sexta-feira, 7 de junho de 2019

Quem tinha medo do jornalista PHA! Daniel Dantas? Paulo Guedes?

Barão Rothschild, Mario Garnero, e a Família Monteiro Aranha do RJ    O Banco Icatu de Daniel Dantas tem como sócio o grupo Monteiro Aranha de Olavo Monteiro de Carvalho, ligado ao presidente Collor, por laços familiares. [3]  https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/03/barao-rothschild-mario-garnero-e.html

  • Pergunto aos militares: que final teve a partilha das terras adquiridas por Ludwig no Jarí Pará/Amazonas, que os militares no período da ditadura militar, encarregaram o Ministro da Economia Delfim Netto, à escolher consórcio de 28 empresários para a partilha das terras, entre eles Olavo Monteiro de Carvalho, Sérgio Amoroso, do grupo Orsa presidente da WWF no Brasil, ficando para o Banco do Brasil, todo o custo desse projeto?

O marquês de Salamanca meteu-se em um embrulho muito além da sua vã filosofia. Para os neófitos, o título nobiliárquico pertence ao empresário Olavo Monteiro de Carvalho,  presidente do Grupo Monteiro Aranha, que, junto com o Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e outros monumentos mais e menos votados, é um dos símbolos do Rio de Janeiro. Olavo é presidente do Conselho da Rio Negócios, uma agência sem fins lucrativos, criada como um satélite independente da gestão Eduardo Paes e voltada para a promoção de novos empreendimentos, meio ambiente e desenvolvimento urbano, depende da qualidade do seu entorno. Paes e Sérgio Cabral não são o melhor exemplo de parceria para qualquer agência. E o marquês de Salamanca, pendurado com a brocha na mão. Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios.  A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes, forma um conjunto vazio. Mas os dedos das duas mãos teriam de ser multiplicados para enumerar o número de viagens ao exterior de Marcelo Haddad, seu superintendente-geral, diretor-executivo da Rio Negócios,[4]

Paulo Guedes era sócio de Daniel Dantas nas Privatizações do governo neoliberal de Fernando Collor de Mello[2]

Paulo Henrique Amorim sabia de tudo:

Jornal do Brasil - Política e Governo 

quarta-feira, 20/5/1992 - 1° caderno -3 [1]

Modiano fica na privatização e na presidência do BNDES:

BRASÍLIA — O presidente da Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização e do BNDES, Eduardo Modiano, tem a confiança e 0 respaldo do presidente Fernando Cóllor, afirmou ontem o secretário de imprensa do Palácio do Planalto, Pedro Luiz Rodrigues, ao classificar de ''absolutamente inverídicos" os rumores sobre sua demissão do governo.

"Modiano continua no comando do Programa de Desestatização e do BNDES, á frente dos quais tem realizado um trabalho eficiente", declarou o secretário de Imprensa da Presidência da República, Segundo ele, a estrutura do programa não muda e as alterações previstas, discutidas no Seminário de articulação das ações do governo, no fim ' de semana passado, prevê a possibilidade de incluir na privatização Também a venda das participações acionárias minoritárias da União e ramais empresas, como o Banco Meridional e a Petrobrás Distribuidora.

Segundo informação publicada pelo 'jornal O Estado de S.Paulo, Modiano 'estaria com os dias contados e seria substituído pelos economistas Daniel Dantas, no Programa de Desestatização, e Paulo Guedes no BNDES.

Também o ministro da Economia, " Marcílio Marques Moreira, ao qual Modiano está formalmente subordinado, desmentiu mudanças no BNDES ou no Programa de Privatização. "O ministro gosta do trabalho de Modiano e acha que não há o que mudar, no momento, no programa de desestatização. O ministro garante  que Modiano não sai", afirmou o porta-voz do Ministério, Luiz Fergirando Martins.

Apesar dos desmentidos, os boatos sobre a demissão de Modiano tiveram muita repercussão no governo. Os nomes dos economistas Daniel Dantas e Paulo Guedes como

possíveis substitutos de Modiano, por exemplo, surgiram nas especulações porque ambos, ao lado de outros economistas independentes, estiveram com Bornhausen na quinta-feira

passada. Dantas e Guedes foram ao gabinete do secretário de Governo para lhe dar informações sobre o programa de privatização, na preparação de Bornhausen para o Seminário de Articulação das Ações do Governo. Avaliação isenta — Assessores de Bornhausen explicaram que seus nomes foram escolhidos porque o ministro queria uma avaliação isenta do programa, a partir de técnicos de fora do governo. Foi de Dantas e Guedes a sugestão da "negociação direta" com cada interessado, na venda das estatais, descartada de pronto

pelo secretário de Governo, em nome da transparência do programa de desestatização.

Os mesmos assessores garantem que se engana quem pensa que Bornhausen tenha interesse em levar o programa de privatização para o Palácio do Planalto. Consideram ainda que os boatos sobre a saída de Modiano começaram por causa das interpelações de Bornhausen na super reunião ministerial da semana passa-, da. Nela, Bornhausen chegou a

perguntar por que o programa não estava caminhando mais depressa e indagou por que o governo não privatizava a Petrobrás Distribuidora e o Banco Meridional. Modiano, por

sua vez, se queixou de que ministros e secretários não estavam colaborando

a contento com a desestatização ao não lhe enviar sugestões de mais estatais a serem vendidas. Bornhausen, então, garantiu-lhe que, como interlocutor freqüente de ministros e secretários, cobrará tal providência.

Por via das dúvidas, num encontro ontem com o presidente Collor, Marcílio manifestou total confiança em Modiano. Segundo assessores do ministro, Marcílio agiu assim para abortar pressões para que o cargo fosse entregue a pessoas indicadas por partidos políticos, ao perceber manobras de bastidores para mudar o programa de venda de estatais. Segundo os assessores de Marcílio, o ministro ouviu do presidente a afirmação de que também ele gostava de Modiano. Pouco depois do encontro

com Collor, Marcílio recebeu em audiência o presidente do BNDES, para acertar detalhes da reunião sobre privatização, na próxima semana, com o próprio presidente da República,

uma conseqüência da super reunião ministerial da semana passada.

Daniel Dantas sugeriu algumas mudanças:

O economista Daniel Dantas, diretor do Banco Icatu, garante que é totalmente contra a idéia de mudar o processo de privatização para um método menos transparente. "Eu nunca pensei em sugerir um sistema mano-a-mano, com cada empresa sendo privatizada como se fosse uma ' concorrência. Isto não saiu da minha cabeça", assegurou ontem, no início da noite.

Ele não desmente, porém, os encontros com os secretários Jorge Bornhausen e Eliezer Batista. No começo da semana passada, Dantas esteve em Brasília, para mais uma reunião com * Bornhausen: "Ele é uma pessoa fascinante e já nos falamos outras vezes"

No último domingo foi a vez de com versar com EÍiezer Batista. O economista Rudiger Dornbush, especialista

americano em hiperinflação, também participou dessa conversa.

Dantas admite, porém, modificações em alguns pontos. Para trazer mais investidores estrangeiros, ele sugere a criação de um certificado de privatização que poderia ser comprado por qualquer um. Ele nega, mas esta idéia está sendo interpretada por especialistas financeiros como uma jogada para incluir no processo os bancos, que passariam a ser intermediários na privatização.

"Não sei se as vendas poderiam ser mais rápidas. Mas mudar o sistema poderia gerar suspeitas indesejáveis". completou o diretor do Banco Icatu. Daniel Dantas dissimula a importância dos dois encontros — "falamos de vários assuntos"—. mas não desmente sua influência no governo: é baiano, conhece o governador Antônio Carlos Magalhães, sem contar que o Banco Icatu tem como sócio o grupo Monteiro Aranha, ligado ao presidente Collor por laços familiares. O Banco Icatu tem como sócio ainda Eike Batista. Olho do secretário Eliezer Batista.

O economista Paulo Guedes, diretor do Banco Pactual, garante que não esteve na reunião de Brasília,

nem apoiou uma mudança no processo de privatização. "Sou contra este sistema de mano-a-mano. Seria um foco

para grandes irregularidades", critica.

Telebrás — No BNDES, a proposta de mudança na privatização

também foi mal recebida. Técnicos do banco detectaram um foco de interesses claro no meio do tiroteio: a privatização da Telebrás, holding do sistema de telefonia, estaria por trás

da polêmica. Especula-se no banco que Dantas estaria operando para um forte grupo com interesse em acelerar

o passo da privatização. Mudando o sistema de venda, seria possível incluir a Telebrás na lista das estatais a serem privatizadas. "Não é verdade.

Acho que a Telebrás nem deveria ser privatizada", assegura o economista.

Mas no mercado financeiro especula-se que o Banco Icatu, do qual Dantas é diretor, tem comprado uma quantidade expressiva de ações da estatal e contaria ainda com muitas

debêntures (títulos que correspondem à dívida da empresa). Investidores estrangeiros estariam seguindo o mesmo caminho, aconselhados pelo banco. Privatizando a Telebrás, este grupo passaria a ser sócio da estatal considerada a maior blite-cliip (ação com grande liquidez) do momento.

Seu valor de mercado, em bolsa, é de USS 8,1 bilhões, mas analistas financeiros estimam que, na verdade, a holding valeria cerca de US5 30 bilhões. O principal empecilho, porém, é que a Constituição garante o monopólio estatal para a empresa.

Notas:

[1] http://memoria.bn.br/pdf/030015/per030015_1992_00042.pdf

[2] Adendo: https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2019/06/paulo-guedes-era-socio-de-daniel-dantas.html

[3] https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/03/barao-rothschild-mario-garnero-e.html

[4]  https://relatorioreservado.com.br/assunto/grupo-monteiro-aranha/

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