quarta-feira, 4 de março de 2020

FED nos EUA emite dinheiro sem lastro: Brasil o lastro em ouro no Banco Central à disposição?

O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, em recente reunião anual de banqueiros centrais e das elites financeiras em Jackson Hole Wyoming, discursa  como os poderes dominantes, que dirigem os bancos centrais, planejam conquistar o mundo. O Presidente do Federal Reserve de Nova York, Bill Dudley, que, tal como Mark Carney, é um ex-aluno da Goldman Sachs. Dudley não é ator no mundo dos chefes de bancos centrais. Até o ano passado, também era membro do Conselho de Administração do Banco de Assentamentos Internacionais (BIS) e presidia o Comitê de Sistemas de Liquidação de Pagamentos do BIS e o Comitê do Sistema Financeiro Global.
Mark Carney, disserta sobre falhas óbvias no sistema de reservas de dólares pós-1944, observando que:
  • “Uma assimetria desestabilizadora no coração do SMFI (Sistema Monetário e Financeiro Internacional) está crescendo. Embora a economia mundial esteja sendo reordenada, o dólar americano permanece tão importante quanto na época em que Bretton Woods colapsou.”
O discurso de Carney, decifrando linguagem de banqueiro, pela primeira vez, nos oferece,  um roteiro claro para o qual os poderes que controlam os bancos centrais do mundo gostariam de nos levar. 
Ele afirma sem rodeios: “A longo prazo, precisamos mudar o jogo. Os riscos estão aumentando e são estruturais”. O que ele passa a esboçar é um plano notavelmente detalhado para a transformação global da ordem do dólar nos bancos centrais, uma mudança revolucionária: propõe que o FMI, com seus Direitos Especiais de Saque (DES) em várias moedas, isto é, uma cesta de cinco moedas – dólar, libra, iene, euro e agora renminbi –, desempenhe o papel central na criação de um novo sistema monetário: “O FMI deve desempenhar um papel central na orientação das políticas domésticas e transfronteiriças (…), reunindo recursos no FMI e, assim, distribuindo os custos entre todos os 189 países-membros”. Carney propõe que o FMI supervisione a criação de uma nova infraestrutura de pagamentos baseada em uma “moeda estável internacional”. Observe que Carney, ex-banqueiro do Goldman Sachs, é mencionado como candidato a substituir Christine Lagarde como chefe do FMI.  
  • No Brasil, Paulo Guedes permite,  obedecendo a oligarquia financeira, US$4,5 Dolar americano, igual a R$20,63 Real brasileiro.  Qual a finalidade da posição de Guedes, em favorecer os angloamericanos, e, com relação ao FED emitir moedas sem lastro? 
A chefe do FMI, Christine Lagarde, indicou fortemente que o FMI estava por trás das moedas digitais dos bancos centrais, bem como das sociedades sem dinheiro. Ela observou com muito cuidado: “Acredito que devemos considerar a possibilidade de emitir moeda digital. É possível que haja um papel para o Estado no fornecimento de dinheiro para a economia digital”.
A introdução do novo mundo da moeda digital dos chefes de bancos centrais exigirá, como sugere Mark Carney, mudanças dramáticas no status quo, mudanças que levariam ao fim do papel dominante do dólar americano desde o Acordo de Bretton Woods de 1944. Como o papel de moeda de reserva do dólar é um pilar do poder americano no mundo, isso acontecer exigiria nada menos que uma catástrofe. É isso que o Federal Reserve está planejando silenciosamente com suas políticas monetárias?

Nunca se imprimiu tanto dinheiro nos EUA. O FED  Federal Reserve System trilhões de dólares impressos sem lastro americano,  e nada da inflação subir, o FED poderia facilmente levar os EUA à crise. Os níveis de dívida da economia americana estão batendo recordes para as famílias, o governo federal e as corporações. A maioria das empresas americanas tem recorrido a dívidas crescentes, bem acima de US$ 9 trilhões, para recomprar ações em vez de investir em novas instalações e equipamentos, alimentando uma bolha sem precedentes em ações da Standard & Poor’s. Isso também provocaria o colapso nos principais países do mercado emergente, que emprestaram centenas de bilhões denominados em dólares americanos,

Enquanto o Brasil  campeão mundial no pagamento do juro de dívida, não imprime mais dinheiro  e muito menos investe mais em saúde, educação e outras áreas, porque os recursos financeiros arrecadados pelo governo que o povo paga, são destinados para o FMI pagar juros de uma dívida pública inexistente, 80% do PIB, e para quem vai os recursos? Assim, Paulo Guedes fala em privatizar a Casa da Moeda, sem utilidade no Brasil, enquanto a dívida dispara apesar dos juros “maquiado”, estar baixo. 
  • Imprimir dinheiro, faz o preço das ações subir na bolsa e todo mundo ficará rico e feliz,  cria inflação no preço dos alimentos, que para o rico é irrelevante, continuará mais rico. Elevar o dólar frente ao Real, leva o povo brasileiro mais pobre e infeliz, eleva o preço dos alimentos, transporte, aumenta o desemprego, que para o rico é irrelevante, porque continuará mais rico.
Os comentaristas econômicos brasileiros mentem, dizendo que a economia brasileira não cresce porque o Brasil investe na saúde, infra estrutura, educação, aposentadorias, sem jamais destacarem os juros  da dívida (que dívida é essa) pagos sem procedência, pelo entreguismo, para o FMI (braço do BIS), furtando os recursos sociais da sociedade brasileira, mediante a fraude na CF/88 em seu Art. 166 que facilita os recursos sem o crivo do Congresso. O FED nos EUA, emite moeda sem lastro, enquanto o Banco Central do Brasil, à disposição do FMI, armazena por conta e ordem do BIS Banco para Assentamentos Internacionais, o lastro do FED em ouro, nióbio, urânio, entre outras riquezas brasileiras. 

  • Cabe-nos saber, descobrir, na possibilidade da emissão de moeda digital pelo FMI como cogitou sua presidente, Cristine Lagarde, como será convertido pelo Banco Central, os recursos da sociedade brasileira, em poder dos bancos como: poupanças, aplicações, fundos de pensão, entre outras.

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