terça-feira, 10 de março de 2020

GENERAIS BRASILEIROS: OS ENGENHEIROS DO CAOS

Loryel Rocha
09/03/2020 às 15:03
GENERAIS BRASILEIROS: OS ENGENHEIROS DO CAOS
Desde que assumiu o governo, os generais e Jair Bolsonaro (e sua orda de escravos mentais) protagonizam e patrocinam diariamente PATRANHAS, PATIFARIAS, MENTIRAS e CAOS.
O VOLUME das mesmas é abissal. Sim, chamo a atenção para o aspecto quantitavo pois não é este um dado menor ao contexto, pelo contrário. Os disparos partem de uma "central militar" (protagonizada pelo mítico presidente e os generais) e são replicados na mídia e pela orda militar-olavético-bolsonarista.
Ao longo desse 1 ano e pouco, a grande mídia (SUPOSTAMENTE, SUPOSTAMENTE) contrária ao governo militar, mas adoradora incondicional de Paulo Guedes e da Lava-Jato, ao dar foco ao TEATRO diário das bravatas diárias, deixou de NOTICIAR (ou noticiou camufladamente) os fatos concretos da gestão do Executivo militar-bolsonarista de DESMONTE, QUEBRA e ENTREGA do Brasil.
Com apoio, cumplicidade e aval da grande mídia, os aspectos concretos da gestão do caos MILITAR passou quase que invisível.
Pois bem, "agora descobriu-se" que Paulo Guedes afundou o Brasil. A bolsa dos bancos, a alta do dóllar, a crise do Petróleo são aspectos superficiais deste "modelo" que os militares, a maçonaria e a Banca impuseram ao Brasil. Nem o PT foi tão eficiente para afundar o Brasil em menos de 1 ano e meio. O projeto sempre foi esse: quebrar o Brasil.
Os militares deram um GOLPE branco. Eles não darão um golpe (no futuro), já deram. Eles já tem o poder. Assim, por que razão essa camarilha continua a subir o "tom das ameaças" contra as instituições da República?
O Brasil só terá possíbilidade de se tornar uma nação de verdade no dia que os militares políticos forem enquadrados na LEI, no dia que forem proibidos de assumir cargos políticos estando na ativa, no dia que forem julgados por um tribunal CIVIL, etc. Há uma série de medidas LEGAIS que precisam ser adotadas à favor do Brasil e, a mais urgente delas é impedir que a turma bandida do partido fardado continue a golpear o Brasil, como eles tem feito desde o século XIX.
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Loryel Rocha
09/03/2020 às 18:41 
PAULO ASSIS: O GENERAL CONSPIRADOR?! POR TRÁS DE MOURÃO
Os militares políticos brasileiros são a classe mais sórdida e perigosa da vida política nacional. Essa camarilha de fardados é a responsável, sempre foi, pelo caos institucional, político e financeiro do Brasil desde o século XIX. Operam juntos com grandes bancos, com a maçonaria e com a oligarquia nacional mais pérfida. Já publiquei alguns dados históricos dos golpes e revoluções que eles promoveram.
Desde o início deste governo, os militares tem feito um esforço tremendo para criar um caos institucional que "viabilize" para eles a legitimação do fechamento do regime. O "tom de ameaça" contra o povo e as instituições da República tem subido escalada e calculadamente, seguindo a regra tática de Mourão "das aproximações sucessivas".
Desde o início deste governo, que é DE militares, POR militares e PARA militares, a mídia nacional em peso nega que o governo seja militar. E mais, tem feito um esforço tremendo para "separar" os generais de Bolsonaro, vendendo a falácia que os primeiros são "sérios, honestos, equilibrados, competentes" e o segundo, a antítese da "ala moderada". Essa "polarização" faz parte das ETAPAS DO GOLPE que planejaram que conta, claro, com a possibilidade de defenestrar do cargo o mito que eles mesmos inventaram para tomar o poder.
Vamos recordar uma face do golpe dos golpistas?
Republico essa entrevista que (mais) esse general aposentado, Paulo Assis, mentor de Hamilton Mourão, concedeu à jornalista Amanda Audi do site The Intercept em 2018, onde ele garante que Morão será presidente da República se "algo" acontecer com o mito fabricado por eles, os generais. Da bizarra entrevista, destaco o seguinte trecho:
"Quando perguntei o que esperava de Mourão no governo, a resposta veio firme: “o Mourão vai ser presidente da República”. Em 2022 ou antes – caso “algo” aconteça com Bolsonaro. “Tudo pode acontecer. Ele é o vice, é o único que foi eleito. Os ministros todos podem sair, ele não. Vai ficar até o último dia”, vaticinou."
Destaco novamente o trecho e coloco em caixa alta: "O MOURÃO VAI SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA. EM 2022 OU ANTES"...
Quem sempre deu GOLPES no Brasil sempre foram os militares do partido militar. Eles são a VERDADEIRA ESQUERDA brasileira.
‘O MOURÃO VAI SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA’. UM DRINK COM O MENTOR DO 
VICE DE BOLSONARO
Loryel Rocha
10/03/2020 22 h -
GOLPES MILITARES NO INÍCIO DA REPÚBLICA
Um pouco de história do Brasil para quem acha que os militares políticos são uma camarilha "do bem". Faço um recorte do início do golpe da República. Amanhã coloco mais dados.
De 1889 até 1930 o Brasil o Brasil sofreu 18 INTERVENÇÕES MILITARES: 1) do Exército- 1889, 1892 (Manifesto dos 13 Generais), 1892 (Revolta do Sargento Silvino), 1895, 1897, 1904, 1915, 1922, 1924, 1930, 1930.; 2) da Marinha- 1891, 1891, 1892, 1893, 1910, 1924, 1930.
De 1889 até 1930 são 41 anos. Juntas, as intervenções militares somam um total de 18. Portanto, fazendo as contas, aproximadamente a cada 2,27 anos os militares chacoalhavam a POLÍTICA nacional com algum tipo de INTERVENÇÃO. Dentre elas, algumas foram de maior calibre e consequências alternando-se com outras de menor calibre e consequências.
A BASE TEÓRICA DO PROJETO AUTORITÁRIO DOS GENERAIS: A "DOUTRINA DE SEGURANÇA NACIONAL" E O LIVRO "ORVIL"
Há tempos venho apontando para a base teórica deste e de todos os golpes militares desde a década de 1930: a macabra Doutrina de Segurança Nacional, inventada pelo gen. Goes Monteiro no início do século XX, continuada pelos igualmente seus discípulos os gen. Carlos de Meira Mattos-Golbery do Couto e Silva e, reeditada a partir do governo Temer sob o comando do gen. Sérgio Etetchegoyen, Villas Boas, Augusto Heleno, Mourão e a caterva de marginais (redundância, eu sei) fardados políticos (militares e policiais) que ocupam o poder atualmente.
Suscintamente, ela propõe, entre outras miudezas, a criação de uma ELITE POLÍTICA MILITAR-FINANCEIRA tocando um ESTADO TOTALITÁRIO controlando toda a vida civil. Absurdo? Claro que sim, mas é a teoria advogada por todos eles. Desde o início do século XX, a súcia militar política tem invocado os "perigos do comunismo" para legitimar este seu projeto de poder.
A tramoia é diabólica.
Por indicação de Caio Rossi, li (e compartilho link) o artigo que vai no mesmo sentido de João César de Castro Rocha, professor doutor da UERJ, sobre a guerra cultural militar-olavo-bolsonarista baseada na Doutrina de Segurança Nacional da Escola Superior Militar e no livro "Orvil". O artigo é longo e merece ser lido.
É preciso parar de tratar Jair Bolsonaro como um bufão caricato e os militares que o cercam como "gente do bem". De burro, a mítica criatura, nada tem. É um perverso irmanado e conluiado com outros perversos que se valem do símbolo militar para concretizar o PROJETO MERCENÁRIO REVOLUCIONÁRIO no qual estão metidos. É uma gente perigosa, bandida, mesmo. E, ninguém se iluda, vão às últimas consequências. A história do Brasil está aí para o comprovar. Como disse Castro Rocha:
"Temos de parar de imaginar que se trata de alguém descontrolado que não sabe o que faz. É o oposto. A guerra cultural bolsonarista é um projeto autoritário que tem como ponta de lança a recuperação da narrativa conspiratória do “Orvil” para justificar que é isso ou a esquerda, assim como na ditadura militar foi possível tornar a tortura política de Estado, tornar o assassinato de adversários políticos “aceitável” e tornar o desaparecimento de corpos “tolerável”.
Bolsonaro está jogando o mesmo jogo. É seu autoritarismo ou o retorno do PT. Não somos prisioneiros dessa dicotomia muito pouco inteligente! A guerra cultural bolsonarista é um retrocesso a este passado cuja base é a teoria do “Orvil”. Se não reagirmos a tempo, as consequências para a sociedade brasileira serão terríveis. Um professor universitário intelectual como eu tem de dar a cara a tapa e dizer o que está acontecendo."
“As pessoas não levam a sério a guerra cultural bolsonarista.” O tom é de alerta. É essa mesmo a intenção do professor doutor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), João Cezar de Castro Rocha, que trabalha na conclusão de um livro sobre o que chama de guerra cultural bolsonarista. “É uma guerra cultural que fala dois idiomas”, explica.
De acordo com as hipóteses levantadas pelo professor titular de Literatura Comparada, doutor em Letras pela UERJ e Literatura Comparada pela Stanford University, nos Estados Unidos, a destruição das instituições e a eliminação simbólica do inimigo interno são pontas de lança do projeto autoritário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Castro Rocha afirma: “Há um ressentimento enorme. Há um revanchismo evidente. Há um desejo de destruir todas as instituições que caminharam no sentido do fortalecimento da democracia e da salvaguarda das instituições”. E tudo parte de um livro secreto escrito pelos militares a partir de 1986 sob o comando do então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves.


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