quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Milhões de dólares para o banco Morgan Stanley em N.York o mesmo que Paulo Guedes se curvando, indicou para fracionar a CEF?

Oswaldo Prado Sanchez, era colaborador antigo de um bilionário, Julio Bozano, de quem Guedes foi sócio (ainda seria, de forma oculta?) na Bozano Investimentos até chegar ao governo. Foi denunciado pelo Ministério Público à Justiça fluminense por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa. Fechou uma delação, sobre a qual não se sabe nada. Sanchez fornecia dólares ao esquema, obtidos inclusive em contas pessoais de Julio Bozano. Este estava fora do “mercado” desde 2000, por causa de fraudes financeiras descobertas pelo Banco Central. O BC queria banir o bilionário do sistema financeiro. Ele recolheu-se por um tempo. Voltou à praça em 2013, em sociedade com Paulo Guedes, na Bozano Investimentos, hoje rebatizada de Crescera.
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Oswaldo Prado Sanches,  tentou e não conseguiu um habeas corpus contra a prisão; milhões para a rede de doleiros  em conta mantida em Nova York no banco Morgan Stanley.

A recente operação contra uma enorme rede de doleiros, um desdobramento da Lava Jato, atingiu uma empresa da qual Guedes é sócio, o grupo Bozano, do mercado financeiro. Um dos alvos das mais de 40 prisões preventivas decretadas pelo juiz Marcelo Bretas em 2 de maio foi um diretor do Bozano, Oswaldo Prado Sanches, que tentou e não conseguiu um habeas corpus contra a prisão.

O principal papel de Sanches no esquema seria arrumar dólares, via Bozano. De 2011 a 2016, o grupo teria providenciado 15,5 milhões para a rede de doleiros, principalmente através de uma conta mantida em Nova York no banco Morgan Stanley.

O pagamento em reais seria recebido pelo Bozano, em dinheiro vivo, em alguns endereços no Rio de Janeiro. Por exemplo: na rua Visconde de Ouro Preto, número 5, 10o andar, no bairro de Botafogo. Este é o endereço indicado à Receita Federal pela Companhia Bozano, aberta em 1972 e tida como ativa pelo “leão” desde 2005.

modus operandi com Sanches e o grupo Bozano foi descrito por dois doleiros convertidos em delatores, Vinicius Claret, o Juca Bala, e Claudio Barboza, conhecido por Tony. Foram as delações da dupla que desencadearam a operação “Câmbio, Desligo”, a da prisão de uma penca de doleiros.

Juca e Tony contaram que faziam negócios com o grupo Bozano desde os anos 1990. Juca descreveu a empresa como “grande cliente”. Nas 423 páginas apresentadas a Bretas pelo Ministério Público Federal (MPF) com o pedido de prisões, a expressão “grande cliente” aparece duas vezes apenas: uma para se referir ao Bozano, outra para descrever dois doleiros parceiros dos delatores.

Uma pessoa que trabalhava para Juca e Tony na função de “carregador de mala” de grana e também virou delator, Carlos José Alves Rigaud, confirma parte da história sobre as relações com o Bozano e Sanches. Rigaud disse ter entregue dinheiro vivo na Avenida Rio Branco, no centro do Rio, onde fica o edifício Banco Bozano Simonsen.

Para reforçar a acusação, os dois doleiros delatores entregaram também ao MPF os sistemas que usavam para gerenciar os negócios. Nesse sistema, Sanches era apelidado de “barbeador”, um trocadilho com o fato de Bozano também ser nome de marca de espuma de barbear.

No pedido de prisão preventiva contra Sanches apresentado pelo MPF ao juiz Bretas, há dois exemplos de negócios feitos com “barbeador”. Um no valor de 250.380,06 dólares, com data de 30 de junho de 2015. Outro de 226.550 dólares, de 30 de setembro do mesmo ano.

Outro elemento a reforçar as acusações são informações da junta comercial do Rio. O endereço “Rua Visconde de Ouro Preto, número 5, 10o andar” é o de uma empresa aberta em nome de Sanches, a Kadon Empreendimentos, e foi também, até julho de 2006, sede das empresas Bozano Shoppings e Bozano Centers.

Diante das descobertas sobre o grupo Bozano no esquema, o MPF diz que “a investigação dos crimes de lavagem de ativos; evasão de divisas (em um possível movimento de remessa prévio) e pertinência à organização criminosa é medida que se impõe uma vez que há fortes elementos demonstrando as condutas típicas de ocultação do real proprietário e da movimentação de ativos, além da remessa de valores para o exterior sem o registro nos órgãos competentes”.

E Paulo Guedes?
Em 2013, ele se tornou sócio do bilionário Julio Bozano. Julio tinha vendido seu banco, o Bozano Simonsen, para o Santander, em 2000. Mas voltou à ativa no mercado financeiro em 2013, em sociedade com alguns outros gestores de recursos alheios. Entres estes, Guedes, que deixou uma empresa que tinha criado, a BR Investimentos, ser incorporada pelo grupo Bozano.

Desse novo arranjo societário no grupo, nasceu a Bozano Partners. Sanchez, o “barbeador”, foi um dos três participantes da Assembleia Geral constituidora da Partners. Esta é uma espécie de guarda-chuva formal da Bozano Investimentos, empresa da qual Guedes é sócio, membro do comitê executivo e do comitê estratégico.

Como a relação de Guedes com o grupo Bozano começou em 2013 e como as informações do MPF apontam “barbeador” a operar com a rede de doleiros até 2016, é possível que as investigações do esquema de doleiros chegue perto do guru econômico de Bolsonaro. De 29 de janeiro de 2008 a 19 de maio de 2016, o MPF contabiliza 29,847 milhões de dólares em movimentação de dólar no exterior na parceria entre “barbeador” e os dois doleiros delatores.

Mas Bolsonaro e Guedes só terão de se preocupar se as investigações andarem. E se não foram seletivas.

A propósito: o grupo Bozano tenta se desvincular das investigações. Em nota à Folha de S. Paulo, jornal que tratou da empresa  sem citar o vínculo de Paulo Guedes com ela, chamou Sanches de “ex-diretor” e disse que não atua no mercado de câmbio.(mentiram)

https://www.conversaafiada.com.br/economia/economista-de-bolsonaro-e-socio-de-clientes-de-doleiros

Nota:

Crescera Investimentos (ex-Bozano Investimentos) (história)

          Julio Bozano vende seu banco, o Bozano, Simonsen em 2000, para o espanhol Santander. Em dezembro de 2001 vende seu site financeiro InvestShop para o Banco 1.net, do Unibanco. Durante 13 anos ficou "simplesmente" administrando sua fortuna. Em 2013, porém, então com 76 anos, volta ao mercado e cria a Bozano Investimentos, resultado da união de três gestores de recursos - a BR Investimentos, a Mercatto e a Trapezus, todas cariocas - com a empresa de investimentos do ex-banqueiro.
          A Bozano, que pegou emprestada a marca do empresário Julio Bozano, foi desenhada com quatro áreas centrais. Uma para cuidar da gestão de fundos de ações, renda fixa e multimercado; a segunda cuida de fundos de private equity. A terceira cuida de investimentos imobiliários e a quarta presta serviços de aconselhamento financeiro a investidores.
          Junto com as gestoras de investimentos vieram os gestores: Paulo Roberto Nunes Guedes (ex-BR Investimentos e atual ministro da Fazenda do governo Bolsonaro), Ricardo Manela (ex-Trapezus) e Regis Abreu (ex-Mercatto). Mais os sócios Celso Scaramuzza (ex-Itaú) e Sérgio Eraldo (Bozano).
          Os principais setores onde pretendem investir são: aviação, educação, imóveis, logística, petróleo e gás e varejo.
          Guedes foi o rosto público da Bozano nos últimos anos. Ele ficou na presidência da empresa até o novembro de 2018, saindo logo após o resultado do segundo turno das eleições.
          Em janeiro de 2019, a Bozano Investimentos promoveu mais mudanças em sua estrutura: além de os principais executivos da companhia e do empresário Elie Horn (fundador da Cyrela) terem ampliado sua participação no negócio, a companhia vai adotar uma nova marca: Crescera Investimentos. Junto com o novo nome virá uma mudança na atuação da gestora, que agora vai concentrar sua atuação no aporte em empresas, tanto de venture capital (investimentos em negócios nascentes) quanto de private equity, com desembolsos para compra de participação que podem variar de R$ 50 milhões a R$ 300 milhões.
          Para se concentrar nessas duas áreas, a companhia vai se desfazer de seu portfólio de “fundos líquidos” (como os de ações negociadas em Bolsa), que serão repassados à XP Asset Management ( propaganda de Luciano Huck). Segundo os copresidentes da Crescera, Jaime Cardoso e Daniel Borghi, ao sair desse tipo de investimento, a companhia mudará seu total de ativos administrados em cerca de R$ 500 milhões, para R$ 2,3 bilhões.
          A escolha da nova marca tem relação com o direcionamento de investir em companhias com alto potencial de crescimento. Entre os investimentos da Crescera em private equity estão a rede de estacionamentos Estapar, a holding Hospital Care e a NRE Educacional. Afya é o grupo educacional com foco em em cursos voltados à saúde.

"o interesse por trás da reforma da previdência, fica esse novo vazamento e essa propaganda com o garoto oficial de todas falcatruas que existem no Brasil, não tem uma que Luciano Huck não esteja dentro".


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