letrados e analfabetos" (Sanjad, 2009, p.56). [6]

Durante o século XIX houve grande movimentação de naturalistas estrangeiros em solo brasileiro. Muitos deles voltaram para sua terra natal com amostras da  fauna  e   flora  brasileira, além de objetos indígenas.

tragetória de Emílio Goeldi:

1880 chega no Brasil para trabalhar no Museu Nacional Brasileiro no Rio de Janeiro;

01/10/1881 - Viagem até a Alemanha e Inglaterra para iniciar seus estudos em zoologia e anatomia nas Universidades de Jena e Leipzig;

1882 - Torna-se professor assistente do prof. Haeckel no Instituto Zoológico em Jena; (Estranho! ser ao mesmo tempo diretor do Museu no Pará/Amazonia/Brasil)

1886 - Escolhido como um dos assessores do executivo do Hülfsvereins suiço no Rio de Janeiro

1887 - Viaja para a amazônia numa expedição com Louis Agassis e inicia um estudo sobre as enfermidades na agricultura a pedido do ministério brasileiro;

14/10/1890 - O Conselho Federal Suiço autoriza a regulamentação da Colonia Alpina no Brasil;

09/06/1894 - Assume a direção do Museu Paraense;

07/10/1895 - Expedição ao território do Amapá pois a França estaria reivindicando a área como sua propriedade;

31/10/1895 - Nascimento de Oswaldo Goeldi(filho) no Rio de Janeiro;

17/12/1895 - Emilio escreve uma carta detalhada ao Governo federal Suiço sobre a questão do Amapá sugerindo atuarem na disputa territorial como arbitros;

1896 - Emilio e Hubers exploram a Ilha de Marajó

10/04/1897 - A França concorda em apresentar dados sobre a disputa territorial do Amapá ao Conselho Federal Suiço;

01/04/1897 - Nascimento de seu filho Arnoldo Goeldi em Belém;

06/08/1898 - Brasil e França trocam documentos no Rio de Janeiro para os procedimentos da arbitragem da disputa territorial do Amapá;

1898 - Emilio viaja para a Suiça como agente brasileiro, com desculpa de um trabalho do Museu Paraense, utilizando suas influências científicas a favor do Brasil;

06/074/1899 - O Barão do Rio Branco entrega a carta do Presidente da República [4] que nomeia Emilio para emissário especial do Conselho Federal para atuar como árbitro nos limites entre Brasile França do território do Amapá;

03/08/1899 - Nascimento de seu filho Edgard em Berna- Suiça;

15/10/1900 - Emilio e a familia retornam de navio para Belém;

01/12/1900 - O Conselho Federal Suíço anuncia o favoritismo ao Brasil referente ao Território do Amapá;

10/07/1902 - Emilio conclui e publica a obra Göldi/Göldli/Göldlin em Zurique;

1904 - Emilio Goeldi viaja vários meses para a Europa para intensificar seus contatos científicos, participando de congressos e palestras;

1905 - Emilio Goeldi retorna para Belém e decide comprar a propriedade em Zieglestrasse- Berna/Suiça;

1906 - Emilio Goeldi retorna novamente a Berna para preparar sua mudança com a familia definitivamente;

21/03/1907 - Destitui-se do cargo de Diretor do Museu e é nomeado pelo Governador Montenegro diretor-honorário do Museu Goeldi;

22/03/1907 - Emilio embarca de Belém para a Europa, retorna à Suiça para sempre para ser professor na Universidade de Berna;

06/05/1907 - Publica suplemento das publicações do Museu Goeldi de 1879 a 1904;

17/06/1907 - Teste de conferência para ingressar como professor na Universidade, porém sem pagamento;

1908 - Ingressão como professor extra na Universidade de Berna;

22/05/1909 - Emilio é eleito vice-presidente da Sociedade de Naturforschenden Bern;

23/04/1910 - É eleito presidente da Sociedade de Naturforschenden Berna;

1913 - Emilio dá conferência sobre o mundo - natureza internacional em Berna;

1915 - Emilio dá conferência sobre reprodução das plantas e o império animal;

04/03/1915 - Conferências na Sociedade Naturforchenden Bern;

1906 - Torna-se delegado da Sociedade Naturforchenden Bern;

05/07/1917 - Emilio Goeldi vem a falecer em sua residencia em Berna aos 58 anos de idade;

Em sua homenagem, o Museu que ele dirigiu, em Belém, em 1901 a maçonaria batizou de  "Museu Paraense Emílio Goeldi"

http://goeldi.org.br/cronologia.html


1. Revista História Viva, nº 18, pgs. 82-85. Editora Duetto. Abril de 2005.

2. https://ciencianamidia.wordpress.com/tag/emilio-goeldi/

3. Lauro Nina Sodré e Silva maçon, militar, e republicano nasceu em Belém do Pará no dia 17 de outubro de 1858, filho de Antônio Fernandes Sodré e Silva e de Ana Check Nina Sodré e Silva. – Fez os primeiros estudos no Liceu Paraense e em 1876 ingressou como cadete na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, então capital do Império; discípulo do  republicano Benjamin Constant, o que certamente o influenciou, bem como aos demais alunos da Praia Vermelha, a abraçar a causa republicana e a doutrina positivista de Augusto Comte. – Em 1878, juntamente com outros alunos da Praia Vermelha, fundou um clube secreto republicano. –  Em 1883, foi titulado bacharel em ciências físicas e matemáticas e diplomado pela Escola Superior de Guerra (ESG), onde posteriormente seria docente de economia política. – Em 1885 dirigiu uma “Carta ao Imperador”, através do jornal A Província do Pará, onde afirmava, baseado nos métodos das ciências naturais, a inevitabilidade do progresso, “a marcha indefectível da civilização para diante”. Participou ativamente da criação do Clube Republicano do Pará, consumada em 11 de abril de 1886, e foi também o redator do manifesto publicado em Belém em 31 de maio, no qual afirmava que o objetivo da associação era a eliminação da realeza, que para os republicanos representava a causa do atraso da sociedade brasileira. –  Após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, foi nomeado secretário de Benjamin Constant no Ministério da Guerra (15/11/1889-12/3/1890); um dos signatários da Constituição de 24 de fevereiro de 1891. –  Em 1913, após 37 anos de serviço no Exército, foi reformado no posto de general.  –   Em 1º de fevereiro de 1917, assumiu pela segunda vez o governo do Pará, sucedendo a Eneias Martins. Exerceu-o até 1º de fevereiro de 1921, quando tomou posse seu sucessor Antônio Emiliano de Sousa Castro. Foi então, pela terceira vez, novamente eleito senador pelo Pará. Exerceu o mandato até 1929 e, com a Revolução de 1930, abandonou a vida política.  –   Lauro Sodré foi também maçom, iniciado em 1º de agosto de 1888 na loja maçônica Harmonia, em Belém, e posteriormente agraciado pela loja Cosmopolita, também em Belém, com o título de “filiando livre”. Em 20 de maio de 1904, foi eleito grão-mestre do Grande Oriente do Brasil e soberano grande comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito. Em novembro do mesmo ano, por ocasião de sua prisão em decorrência do levante da Escola Militar da Praia Vermelha durante a Revolta da Vacina, foi afastado  do grão-mestrado, mas posteriormente foi reeleito outras quatro vezes, em maio de 1907, junho de 1910, maio de 1913 e maio de 1916. Em março de 1917, ao assumir novamente o governo do estado do Pará, mesmo enfrentando forte reação contrária de outros maçons de todo o país, renunciou ao cargo de grão-mestre do Grande Oriente do Brasil. Em abril recebeu o título de grão-mestre honorário e a distinção de grande benemérito da Ordem Maçônica no Brasil. No Rio de Janeiro, foi homenageado com o título de benemérito pelas lojas Dezoito de Julho, Luís de Camões e União Escocesa.  –  Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de junho de 1944.  http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/SODR%C3%89,%20Lauro.pdf

4. Manuel Deodoro da Fonseca foi militar,(1889-1891)  Marechal do Exército e primeiro presidente do Brasil. Foi iniciado na Sublime Ordem Maçônica em 20 de setembro de 1873, na tradicional Loja Maçônica ROCHA NEGRA, Federada ao Grande Oriente do Brasil, na localidade de São Gabriel, no Estado do Rio Grande do Sul. Eleito primeiro presidente do Clube Militar, entidade que ajudara a constituir. Em 1888 Deodoro foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso. Percebendo que não conseguiriam realizar seu projeto político pelo voto, os republicanos optaram por concretizar suas ideias através de um golpe militar. Para tanto, procuraram capitalizar o descontentamento crescente das classes armadas com o governo civil do Império, desde a Questão Militar. Precisavam, todavia, de um líder de suficiente prestígio na tropa, para levarem a efeito seus planos. passaram a aproximar-se de Deodoro, procurando seu apoio para um golpe de força contra o governo imperial  Os republicanos precisavam agir rápido, para aproveitar os acontecimentos e convencer Deodoro a romper de vez os laços com a monarquia.

5. Os descendentes de Emilio Goeldi, hoje residem em sua maioria na cidade de Taubaté - São Paulo- SP- Brasil - onde existe uma Instituição denominada Associação Artística Cultural Oswaldo Goeldi, Ponto de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, da qual uma das vertentes é o Projeto Goeldi, dirigido por sua bisneta : Lani Goeldi - Curadora de Arte e Gestora Cultural

6.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702011000100017

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