quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Dividas fiscais e trabalhistas, o estelionato empresarial brasileiro mudou de roupagem

Ligado a Paulo Guedes, o empresário Fábio de Carvalho fecha a compra do Grupo Abril. Carvalho é membro do conselho de administração do Banco Pan, que foi comprado em 2011 pelo Banco BTG - Pactual, instituição fundada pelo futuro ministro da Economia Paulo Guedes. Em sociedade com o BTG - Pactual, a Legions Holdings também adquiriu a empresa Leader, varejista de vestuário e itens para casa, que também estava em recuperação judicial, com dívidas de R$bilhões. https://www.revistaforum.com.br/ligado-a-paulo-guedes-empresario-fabio-de-carvalho-fecha-a-compra-do-grupo-abril/

Fabio Carvalho, ex-presidente da Casa & Vídeo e sócio das Lojas Leader
Fábio Carvalho  próximo a Paulo Guedes que fundou o Banco Pactual nos anos 1980 e próximo de André Esteves, do BTG, afastado do controle e do comando do banco após sua prisão em novembro no âmbito das investigações da Lava-Jato. Fabio Carvalho montou a Legion Holdings. O BTG Pactual Participations concluiu a venda de sua parte na Lojas Leader à Legion Holdings, empresa criada e controlada pelo advogado e consultor Fabio Carvalho. Foi pago pela operação um valor simbólico, de cerca de mil reais, já que a compradora deve absorver dívidas de cerca de R$ 1 bilhão, de uma rede com 167 lojas (marcas Leader e Seller) e prejuízo de R$ 530 milhões em 2015. O BTG Pactual tinha 70% da Leader, com receita bruta de cerca de R$ 2,5 bilhões em 2015. O BTG Pactual decidiu reduzir sua participação na Bravante, empresa do segmento de navegação, diminuindo de 47% para 10% sua fatia na DSB Serviços de Óleo e Gás, sócia da Bravante. http://www.bravante.com.br/   Nessa operação, Fábio Carvalho acabou entrando como sócio na Bravante, e no projeto de reestruturação.

Paulo Guedes obviamente apresenta-se como alguém atualmente desligado do banco BTG Pactual e dedicado exclusivamente a assessorar Bolsonaro na campanha presidencial. O banco, entretanto, não parece estar nem um pouco desligado de seu sócio-fundador. O Plano de Governo Bolsonaro que gritava iria proteger o povo, só dá Paulo Guedes.
Na forma proposta por Paulo Guedes, entretanto, o desmonte do serviço público federal de uma forma muito mais radical: os cortes que precisariam ser feitos ao longo de 12 anos no espírito da PEC seriam todos feitos em um ano apenas. Qual a única forma de alcançar esse resultado? Demissões em massa de servidores, cortes salariais, fim de gratificações, fechamento de órgãos inteiros (como universidades, escolas técnicas, hospitais federais, etc.) 
O projeto de Bolsonaro-Guedes é usar dinheiro público para financiar a compra dessas empresas lucrativas pelo setor privado, o que significa uma entrada ainda menor de recursos efetivamente pagos pelo setor privado, ou mais dispersa no tempo.
Com isso, pode-se ter certo uma coisa: essas privatizações vão gerar um grande número de demissões, para viabilizar uma lucratividade maior das empresas compradoras. Para essas empresas é boa notícia, mas para a economia do Brasil, e em especial para os trabalhadores ou para quem está procurando emprego, são péssimas medidas.
Mas a estranheza se desfaz se olharmos o movimento dos preços das ações do quarto maior banco privado do Brasil. Os preços dessas ações crescendo de forma sólida pelo menos desde julho deste ano, e já tiveram uma alta de cerca de 30%. E qual é o quarto maior banco privado do Brasil? Este banco se chama BTG-Pactual (ele mesmo, lembram? O banco do qual Paulo Guedes é sócio-fundador!).
Ao que tudo indica, os investidores da bolsa estão apostando que num futuro governo Bolsonaro, o sócio-fundador do BTG-Pactual estará bem posicionado no ministério da economia para viabilizar um grande salto do banco em termos de aquisições do programa radical de privatizações, e ainda por cima com financiamento público via BNDES.
O TSE, que tem proibido adesivo de estudante em universidade e enquete em site, até agora fez vista grossa para o negócio dos sócios de Guedes.
Aniquilar os direitos trabalhistas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) consiste no seguinte: Passaria a existir dois tipos de carteira de trabalho, a normal “azul”, e a nova “verde-amarela”, e a escolha entre uma e outra seria opcional. Para quem escolher a “verde-amarela”, a CLT deixaria de valer, valendo apenas o contrato individual de trabalho. Na prática, essa proposta significa a morte definitiva dos direitos trabalhistas constantes na CLT. Este projeto aparece no programa de governo de Bolsonaro, na página 64.

O verdadeiro fundador do Banco BTG - Pactual que repudia os sócios traidores, em breve relato:
O empresário na sua fazenda, no Rio, comprada por 1 milhão de dólares, onde vive com a mulher, a sogra e cuida da filha que tem uma doença degenerativa grave. “Comi o pão que o diabo amassou”, ele diz
Luiz Cezar Fernandes, que teve banco, helicóptero e uma fortuna de 300 milhões de dólares, hoje cria ovelhas na serra fluminense, longe dos seus sócios traidores.

Luiz Cezar Fernandes perdeu o seu banco, o BTG - Pactual, para quatro sócios. Em maio de 2006, o grupo suíço UBS comprou o Pactual por 2,6 bilhões de dólares. No dia 26 de outubro de 2006, o presidente Lula assinou o decreto autorizando a transferência do banco BTG-PACTUAL para os suiços. Foi um dos maiores negócios já realizados no Brasil. O fundador do banco BTG Luiz Cesar  não ganhou um tostão com a venda. No entanto, os demais sócios, os RICOS NOVOS bilionários do Brasil  assim constrói sua  fortuna (com o ex-ministrto Nelson Jobim parthner "secreto" no meio)-... compraram o BTG-PACTUAL de volta três anos depois[!] e iniciaram uma expansão, abocanhando negócios como a unidade suíça de banco privado da  Assicurazioni Generali SpA. A empresa vendeu ações ao público em 2012....André Esteves se uniu a três sócios para arquitetar uma manobra no conselho que derrubou seu mentor. "Eu fiquei surpreso quando eles se voltaram contra mim", disse Fernandes....
Luiz foi sócio de Jorge Paulo Lemann no Banco Garantia em seguida com o BTG-Pactual junto com Paulo Guedes e André Jakurski. As desavenças de Luiz Cezar com Paulo Guedes e André Jakurski se aprofundavam. Foi marcada uma reunião com os quatro grandes sócios — André Esteves, Eduardo Plass, Gilberto Sayão e Marcelo Serfaty — e com Paulo Bilyk, André Esteves gritava nos corredores do BTG- Pactual que Luiz Cezar era um imbecil.  
  •  Luiz Cezar conheceu Eduardo Plass, então engenheiro da Camargo Corrêa, durante uma visita à empreiteira, em São Paulo. “Chovia muito e eu estava parado na porta da empresa, esperando aparecer um táxi”, conta Luiz Cezar. “Surgiu o Plass no seu fusquinha e me ofereceu carona. Aceitei, e acabei fazendo o convite para ele trabalhar no banco.” Eduardo Pass entrou no Pactual com 27 anos. Gaúcho, ele fala com sotaque, tem olhos azuis, é magro e usa ternos de aparência barata. Ao narrar a sua ascenção e queda, Luiz César Fernandes escala para Eduardo Plass o papel de Iago, o traidor.
Até hoje Luiz Cezar não se conforma. “O Eduardo Plass    era o meu braço direito, o meu homem de confiança, a pessoa que eu tirei do nada”, desabafa. “Eu confiava tanto nele que o nomeei tutor da minha filha Renata, caso um dia eu faltasse.” Durante anos, Luiz Cezar procurou tratamento para a filha no Brasil. Ouviu doze diagnósticos, todos errados. Finalmente, chegou a um neurologista em Nova York, Edwin Kolodine, que diagnosticou a doença como a síndrome Niemann- Pick. Para que Renata pudesse ser tratada no Brasil, os americanos sugeriram o geneticista Danilo Moretti, da Universidade Estadual Paulista, a Unesp, que iniciava estudos na área. Na tentativa de acelerar o desenvolvimento de tratamento para a doença, Luiz Cezar passou a financiar pesquisas no Brasil e nos Estados Unidos. A Fundação Lucentis, criada por Moretti, recebeu dele mais de 1 milhão de dólares. Com o tempo, várias empresas passaram a ajudar a instituição, que hoje está construindo, em Botucatu, um centro de atendimento a pacientes com doenças genéticas. O prédio leva o nome de Renata Amaral Fernandes, em homenagem a Luiz Cezar. “Ele tem adoração por essa filha”, diz o médico paulista. “Quando nomeou o sócio como tutor, estava lhe entregando seu bem mais precioso.”
No dia 24 de julho, foi marcada uma reunião no Pactual para rediscutir a participação acionária do controlador. “Nunca vou esquecer esse dia”, conta Luiz Cezar

Na verdade, Paulo Guedes queria como presidente, Luciano Hulck.
a jornalista Vanessa Adachi em matéria publicada no Valor Econômico. Com o título "Como os Guedes "inventaram" a quase candidatura de Huck", a jornalista descreve que o primeiro a ver o apresentador da Globo como candidato viável à Presidência em 2018 Planalto foi justamente Paulo Guedes.
Perfil de Fabio Carvalho

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