A monstruosa crise cambial brasileira

A  monstruosa crise cambial, que chegou com todo o vapor. Somente resta aos pobres e miseráveis brasileiros pagarem a conta.

Composição das Reservas em Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil – Fonte BCB

Base: Ano de 2017

Movimentação das Reservas Cambiais brasileiras 'monstruosas"

De 31/12/10 até 31/12/17 – Fonte 

Movimentação	US$ Bilhões
Saldo das reservas em 31/12/10	288,6
Saldo das Transações Correntes	(371,2)
Investimentos Brasileiros no Exterior	(227,2)
Investimentos Estrangeiros no Brasil	610,7
Empréstimos Estrangeiros	428,9
Amortizações de Empréstimos Estrangeiros	(372,0)
Outras Movimentações de Capital e Financeira	(3,7)
Saldo da Conta de Capital e Financeira	436,7
Erros e Omissões	19,9
Saldo das reservas em 31/12/17	374,0

Conclusões:

O balanço de pagamentos é composto do saldo de transações correntes que apura os movimentos correntes em moeda estrangeira de um país, tais como: exportações, importações, viagens, transportes, juros, lucros, dividendos, aluguéis de equipamentos, dentre outros, que totalizou nos 7 anos do governo Dilma/Temer um deficit da ordem de US$ 371,2 bilhões.

O outro grupo de apuração do balanço de pagamentos é o denominado de contas de capital e financeira, formado por investimentos do Brasil no exterior e do exterior no Brasil, além dos empréstimos e financiamentos do Brasil no exterior e do exterior no Brasil, que nos 7 anos do governo Dilma/Temer apresentou superavit da ordem de US$ 436,7 bilhões.

Mesmo para um primário no tema é capaz de observar que algo muito errado está ocorrendo com o nosso balanço de pagamentos, ou seja: nosso comércio internacional não está se equilibrando, dependendo do fluxo financeiro e de capital para fechar. Isso quer dizer que estamos vivendo uma crise cambial de balanço de pagamentos, apesar do saldo de reservas em moeda estrangeira da ordem de US$ 374,0 bilhões apurados 31/12/17, já que a sua formação não foi conquistada pelo comércio internacional (recursos próprios), mas sim com empréstimos, financiamentos e investimentos (recursos de terceiros), vulneráveis às crises internacionais.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini