domingo, 15 de novembro de 2009

MAÇONS AQUÉM E ALÉM MAR: é uma judia, Hannah Arendt (citada pelo judeu Attali) quem diz a verdade:

Nota e figuras minha: "Vou me tornar teu inimigo, porque te conto a verdade?" Gálatas 4:16
 verdade  histórica  é  que,  na  sombra  colossal do  Império, que impusera  uma disciplina e um grão-mestre à franco maçonaria,  forçando-a   de   certo   modo   à submissão(7),  formou-se  outra  maçonaria a judaica, que  vinda das sinagogas da  Inglaterra e dos Estados Unidos manobrada pelos Rotschild, preparou lentamente Waterloo e Santa Helena (Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821).
 - 7 de setembro de 1822, na verdade, "era a declaração pública do que já estava resolvido nos subterrâneos. Rio Branco, anotando Varnhagem, diz que a Independência já fora proclamada pela Maçonaria judaica  na sessão de 20 de agosto, 'em assembléia geral do povo maçônico', reunidas na sede do Apostolado as três lojas metropolitanas, sob a presidência de Gonçalves Ledo". D. Pedro I, com a "independência ou morte", colocou o Brasil e o povo brasileiro à servidão dos banqueiros internacionais. Rothschild, financiou a Independência do Brasil em 1824/25, Os Protocolos dos Sábios de Sião[*], foram reformados por Rothschild antes de adquirir seu verdadeiro significado:  Seremos para o público, o amigo de todos. [...] Nós apoiaremos a todos, anarquistas, comunistas, fascistas [...] e particularmente os operários. Ganharemos sua confiança e eles se tornarão assim, para nós, um instrumento muito útil. [...]”.  duelo entre maçons - também monarquistas e republicanos, assim como na revolução francesa.  
 - Todos  os  marechais  que traíram  o   Imperador  D.Pedro no Brasil,   todos os áulicos  que o abandonaram e todos  os   políticos que   o  venderam, eram  maçons; já estavam preparados,  formados, juramentados, pela Burschenschaften do largo de São Francisco[***] que a maçonaria judaica trouxe para o Brasil com o prodigioso, misterioso e cruél Carlos Luiz Sand (que o diga Augusto de Kotzebue) estava pronta no Brasil, a revolução preparada por Rothschild  para  separar   o  Brasil de  Portugal, expulsar  do Brasil o imperador como um  ninguém, sem antes,  o condecorarem com o “falso título” de “falso maçon”. Estava assim preparado por Rothschild o GRANDE ROUBO FINANCEIRO DA HISTÓRIA MUNDIAL, QUE SE ETERNIZOU COM O GRANDE GOLPE DE 1889 NO BRASIL[**].  
 - A  Inglaterra  de Rotschild  apunhalou  pelas  costas  o Império,  que ninguém, jamais, ousou comentar o assunto os que o fizeram foram condenado pelas cortes Burschenschaften jurídicas brasileiras. E os livros para o conhecimento dos brasileiros que contaram a verdade dos fatos após, antes e durante o grande golpe da República no Brasil, a maçonaria judaica dos Rothschild  baniu, seqüestrou, proibiu a circulação no Brasil.
é uma judia, Hannah Arendt (citada pelo judeu Attali) quem diz a verdade:
"Não existe melhor prova desse conceito fantástico de um governo mundial judaico do que essa família, os Rothschilds, estabelecidos em cinco países de regimes diferentes, poderosos em cada um, em estreitíssimas relações de negócios com pelo menos três desses governos, e sem que guerras e conflitos entre essas nações jamais tenham, nem ao menos por algum momento, abalado aquela firme solidariedade entre banqueiros."...

História Secreta do Brasil
Gustavo Barroso
Capítulo XIII - Vol.4
MAÇONS AQUÉM E ALÉM MAR
Pg. 13 a 22

As  revoluções  que  deveriam  cercear  o  poder  real  com  a constituição,  bem  como  separar  o  Brasil  de  Portugal  e  ir  semeando  as  primeiras idéias  republicanas,  etapas  da  grande  marcha  mundial  para  o  domínio de  Israel,  estavam  decididas  nos conluios  secretos  da  maçonaria  e  da  sinagoga. Os movimentos e perturbações se manifestariam aquém e além mar, nos domínios da coroa portuguesa, às vezes até de maneira contraditória,  o  que  serve  para  estabelecer  a  confusão  nos  espíritos desprevenidos.  É  preciso  compreender  que  o  judaísmo  está  fora  dos  povos  e quer  o  esmagamento  de  todos.  Por  isso,  lança  uns  contra  os  outros, lucrando  com  todas essas  lutas.  Seus  agentes de  qualquer  espécie, portanto,  podem  figurar  nos  campos  os  mais  opostos. 
A  ação  da  maçonaria  em  Portugal  recrudesceu  no  fim  do  século XVIII, aquecida pelas  chamas do grande  incêndio revolucionário francês.
Em  1797,  a  divisão  auxiliar  inglesa,  que  viera  defender  o  reino  contra os  jacobinos,  espalhara  por  todo  ele  as  lojas  de  pedreiros-livres  (1). 
Dentre elas, a mais ativa talvez fosse a Filantrópica de Santarém, fundada sob  os auspícios do duque de Sussex  (2). Já em  1798 vimos a maçonaria agindo  na Bahia. Antes, agira em Minas. Em 1801, pôs as manguinhas de fora numa conjuração alinhavada entre Portugal e Brasil, aproveitando a  guerra  com  a  Espanha.  O  plano  era  vasto  e  visava  a  proclamação  da  república  em  Pernambuco,  sob  a  proteção  de  Bonaparte,  Primeiro Cônsul.  Nunca  se  pôde  penetrar  bem  "os  esconderijos  desse  mistério", 
confessa  um  historiador  de  peso  (3).  Estavam  implicados  na  meada  os irmãos Cavalcanti  de Albuquerque, os irmãos Arruda Câmara e  os irmãos Suassuna  da  famosa  academia  de  seu  nome,  no  Cabo.  Os  documentos  mais  comprometedores  desapareceram  como  que  por  encanto dos autos da  devassa.  Pela  mão  dum  religioso,  frei  José  Laboreiro, correram  rios de  dinheiro  para  a  soltura  dos  presos  e  a  restituição  dos  bens  seqüestrados,  "sem  se  saber  de  onde vinha tanto ouro  (4)"! 
Em  1803,  já  funcionavam  no  Rio  de  Janeiro  três  lojas: Reunião,  Constância  e  Filantropia.
A  última  quase  repetia  o  nome  da  famosa  de Santarém. A Inquisição andara farejando esses conciliábulos, metendo na  cadeia,  em  Lisboa,  o  judeu  e  maçon  Hipólito  da  Costa  e  um  dos Vieira  Couto,  iniciado  no  Tijuco, em  Minas, ao  tempo da Inconfidência. Hipólito, de quem Vieira Couto era íntimo, conseguira livrar-se da entaladela  e  escafeder-se  para  Londres,  onde  fazia  no  "Correio  Brasiliense" 
a política da  nossa  independência,  não  como  meio de  nos engrandecer, porém  como  fim  de  diminuir  Portugal.  Vieira  Couto    foi  posto  em  liberdade  com  a  entrada  dos  soldados  de  Junot.  Conta-se que,  quando se  apresentou  ao  general  francês,  este, que o  conhecia  de  nome (?), lhe disse:

— "Seu  crime  é  ser  maçon, e  também  é  maçon  o  Imperador  meu amo (5)".  Um  especialista  na  matéria  escreve  o  seguinte:  "Certos autores afirmam  que  Napoleão  foi  feito  maçon.  É  possível  que  o  Imperador tenha  recebido  um  grau  inteiramente  honorífico(prestar homenagem). A maçonaria devia-lhe essa gentileza, afim de  obter a  sua benevolência. Se por acaso assistiu à  sessão de alguma loja, decerto evitaram tratar em sua presença assuntos  subversivos  (6)".  
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batalha de Waterloo,  casa que Napoleão ficou exilado na ilha Santa Helena, D.Pedro seguindo para o exilado na Europa.
A  verdade  histórica  é  que,  na  sombra  colossal do  Império, que  impusera  uma disciplina e um grão-mestre à franco-maçonaria,  forçando-a  de  certo  modo  à  submissão  (7),  formou-se  outra maçonaria que,  vinda das sinagogas da  Inglaterra e dos Estados Unidos manobrada pelos Rotschild, preparou lentamente Waterloo e Santa Helena (Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821).  Todos  os  marechais que  traíram  o  Imperador D. Pedro,  todos  os áulicos  que o  abandonaram e todos os  políticos  que  o  venderam  eram  maçons. 
Basta uma pequena lista: Augereau, Marmont, Murat, Talleyrand, Fouché...

A  nova  maçonaria  não  era  mais  do  que  a  repetição  do  Rito  Escocês Perfeito,  com  o  aumento  dos  graus  até  33.  Foram  seus organizadores os  judeus  Moisés-Cohen,  Hyes  Franken,  Morin  e  Spitzer.  O  primeiro conselho  supremo  realizou-se  em  Charleston,  nos  Estados  Unidos,  a 31 de maio de 1801, sob a presidência do judeu Isaque Long. Sua instituição  em  França  data  de  1804,  ano  da  coroação  de  Napoleão  I.  Com essa  arma  oculta,  a  Inglaterra  de  Rotschild  apunhalou  pelas  costas  o Império  (8). A  queda da maior  potência  política  da  época ia permitir
que  se  erguesse a  maior  potência  financeira  dos  nossos  tempos (9). 
Podemos acrescentar: a  maior  potência  financeira  de  todos os tempos!
Durante todo o governo de D. João VI, as potências ocultas trabalharam com afinco, sem que cessassem as inteligências entre as maçonarias de  Portugal  e  do  Brasil  (10).  Desse  trabalho  pertinaz  resultaram  os  movimentos  de  1817  nos  dois  países,  quase  simultâneos,  manobrados pela  "infame  facção de mortandade e roubo", como  rezam alguns documentos  (11). A  coisa  ia  rebentar  em  Lisboa, intentada pela maçonaria, assegura Varnhagen,  quando  as  denúncias  chegaram  ao  general  inglês Beresford, que  ocupava o reino devoluto com suas tropas. Pretendia-se proclamar D. João VI  rei constitucional  (12), primeira etapa para a república.  Antes  de  subir  ao  cadafalso,  Luiz  XVI  jurara  a  constituição. O plano  era  mais ou  menos o  da  Inconfidência  de  Vila  Rica,  seguido  o  modelo  da  antiga  tática  judaica  do  golpe  de  Estado. 
Surpreendiam-se e matavam-se as autoridades. Provocava-se um motim. O general Gomes Freire, grão-mestre da maçonaria, fingindo-se alheio ao combinado, seria aclamado  chefe e  convocaria as côrtes  para  proclamarem a monarquia constitucional (13). Beresford mandou efetuar prisões, funcionaram tribu- nais  de  emergência  em  processos  sumários  e  dez  cabeças  da  conjura,  militares  e  paisanos,  foram  enforcados.  Um  deles,  porém,  estrangeiro  suspeitíssimo,  o  barão  Frederico  de  Eben,  foi  somente  expulso  (14). 
Quando  o  general  Gomes  Freire  caminhava  lentamente  para  o  patíbulo erguido  no  Alqueidão,  em  frente  ao  Tejo  azul,  um  oficial  das  tropas  inglesas, a única farda vermelha presente à lúgubre cerimônia, o tenente- coronel  Haddock,  avançou  para  ele,  estendeu-lhe  a  mão  e  deu-lhe  os toques maçônicos  (15).

À  conspiração descoberta e dominada de  Gomes Freire em Lisboa correspondeu  deste  lado  do  Atlântico  a  revolução  de  Pernambuco,  no mesmo ano de 1817. Este movimento foi "gerado nas sociedades secretas, que  passaram  a  funcionar  no  Brasil",  sendo  outro  motivo  importante "o  impulso  português  no  intuito  de  determinar  pelo  ressentimento  o  regresso de  D.  João  VI  (16)". 
Desde alguns anos, as atividades maçônicas recrudesciam no nosso país.  "Antes  da  famosa  loja Comércio  e  Artes, que  data  de  24  de junho de  1815, teriam existido outras no Rio,  Bahia e  Pernambuco, que continuaram,  sob o governo de  D.  João VI, a desenvolver sua atividade silenciosa, fundando-se  mesmo  uma, composta  em  parte  de  empregados  do  paço, com  conhecimento  do  então  Príncipe  Regente,  cujo fervor religioso nunca foi grande e menos ainda de caráter ultramontano.
Drummond  contesta  formalmente  que  D.  João  VI  tivesse  ciência  dessa loja  (17),  mas o  fato dela denominar-se, como ele próprio escreve,  São João de  Bragança (18),  depõe  contra a  sua negativa (?). A perseguição às  lojas  maçônicas    ocorreu  quando  a  revolução  pernambucana  de 1817 patenteou  seu  caráter político anti-monárquico. O alvará de  penas foi  até  mandado  transitar  pela  chancelaria  do  Reino,  o  que,  escreve  Drummond,    caíra  em  desuso.  Houve  por  algum  tempo  o  pânico  da  maçonaria,  alimentado  por  espias e delatores, e  não    as  lojas foram mandadas dissolver, como se criou um juízo da inconfidência, que cometeu  arbitrariedades  (19). 

Vê-se bem que o rei pouca importância deu às lojas até se descobrir sua  atuação  revolucionária e    então, diante  das  provas  irrecusáveis, se  determinou  a  agir.  Antes  de  funcionar  na  Praia  Grande  (Niterói), 15onde  era  sua  sede,  Comércio  e  Artes realizava  suas  seções  no  Rio  de  Janeiro,  na  Pedreira  da Glória,  em  casa  do dr.  José  Joaquim  Vahia. Depois  da  perseguição,  passou  a  reunir-se  na  residência  do  capitão  de  mar  e  guerra  Domingos  de  Ataíde  Moncôrvo  (20).  Foi  dessa  loja que surgiu  a  idéia  da  instalação  dum poder  maçônico brasileiro.  Em 1821, ela  estava solenemente montada no Rio e batia-se pelo liberalismo político  econômico.
Em  1822,  quando  se  fundou  o  Grande  Oriente do  Brasil,  dividiu-se  em  três.  Dela  nasceram  duas  oficinas  maçônicas  célebres  em  nossos  anais: União  e  Tranqüilidade, Esperança  da  Vitória, de  Niterói  (21). 
As  lojas judaicas da  Grã-Bretanha haviam  mandado dois emissários para  a  América  do  Sul,  afim  de  conhecerem  os  progressos  revolucionários do  continente:  o general  Miranda, que  comandara exércitos franceses  na  Revolução,  para  a  Venezuela,  e  Domingos  Martins,  natural  do  Espírito  Santo,  que  acudia  também  pelo  nome  de  Dourado,  homem de  aventuras  e  negócios,  para  o  Brasil.  As  filiais comerciais do  último  deviam  fornecer  os  meios pecuniários  para  o  movimento,  cujos  planos os  dois  haviam  longamente  discutido  nos  conciliábulos  presididos  em  Londres,  por  Miranda.  A  missão  cometida  a  ambos era de  "portentosos efeitos  (22)". Domingos Martins  veio  acompanhado pelo  capitão  de artilharia  Domingos  Teotônio  Jorge,  acreditado  perante  o  Grande  Oriente da  Bahia.  Em  1815, o primeiro voltou a  Londres e  "a revolução começou a mover-se  (23)". Ficou combinado que seus chefes no Recife esperariam o  aviso  dos mestres do  Sul,  os  quais  o  dariam  depois  de  receberem aviso dos mestres da Europa, conforme  refere  um  manuscrito  do  padre  Teles  de  Menezes . A  preparação  maçônica  vinha  sendo  lenta  e  seguramente  feita. 

Diversos  pedreiros-livres,  enviados  para  aqui  e  para  ali,  desde  1809,  fundavam  lojas nas  cidades de  seu  domicílio, de acordo com  o  Governo  Supremo,  exercido  pelo  Grande  Oriente  da  Bahia,  onde  residia  maior número  dos  maçons  "que  tinham  sido  iniciados  e  elevados  aos  altos graus  na  Europa  (24)".  Em  1816,    Pernambuco  contava  uma  Grande Loja  provincial  e  4  regulares  (25),  todas  articuladas  com  as  baianas e  fluminenses,  uma  das  quais,  Distinta ou Distintiva de  Niterói,  era freqüentada  por  um  dos  irmãos  Cavalcanti  de  Albuquerque  (26),  que participara  da  conjura  de  1801  e  participaria  da  de  1817. 

O  governo  real  recebia  denúncias  anônimas  da  trama.  Diziam-lhe que  os  revolucionários    pretendiam  deixar-lhe  unicamente  o  título  de D.  João  de  Bragança  (27).  O  processo,  aliás,  estava  nos  moldes  da  maçonaria,  que    crismara   o infeliz  Luiz XVI  como  Luiz  Capeto tout court.
Talvez  por  isso  houvessem  dado  aquele  nome  de  São  João  de Bragança  à  loja  da  gente  do  próprio  paço.  Esses  jogos  de  palavras simbólicas  são  uma  das  muitas  especialidades  da  seita. 
Aproximava-se  em  Pernambuco  a  época  fixada  para  o  estouro  do movimento  que  o  governador  Caetano  Pinto  de  Miranda  Montenegro, tolerante,  descuidoso  e  indolente,  não  era  homem  para  reprimir  com a  energia  necessária.  No  "Correio  Brasiliense", Hipólito  da  Costa  atribuiu-o, depois, ao descontentamento do povo pelas contribuições e conscrições  forçadas  para  a  guerra  da  Banda  Oriental  contra  Artigas  (28). 
O duque de Palmela replicou-lhe, esmagando-lhe os argumentos de arranjo,  com  as  provas  de  que  não  fôra  lançado  tributo  algum,  porque  as tropas em  campanha  estavam  sendo  pagas  pelo  erário  de  Lisboa!  Além disso, as milícias nacionais que  operavam no Sul eram na quase totalidade  do  Rio  Grande,  Santa  Catarina  e  São  Paulo:  gaúchos  da  fronteira, guaranis  missioneiros,  o  regimento  dos  Barriga-Verdes  e  a  formidável Legião  dos  Paulistas.  Havia,  na  verdade,  carestia  de  vida,  mas  não  por culpa  de  impostos  do  governo.  Ela  fôra  provocada  por  especuladores  que  açambarcavam   os  carregamentos  de  gêneros  e  "os  revendiam  a retalho  ao  público de  maneira  a  mais  arbitrária  (29)".  O  que  ofendia ao  povo  miserável  não  era  nenhum  arrocho  do  governo  real  que  foi,  na  opinião  da  João  Ribeiro  e  Oliveira  Lima,  sempre  paternal,  mas  a ostentação  de  luxo  e  de  empáfia  dos  comissários  de  algodão  em  maré de  fartura,novos  mascates,cheios  de  dinheiro  pela  alta  do  produto, conseqüência  ainda  da  cessação  do  bloqueio  continental  e  da  guerra  entre  a  Grã-Bretanha  e  os  Estados  Unidos, de  1812  a  1813. Havia certa rivalidade  entre  brasileiros e portugueses. A  insolência dos  ricaços cristãos-novos  aumentava-a. 

A  maçonaria aproveitou habilmente a carestia e a situação, atribuindo  a  primeira  ao  governo  e  a  segunda  aos  portugueses,  quando  ambas eram  resultado  da  atuação  da  mesma  casta  judaica.  O  próprio  Caetano de  Miranda Montenegro, na  ordem  do dia de  4  de março de  1817, apesar de  ter  sido  até  então  iludido  pelos  que  mais  de  perto  o  cercavam  (30),  reconhecia que  se  havia  lançado  mão de  tais meios. Toda a gente estava farta  de  saber  que  a  conspiração  se  forjava  nas  lojas  maçônicas  (31). 
Hipólito da  Costa  apelava  para a explicação do descontentamento  popular,  porque  isso  lhe  convinha  como  maçon.  Rosa-Cruz  que  era  (32). 
Se  fomes  e  carestias  por  si  sós  determinassem  revoluções,  cada  seca no  Ceará  seria  um  apocalipse  social,  entretanto,  nenhum  povo  sofre  mais  resignado  do  que  o  cearense.  As  fomes e  as carestias  são  sempre  adrede  provocadas  pelas  forças  ocultas  para  criar  climas  revolucionários, em que os agitadores demagogos possam mover as massas desatinadas.  Em  geral,  "os filósofos e  intrigantes  são   sempre  os  autores das  revoluções  (33)".  O  povo  não  passa  de  pretexto  ou  de  força  bruta  Posta  em  movimento  para  sr  conseguirem  certos  fins.  A  revolução  de 1817 não foi absolutamente feita pelo povo, nem teve o apoio do povo, como  o  reconhecia  o  brigadeiro   Lima  e  Silva,  em  1824,  antes  pelo contrário,  pois  o  interior,  mais  tradicionalista  do  que  o  litoral  e  livre das influências  cosmopolitas,  ou  não  aderiu  a  ela  ou  contra  ela  se 17 insurgiu de armas na mão. A  revolução foi  feita unicamente pela maçonaria,  servindo-se  da  tropa,  indisciplinada  de  antemão,  cujos  inferiores  tinham  chegado  ao  ponto  de  atentar  contra  a  vida  de  seus  superiores e  dentro  dos  quartéis! 
A  6  de  março  de  1817,  houve  motim  no  corpo  de  artilharia  da guarnição,  transpassando  um  dos  oficiais  o  comandante  com  a  espada. 
O  governador  mandou  prender  o  culpado  e  mais  outros  colegas,  bem como  o  agitador  Domingos  Martins  Dourado  (34),  de  volta  de  Londres,  onde  quebrara, dizem uns  que fraudulentamente (35),  mas  ele  defendeu-se da  imputação. Tais prisões determinaram o  levante, decerto antes do  tempo, o que  fez gorar a revolução geral, ainda não de todo articulada nas  outras  províncias.  As  unidades  rebeladas  abriram  fogo  de  fusilaria  contra  os  elementos  fiéis  à  legalidade  e  o  governador  se  recolheu  à  fortaleza  do  Brum,  onde  não  tardou  a  capitular,  sendo  remetido  para  o  Rio  de  Janeiro.  Soltaram-se  os  maçons presos  e  todos  os criminosos da  cadeia pública, que vieram engrossar as fileiras revolucionárias, meio técnico de  todas as  revoluções judaicas para espalhar o terror e entocar a  burguesia,  como  preceituam  as diretivas  atuais da  Internacional. 
Essa gente  cometeu  os mais horríveis excessos  (36). Arengaram ao populacho desenfreado,  pelas  esquinas,  Domingos  Martins,  o  padre  João  Ribeiro  Pessôa  e,  a  dar  crédito  aos  ofícios  governamentais  e  consulares  da  época,  o  ouvidor  de  Olinda,  Antonio  Carlos  Ribeiro  de  Andrada,  que  alguns  papéis  dizem de  Abreu, acusado  até  de  homicídio  na  pessoa  dum  negociante  de  Santos  (vide  a  nota  26).  Segundo  Muniz  Tavares,  o  mesmo  era  um  dos  que  anteriormente  peroravam  com  veemência  nos  conciliábulos  maçônicos.  Todavia,  nos  interrogatórios a  que mais  tarde  foi  submetido,  o  irmão  de  José  Bonifácio  defendeu-se,  ao  que  dizem,  com  algum  fundamento,  dessas  increpações  e  "verberou  o  movimento  (37)".  Era, entretanto, maçon e de alto bordo!... Foi, segundo o manifesto maçônico  de  1832,  assinado  por  José  Bonifácio,  o  1.°  Grão-Mestre  do  Grande  Oriente  do  Brasil.  Fundara  em  Pernambuco  uma  Universidade  Secreta,  nos  moldes  do  Areópago  de  Arruda  Câmara. 
Deu-se  a  interessante  coincidência  de  estarem  surtos  no  porto  do  Recife  vários  navios  franceses,  entre  os  quais  "La  Felicité",  cujo imediato  Luiz Vicente  Bourges, isto é, Borges, descendente dos cristãosnovos  emigrados  de  Portugal  para  Bordéus,  não  perdeu  a  oportunidade  de  fazer  grande  carga de  gêneros da  terra,  sobretudo  algodão,  a preços vis,  graças  ao  movimento  revolucionário  (38).  Repitamos  ainda  a  frase  sacramentai  de  Sombart:  "A  guerra  é  a  seara  do  judeu!". 

Constituiu-se  um governo provisório, composto  de 5 membros:  Domingos  Martins,  José  Luiz  de  Mendonça,  Manuel  Corrêa  de  Araujo,  o  coronel  Domingos  Teotonio  Jorge  e  o  padre  João  Ribeiro Pessôa.  Para  captar  simpatias,  essa  junta  aboliu  certos  impostos  e  aumentou  o  soldo  da  tropa,  praticando  "atos políticos  repassados  de  moral jacobina  (39)". 18 preparou-se  para  resistir  a  qualquer  reação  ou  para  coadjuvar  outros  pontos rebelados, montando navios armados,  com tripulações estrangeiras. Os oficiais e  soldados  rebeldes arrancaram das fardas e barretinas as armas e topes reais. Pensaram, ao princípio, em conservar a bandeira portuguesa  sem o escudo, porque, sendo branca, de longe haveria confusão e  os  navios  de  passagem  ou  arribada,  vendo-a tremular  nos fortes, não  notariam  a  mudança  de  situação e  não  levariam  a notícia a outros portos, o que daria  tempo de  se aperceberem melhor para a luta. Quiseram,  depois,  adotar  a  tricolor  francesa  (40).  E  acabaram  aceitando  o projeto de bandeira  maçônica apresentado  pelo padre João Ribeiro  Pessôa: "bicolor, azul-escuro e branca,  sendo as cores partidas horizontalmente;  a  primeira  em  cima  e  esta  por  baixo,  e  tendo,  no  retângulo superior  azul,  o  arco-íris  com  uma  estrela  (41)  em  cima  e  o  sol  por baixo, dentro do  semi-círculo; e no inferior, branco, uma cruz  vermelha (42)". Entregues à tropa, as novas bandeiras foram solenemente abençoadas no campo do Erário (43), numa espécie de reprise, em ponto pequeno, da  Festa  da  Federação  do  Paris revolucionário,  no  Campo  de  Marte. 
Dizem os historiadores da revolução de  1817 que o arco-íris significaria,  nas  suas  três  cores  fundamentais,  Paz,  Amizade  e  União.  Este  é o significado demótico, aparente. O significado verdadeiro e profundo somente  o  pode  revelar  a  cábala  maçônico-judaica  que  esses  historiadores  desconheciam.  O  arco-íris  é  o AZILUTH  cabalístico  do  Grande Pentáculo da  Luz  Eterna  sob os atributos do Sol, que não foi esquecidoe  está  posto  embaixo,  como  seu  gerador.  O  AZILUTH  é  a  síntese  da  Unidade a que correspondem as 7 vozes ou cores da análise (44). Sobre essa síntese,  dominando  o  mundo, a  Estrela de cinco  pontas do  Microcosmo salomônico, o  Homem Divinizado. Todos esses símbolos, note-se bem,  estão sobre a  Cruz  ensangüentada!  Afirma-se  que  esta  relembra  o  primitivo  nome  do  Brasil,    puro  engodo  dos  simbolistas  sibilinos. 
A  hermenêutica  cabalística  ensina  que arco-íris,  sol  e  estrela  dominam  e  ensangüentam a  cruz!  As cores das  duas  faixas  repetem  as das palas da bandeira maçônica da revolução baiana de 1798, azul e branca, cores de  Israel, que  figuram  no  pavilhão  sionista  da  Palestina  com a  Magsen  David  em  traços  de  ouro. A  leitura  exata  desses  símbolos  cabalísticos  mostra o verdadeiro caráter do movimento de 1817. Os ignorantes poderão  sorrir  desta  interpretação.  Pouco  importa!  Os  judeus  cabalistas  e os  maçons  que  conhecem  os  seus símbolos  sabem  que ela é  absolutamente verdadeira.
A revolução logo se estendeu à  Paraíba e ao Rio  Grande do Norte; mas seus emissários ao Ceará e à  Bahia, o sub-diácono José Martiniano de Alencar e o padre Roma, José Inácio de Abreu Lima, nada conseguiram. José  Pereira  Filgueiras,  o  grande  caudilho  sertanejo,  levantou  em  prol  da  realeza  o  interior  do  Ceará  (45). O  sul  de  Pernambuco  insurgiu-se contra  os  republicanos  maçons  do  Recife.  A  contra-revolução  estalounos sertões  de  Alagoas. As  outras províncias próximas  ou  remotas  conservaram-se  indiferentes. Antonio Gonçalves da Cruz, o Cabugá, enviado aos Estados Unidos, nenhum socorro obteve oficialmente e mal conseguiu algumas  provisões  de  guerra  por  meio  da  "especulação  particular",  as  quais  nem  chegaram a  tempo.  Parece que se pensou em nomear Hipólito da Costa, ministro da nova República em Londres, mas a idéia, se existiu, não  foi  avante. 
Alguns  fugitivos de  Pernambuco,  chegando em  breve prazo à Bahia de  tudo  informaram  o  governador  conde  dos  Arcos,  que  tomou  providências enérgicas e  imediatas  com  os recursos de que dispunha. O padre Roma  foi  preso.  Aprestaram-se  expedições  para  atacar  por  mar  e  terra  o  foco  da  rebeldia.  Lá dentro,  lavraram  dissenções.  Muitos dos  revoltosos  haviam  sido  iludidos,  como  sói  acontecer,  quanto  aos  verdadeiros  intuitos da maçonaria. Tinham-se levantado contra impostos e vexações, não  contra  o  poder  real.  Demonstra  isso  a  proposta  de  José  Luiz  de  Mendonça  ao  Governo  Provisório  de  que  participava,  que  vem  na  obra  de  Muniz  Tavares  (46).  Idêntica  traça  fôra  posta em  prática  na  Inconfidência  Mineira. 
É  digno  de  nota  o  grande  número  de  sacerdotes  que  tomaram  parte ativa na revolução:    Alencar, Roma, Miguelinho, Caneca, João Ribeiro.  Além  dessas  figuras  principais,  muitos  frades,  cônegos,  vigários  e coadjutores.  Diz  Mario  Melo  que  tinham  sido  enfeitiçados  pelo  liberalismo  (47).  Eram  todos  maçons!  padre  Miguelinho,  Miguel  Joaquim  de Almeida  Castro,  iniciara-se  em  Lisboa,  no  ano  de  1807  (48).  O  padre  João  Ribeiro  era  iniciado,  segundo  Oliveira  Lima,  nos  "mistérios  da  democracia".  Todos  esses  religiosos,  homens  mais  ou  menos  cultos,  não  podiam  ignorar   que   incorriam   na  maior  penalidade  da  Igreja, a  excomunhão  maior, ipso  facto, que  pesa  sobre  a  cabeça  de  todo  católico  que se fizer maçon. Não vale dizer, como assoalham  os ignorantes  no  assunto,  que  a  maçonaria,  nessa  época,  ainda  não  tinha  sido  condenada  pela  Santa  Sé,  porque  isso  absolutamente  não  é  verdade. 
A  primeira  condenação  foi  feita pela bula de  Clemente XII, IN  EMINENTI, em  1738,  e  a  segunda,  pelo  breve  PROVIDUS,  de  Bento  XIV,  em  1751  (49). Os eclesiásticos maçons de Pernembudo foram vítimas do que Valéry-Radot  denomina  "paródia  demoníaca  da  mensagem  evangélica  da  fraternidade  (50)".    nesse  tempo,  1817,  a  maçonaria  punha  em  prática no  Brasil-Reino  o  processo que, vinte e  nove anos mais tarde, em  1846, figura  nas  INSTRUÇÕES  SECRETAS  da Alta  Venda  Carbonária de  Roma,  documento  preciosíssimo  apanhado  pela  polícia  de  Sua  Santidade  o   Papa  Gregório  XVI:   "O  clero  deve  marchar  sob  o  vosso  estandarte, julgando  sempre  que  está  marchando  à  sombra  da  bandeira  das  chaves apostólicas (51)". Estavam, na verdade, enfeitiçados, como diz  o  maçon Mario  Melo,  ilustre  jornalista  e  historiador.  O  termo  não  poderia  ser  melhor  empregado. 20 
As  providências  do  conde  dos  Arcos  puseram  rapidamente  termo à  revolução  pernambucana.  A  frota de  Rodrigo  Lobo  bloqueou  o  Recife  restabeleceu  a  ordem  em  Natal,  de  onde  o  governo  revolucionário  fugiu  Para  a  serra  do  Martins.  O  marechal  de  campo  Cogominho  de  Lacerda  marchou  contra  os  rebeldes  com  alguma  tropa  da  Bahia,  pelo  interior.  Sem  apoio  no  sertão  conflagrado  o  Governo  Provisório  da  República  Maçônica  procurou  negociar  uma  capitulação  com  o   comandante  da  esquadra,  que  se recusou  a qualquer entendimento.  Então, Domingos Teotonio Jorge, como os irmão do Rio  Grande do Norte, buscou refúgio  fora  da  capital,  levando  a  guarnição  e  os  cofres  que    início  da  revolução  estavam  "bastante  cheios  (52)". 
Ao  aproximar-se  Cogominho,  Rodrigo  Lobo  deu  um  desembarque. 

O  Recife  foi  ocupado  sem  resistência.  O  padre  João  Ribeiro  Pessôa suicidou-se. Os  republicanos dispersaram-se. Alguns dos que  foram apanhados  seguiram  presos  para  a  Bahia  (53). O governador  nomeado  para Pernambuco,  Luiz  do  Rego,  seqüestrou  os  bens  dos  réus  e  fez  julgar  vários  por  uma  comissão  militar.  Mandaram-se  alguns  para  os  cárceres  de  Lisboa; degredaram-se  outros  para  a África; arcabuzaram-se  outros. 
Foram  passados pelas  armas  na  Bahia, com  horrível  aparato,  Domingos Martins,  José  Luiz  de  Mendonça  e  o  padre  Miguelinho. Mais três vítimas oferecidas pela maçonaria aos  seus deuses ocultos! O padre  Roma havia sido  fuzilado  a  23  de  março. 
O movimento terminou a 20 de maio de  1817,dominado com relativa facilidade, porque  "estalou  prematuramente"  e  os maçons da  Bahia  "desorientados  com  a  iniciativa  do  conde  dos  Arcos,  nada  puderam  fazer (54)".  Durante  a  rebeldia  e  o  processo,  os anônimos preveniam  D. João VI  que  os  "presos eram  abundantemente  socorridos  e  protegidos abundantemente  segundo  os  capítulos  da  seita  (55)".  Denunciavam  mesmo os  maçons  de  sua entourage,como  o  conde  de  Parati,  o  marquês  de  Angeja e o barão de São Lourenço. Os dois primeiros abjuraram, penitenciaram-se  e  receberam  o  perdão  do  soberano  indulgente. O  último  era  mais  ladino  e  perigoso.  Chamava-se  Francisco  Bento  Maria  Targini  e exercia  o  cargo  de  conselheiro  da  fazenda.  Filho  dum  italiano  astuto, sem  eira  nem beira  nem  ramo de  figueira, judeu disfarçado pelos moldes e  modos, alçara-se de mero guarda-livros duma comandita ou sociedade anônima  lisboeta  aos  altos  postos  do  Estado.  Enriquecia  no  que  hoje se  denomina  advocacia  administrativa  e  corrompia  toda  a  gente  que  rodeava  o  monarca, a  poder  de  ouro. As denúncias  apontavam-no  como  "chefe  dos  traidores  (56)". 
O  judaísmo  maçônico  fôra  vencido  à  luz  do  sol  em  Lisboa  e  no Recife.  Voltaria  à  carga  pelos  subterrâneos  e    tinha  plantado  suas  daninhas  sementes  dentro  da  própria  casa  de  El  Rei! 
Mal decorrera um semestre desde o término da revolução pernambucana  e    se  preparava  outra,  com  a  mesma  finalidade,  disfarçada  na idéia da constitucionalização do reino, afim de não ferir susceptibilidades e  angariar  maior  número  de  adeptos,  em  Portugal.  Em  janeiro  de  1818,  o desembargador  Manuel  Fernandes Tomás, o advogado-poeta  José  Ferreira  Borges,  raça de  cristãos-novos,  e  outros constituíram  um  SINHÉDRIO,    que  evocava,  diz  acertadamente  Rocha  Martins,  o  "supremo 
conselho  dos  judeus".  O  judaísmo-maçônico  é  o  eterno  gato  escondido  com  o  rabo  de  fora.  Como  o  avestruz,  julga  que  ninguém  o  vê,  porque  ocultou  a  cabeça  e não  está  vendo  ninguém... 
Em  tal  SINHÉDRIO  figuravam negociantes abastados  e  práticos: João  Ferreira  Viana  (?),  Lopes Carneiro, Duarte  Lessa,  José  Gonçalves  dos Santos e  Silva,  José  Pereira de  Menezes. Apoiavam-nos os militares maçons,  sobretudo  os da  loja Liberdade.
A  voz do povo apontava todos os  constitucionalistas  como  maçons  e  herejes  (57).  Foi  daí  que  partiu  e  se  avolumou  a  revolução  portuguesa  de  1820,  que  criou  as  Cortes,  arrancou D.João VI ao seu querido Brasil e levou-o a morrer na Bemposta da água-tofana dos mistérios...  (58). 

A  maçonaria,  que  parecia  ter  perdido  a  cartada,  acabou  ganhando o jogo. As  lojas,  os  sinhédrios,  as  sinagogas,  os  kahals daquém e além - mar, marchando ao som do "trovão de  França" que ainda se  não apagara na  história,  caminhavam,  com  a  lentidão  de  quem  anda  apalpando  as  trevas,  para  o  Domínio  Universal!!  Que  lhes  importava  o  cadáver  do boníssimo  rei  que  o veneno estendera no leito mortuário?  Envenenariam 
mais ainda  do  que  o  corpo  a  sua  memória,  cobrindo-o  de  ridículo  imerecido

Nota minha:

[*]OS PROTOCOLOS DOS SáBIOS DE SIÃO by GUSTAVO BARROSO

"Vou me tornar teu inimigo, porque te conto a verdade?" Gálatas 4:16
https://archive.org/details/OsProtocolosDosSbiosDeSio 
[**]BARROSO, Gustavo. BRASIL – Colônia de Banqueiros (História dos empréstimos de1824 a 1934). 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1936.
https://pt.scribd.com/doc/8698255/BR-Colonia-de-Banqueiros

[***]Indicação bibliográfica para citações e referências: Bispo, A.A. (Ed.), „São Paulo (SP) Academia X Convento. Secularização e anti-secularização em referenciações alemãs:  a Bucha e a restauração franciscana no caminho da urbe à metrópole- Lembrando Frei Basilius Röwer OFM (1877-1958)- Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 150/2 (2014:4). http://revista.brasil-europa.eu/150/Sao_Paulo-AcademiaXConvento.html
NOTAS Capítulo XIII - Vol.4:
(1)  Oliveira  Martins,  "História  de  Portugal",  tomo  II,  pág.  235. 
(2)  Rocha  Martins,  "A  independência  do  Brasil",  Lisboa,  1922,  pág.  46. 
(3)  Pe.  Joaquim   Dias   Martins,   "Os   mártires  pernambucanos",  pág.  12.  Um  dos 
Arruda  Câmara,  o  botânico,  médico  formado  em  Montpeilier,  partidário  exaltado  das  idéias 
francesas,   fundara   o   Areópago,   sociedade   secreta   intencionalmente   posta   nos   limites  
de   Pernambuco  e   Paraíba,  que  doutrinava  para  a  democracia  e  a  revolução  maçônica, 
sementeira  de  onde  brotaram  os  grandes  movimentos  revolucionários  do  Brasil,  no  século 
XIX.  Do  Areópago  provêm  a Academia dos Suassuna, a Academia do  Paraíso, a Universidade
Secreta  de  Antonio  Carlos,  a  Escola  Secreta  de  Vicente  Ferreira  dos  Guimarães  Peixoto, 
a  Oficina  de  Iguarassu,  etc.  Cf.  Mario  Melo,  "A  loja  maçônica  seis  de  março  de  1817", 
Recife,  1921,  e  "As  academias  secretas  de  Pernambuco";  Pereira  da  Costa,  "A  maçonaria 
em   Pernambuco"  e  "Dicionário  de  pernambucanos  ilustres";  M.  L.  Machado,   Introdução  
à  "História  da  Revolução  de  1817",  de  Muniz  Tavares. 
O   segredo   do   que   se   passava   nesses   grêmios   era  tão  importante  que,  antes 
de  morrer,   Arruda  Câmara  escrevia  ao   padre  João  Ribeiro  Pessôa,  mais  tarde  corifeu 
da  revolução  de  1817  e  que  se  suicidou  para  conservar  talvez  o  silêncio,  ordenando-lhe 
que   mandasse  para  os  Estados  Unidos  ao  amigo  N.  a  sua
  obra  secreta,
  "por  conter 
110
coisas  importantes  que  não  convêm  o  feroz  despotismo  ter  dela  o  menor  conhecimento". 
E acrescentava:  "Remeta  logo a  minha circular  aos  amigos  da América  Inglesa e  Espanhola. 
Sejam  unidos  com  esses  nossos  irmãos  americanos,  porque  tempo  virá  de  sermos  todos 
um, e  quando  não  for  assim,  sustentem  uns  aos  outros".  Cf.  Pereira da Costa, "Dicionário
de  pernambucanos  ilustres"  e  Mario  Bhering,  Introdução  ao  tomo  XLIII-XLIV  dos  "Anais 
da  Biblioteca  Nacional". 
M.   L.  Machado,  na  citada  Introdução,  escreve:  "Era  o  Areópago  uma  sociedade 
política, secreta, intencionalmente  colocada  na raia de  Pernambuco e  Paraíba (sic), freqüen-
tada  por  pessoas  salientes  de  uma  e  outra  parte  e  donde,  saíram,  como  de  um  centro 
para   a   periferia,   sem   assaltos   nem   arruídos,   as   doutrinas   ensinadas.   Tinha   por  fim 
tornar  conhecidos  o  estado  geral  da  Europa, os  estremecimentos  e  destroços  dos  governos 
absolutos,  sob  o  influxo  das  idéias  democráticas.   Era  uma  espécie  de  magistério  que 
instruía  e  despertava  entusiasmo  pela  república
  (sic),
  mas  em  harmonia  com  a  natureza 
e  dignidade  do  homem  e  ao  mesmo  tempo inspirava ódio  à  tirania dos  reis.  Era,  finalmente,  
a  revolução  doutrinada  que  traria  a  independência  e  o  governo  republicano  a  Pernambuco". 
Tudo  está  comprovado  pelo  escritor  maçon  Mario  Melo,  "A  maçonaria  no  Brasil" 
in
  "Livro  Maçônico  do  Centenário",  ed.  do  Grande  Oriente  do  Brasa,  1922,  pág.  191: 
"A  maçonaria  surgiu  no  Brasil,  como  havia  aparecido em  Portugal;  uma associação secreta,
movida  pela  liturgia,  COM  FINS  POLÍTICOS-SOCIAIS...  A  primeira  loja  maçônica,  COM 
FINS  POLÍTICO-SOCIAIS,  fundada  no  Brasil,  foi  o  Areópago  de  Itambé  (Pernambuco). 
Instalou-o o  botânico  Arruda Câmara, ex-frade carmelita,  médico  pela faculdade de Montpe-
Hier,  no  último  quartel  do  século  XVIII,  em  1796. 
Decerto  as  organizações  secretas  de  Pernambuco  tinham  ligações  no  Rio  de Janeiro,
onde   já  a  maçonaria  se  estabelecera.   Leia-se  esta  efeméride  de  Rio   Branco,  do  dia 
29  de  julho  de  1800:  "Uma  divisão  naval  francesa,  comandada  pelo  capitão  Landolphe, 
tendo   cruzado   alguns   dias   perto   da   barra   do   Rio  de  Janeiro,  fez  algumas  presas  e 
seguiu  nesta  data  para  o  Norte.  Na  altura  do  Porto  Seguro  encontrou-se  com  a  esquadra 
do  comodoro  inglês  Rowley  Bulteel,  e  no  combate  renderam-se  duas  fragatas  francesas. 
Os  prisioneiros  foram  entregues  no  Rio  de  Janeiro  ao  vice-rei  conde  de  Rezende.  Refere 
o  comandante   Landolphe  que  foi  bem  tratado,  porque  era  pedreiro-livre.  Um  dos  filhos 
do  vice-rei   levou-o  a  uma  festa   maçônica.  "Introduzido   no  recinto  do  tempo  (diz  ele 
em   suas   "Memórias"),   ouvi   com   muito   prazer   o   discurso   do   venerável;   mas   o   que  
me   encheu   de   admiração   voi   ver   nesse  lugar,  entre  os   primeiros   chefes   militares  e 
administradores  da  colônia,  personagens  revestidos  das  primeiras  dignidades  da  Igreja". 
Como  o  Brasil  já  começava  a  ser  minado  pela  seita! 
(4)  Francisco   Muniz   Tavares,   "História   da   revolução  de   Pernambuco   em   1817",  
ed  anotada  por  Oliveira  Lima,  Recife,  1917,  pág.  XXII. 
(5)  Joaquim  Felicio,  "Memórias  do  distrito  diamantino",  págs.  254-255. 
(6)  Henry  Robert  Petit,  "Le  drame  maçonnique",  pág.  88
  in
  nota. 
(7)  Léon   de   Poncins,  "La  guerre   Occulte".  Os   aventais   e   faixas   maçônicas   de  
Napoleão  figuram  na  coleção  de  relíquias  do  Príncipe  Napoleão,  em  Bruxelas.  V.  Gérard 
Harry,  "Un  trésor  napoleonien",
   in
  "LMIIustration",  Paris,  12  de  novembro  de  1910,   n.°  
3533,  págs.  337  e  segs. 
(8)  Henry  Robert  Petit,  op.  cit.  págs.  87-89. 
(9)  G.  Barroso,  "Brasil  —  colônia  de  banqueiros",  pág.  27. 
(10)  Francisco  Muniz  Tavares,  op.  cit.,
  notas
  de  Oliveira  Lima,  pág. 81.
(11) Rocha  Martins,  op.  cit.  pág.  38. 
(12) Varnhagen,  "História  da  Independência",  Imprensa  Nacional,  1917,  pág.  32. 
(13) Rocha  Martins,  op.  cit.  pág.  50. 
(14)  Op.  cit.  pág.  46. 
(15)  Op.  cit.  pág.  52. 
(16)  Oliveira  Lima, "D.  João  VI  no  Brasil",  tomo  I,  pág.  537. 
(17)  Menezes   Drummond,  "Autobiografia"
   in
  "Anais  da  Biblioteca  Nacional",  vol. 
XIII.
A   própria   maçonaria  confessa  que,  em   1809,  José  Maria  Rebelo,  brigadeiro  da 
Guarda  Real  da  Polícia do  Rio de Janeiro, entregou ao  Príncipe Regente  D. João "considerável
lista  de  maçons".  Cf.  "Livre  Maçônico  do  Centenário",  ed.  do  Grande  Oriente  do  Brasil. 
Rio,  1922,  pág.  16. 
(18)  Podia   ser   para
   despistar
   os   fâmulos   do   paço.   É  bom   não   esquecer   que  
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os   maçons  se   ligam  à  tradição  gnóstica,  aos  cristãos  ditos  joanitas,  sendo  São  João 
Evangelista  para  eles  figura  cabalística  venerabilíssima. 
(19)  Oliveira  Lima,  "O  movimento  da  Independência",  pág.  238.  Sobre  o  movimento 
maçônico  desse  tempo,  V.  Pedro  Calmon,  "História  da  civilização  brasileira",  págs.  115 
e  segs. 
(20)  Os  nomes  de  localidades  são  geralmente preferidos pelos cristãos-novos. Segun-
do  os  estudos  de  Mario  Sáa,  Moncôrvo,  em  Portugal,  é  berço  tradicional  de  judeus. 
(21)  Oliveira  Lima,  op.  cit.  loc.  cit. 
(22)  Pe.  Joaquim  Dias  Martins,  op.  cit.  pág.  258. 
(23)  Op.  cit.  págs.  258-259. 
(24)  Francisco  Munis  Tavares,  op.  cit.  pág.  LXXXV. 
(25)  Op.  cit.  loc.  cit.   Notas   à   mesma,  de   Oliveira   Lima,  pág.  78.  As  4  lojas 
regulares  eram:
   Pernambuco  do  Oriente,
  fundada  por  Cruz  Cabugá;
  Pernambuco  do 
Ocidente,
   por   Domingos  Martins;
  Restauração  e  Patriotismo,
  e
  Guatimozin.
  É  a 
primeira  vez  que o nome de Guatimozin surge na maçonaria brasileira. Veremos a importância
que  tomou  mais  adiante. 
(26)  Rocha  Martins,  op.  cit.,  pág.  13.  Alguns  historiadores  escrevem
  Distinta
  e 
ouros
  Distintiva.
   Parece  que,  a  última  versão  é  a  certa.  Na  sua  "História  do  Brasil 
Reino  e  do  Brasil  Império",  ed.  de  1871,  diz  Melo  Morais:  "No  ano  de  1812,  na  freguesia 
de  S.  Gonçalo  da  Praia  Grande  ou  Niterói,  se  organizou  uma  loja  maçônica,  denominada 
Distintiva,
   com   sinais,   toques   e   palavras   simbólicas,   diversos   dos   toques,   sinais  e 
palavras   das  outras  instituições  deste  gênero,   tendo  por   emblema   no  selo  grande  um 
índio  vendado e manietado com grilhões, e um gênio em ação de o desvendar e desagrilhoá-lo.
Esta  loja,  verdadeiramente  republicana  e  revolucionária,  era  dominada  pela  influência  de 
dois   membros   mui   proeminentes,   que   eram   José   Mariano  Cavalcanti  de  Albuquerque, 
que  tinha  vindo  de  Pernambuco  para  este  fim  (o  qual  foi  um  dos  principais  colaboradores 
da  revolução  de  6  de  março  de   1817,  e  que  assassinou  o  brigadeiro  Manuel  Joaquim 
Barbosa,   comandante  do   regimento   de  artilharia,  do  qual  era  secretário,   para  auxiliar 
o  capitão  José  de   Barros  Lima,  Leão  Coroado,  de  quem  era  genro),  e  Antonio  Carlos 
Ribeiro  de   Andrada   Machado  e   Silva,  então  oculto   por  causa  da  imputação  de  morte 
feita   na   pessoa  do  negociante  José   Joaquim  da  Cunha  da  vila  de  Santos",  pág.  16. 
Acrescenta   Melo  Morais  que  a  papelada  dessa  loja  foi  roubada  e  levada  ao  intendente 
de   polícia   Paulo   Fernandes   Viana,   que   mandou   chamar   os   implicados   e  os  advertiu, 
prometendo  eles  não  mais  fazerem  nada. 
(27)  Rocha  Martins,  op.  cit.  pág.  12. 
(28) "Correio  Brasiliense",  n.°  108,  de  maio  de  1817. 
(29)
 Ofício
 de  Maler  sobre  a  revolução  de  1817
  in
  "Revista  do  Instituto  Arqueológico 
de  Pernambuco". 
(30)  L.  F.  de  Tollenare,  "Notas  dominicais",  trad.  de  Alfredo  de  Carvalho,  Recife, 
1908,  pág.  176. 
(31)  Oliveira  Lima, "D.  João  VI  no  Brasil",  tomo  II,  pág. 791.
(32) No   retrato  de   Hipólito,   em   ponto   grande  e  colorido,  que  se   acha  na  sala 
das   sessões   comuns   da   Academia   Brasileira  de   Letras,   tirado  de  gravura  da  época, 
se  vê,  pendente  dum  fitão,  ao  pscoço,  a  insígnia  do  grau  18,  cavaleiro  Rosa-Cruz. 
(33)  L.  F.  de  Tollenare,  op.  cit.  pág.  185. 
(34)  O  nome,  a  vida,  os  meios  de  que  lançava  mão,  a  agitação  constante  fazem 
suspeitar  que  fosse  cristão-novo.  Negociante-revolucionário,  só  judeu. 
(35)  Oliveira   Lima,  op.  cit.   tomo  II,  pág.   792.   A  casa   comercial  era  Barroso, 
Martins,   Dourados  e  Carvalhos.  A  quebra  é  exata,  o   que  não  é  de  pasmar   com  um 
chefe  revolucionário... 
(36) Todos  esses  excessos  estão  pormenorizadamente  escritos  no  cap.  IV  da  obra 
citada  de  Francisco  Muniz  Tavares,  historiador  dos  mais  conscienciosos. 
(37)  Francisco  Muniz  Tavares,  op.  cit.
  notas
  de  Oliveira  Lima,  pág.  155. 
(38)  Oliveira  Lima,  op.  cit.  tomo  II,  pág.  794. 
Bandeira  da  revolução  maçônica  de  1817,  em  Pernambuco.  Sobre  a  Cruz  ensangüentada, 
o  Sol,  o  Arco-íris   e  a   Estrela  de   cinco  pontas.  Leiamos  estes  símbolos  cabalísticos; 
O  sangue  que  se  vê  na  cruz,  embaixo,  segundo  Eliphas  Lévi,  "La  science  des  esprits", 
págs.  213-215,   é   "o   grande   agente   simpático   da   vida,   o   motor   da   imaginação   e   o  
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fluido  universal",  ao  mesmo  tempo  que  exprime  a  violência  contra  a  cruz.  O  resultado 
disso   é   o  Arco-íris,  o  Aziluth,   síntese  produzida  pela  fonte  de  vida  material,  o  Sol, 
e  dominada  pela  Estreia.  Isto  é:   ensangüentando  a  cruz  se  constrói  uma  nova  síntese 
social   de   fundo   materialista,  dominada  pelo   homem   divinizado.   Não   há  na  leitura  dos 
hieróglifos  maçônicos  a  menor  dose  de  imaginação.  Ela  resulta  somente  da  interpretação 
dos  seus  símbobs  como  preceituam  as  sumidades  na  matéria. 
(39)  Op.  cit.  tomo  II,  pág.  801. 
(40)  L.  F.  Tollenare,  op.  cit.  págs.  203-205. 
(41) Certas  versões  dão  3  estrelas,  correspondendo  às  três  províncias  levantadas: 
Pernambuco,  Paraíba  e  Rio   Grande  do  Norte;  mas  os  modelos  oficiais  trazem  somente 
uma,  de  acordo  com  esta  descrição. 
(42)  Varnhagen, "História  Geral  do  Brasil",  2.ª  ed.,  Rio  de  Janeiro,  págs.  1133-1134. 
(43)  Francisco  Muniz  Tavares,  op.  cit.  págs.  99-101  da
  2;
  ed.,  Recife,  1884. 
(44)  Eliphas   Lévi,  "Les  mystéres  de  Ia  Kabbale",  Nourry,   Paris   1920,  pág.  158. 
Esse  simbolismo   não  passou  despercebido   ao  brigadeiro   Inácio   Madeira,  que,  a  17  de 
março  de  1822,  escrevia  a  D.  João  VI,  historiando  os  sucessos  que  ocorriam  na  Bahia 
e   relembrando   os  de  1817,  e  dizia:  "...o   escudo  de   suas   armas   foi   subsituído   pelas  
pinturas  do   sul  e  da  lua  e   alguns  outros   hieróglifos..."   O  velho   soldado  teve  a  clara 
intuição   da   importância   dos   símbolos.   Entre  os   hieróglifos,   não  estava  a  lua,   mas  o 
arco-íris,  o  AZILUTH  cabalístico,  cujas  sete  cores  se  resumem  em  três  cores  irredutíveis. 
A   respeito,  explica   Dario   Veloso,  em   "O  templo  Maçônico",  pág.  174,  referindo-se  ao 
arco-íris:  "Arte,  Ciência  e  Mistério  são  os  três  veículos,  os  três  focos  iniciáticos,  que 
irradiam   a   luz  branca,  a  vermelha  e  a  azul,  luzes   que  se   harmonizam   em  esplendor 
único:  o  esplendor do Verdadeiro:  da Causa:  Energia:  Essência:  Deus".  Esse  Deus-Causa-
Energia   é   o   Deus-Matéria  da   maçonaria.   A   respeito   da   significação  do  sol,  escreve 
ainda  o  referido  autor  maçônico  à  pág.  208  da  op.  cit.  que,  "interpretado
  literalmente, 
pode  significar  astro,  luz,  calor,  vida,  força;
  figuradamente,
  Criador  dos  Seres,  imagem 
de  Deus,  símbolo  do  Eterno,  luz  do  Universo".  As  nossas  interpretações  estão,  portanto, 
de  pleno  acordo,  segundo  se vê,  com  uma grande  autoridade da própria maçonaria brasileira:
o  sr.  Dario  Veloso. 
(45)  Barão  de  Studart,  "O  movimento  de  17  no  Ceará",  pág.  35. 
(46)  Op.  cit.  pág. CX.
(47)  "A  maçonaria  e  a  revolução  pernambucana  de  1817"
  in
  "Revista  do  Instituto 
Arqueológico  de  Pernambuco",
  passim.
  Na  lista  da  devassa  procedida  na  Bahia e  publicada 
por  Muniz  Tavares,  figuram  nada  menos  de  35  eclesiásticos! 
(48)  Pereira  da  Costa,  "A  maçonaria  em  Pernambuco,
  passim. 
(49) Vieram,  depois,   mais  cinco  condenações:  em   1821,  pelo  breve  ECCLSIAM, 
de   Pio  VII;   em   1825,   pela  bula   QUO  GRAVIORA,  de   Leão  XII;  em   1832,   pela  bula 
MIRARI   VOS,  de   Gregorio  XVI;  em   1865,  pela  bula  MULTIPLICES   INTER,  de  Pio  IX; 
em  1884,  pela  bula  HUMANUM  GENUS,  de   Leão  XIII,  Cf.  Raich,  "Kirchenlexicon",  art.° 
"Frei maurer".
(50) "Le  temps  de  Ia  colére",  B.  Grasset,  Paris,  1932,  pág.  270. 
(51)Crétineau-Joly,  "L'Eglise  "Romaine  en  face  de  Ia  Révolution". 
(52)  Francisco   Muniz  Tavares,  op.  cit.  cap.  XVII;  Varnhagen,  "História  Geral  do 
Brasil".  3;  ed.  integral,  tomo  V,  pág.  192. 
(53)  Op.  cit.  cap.  XVIII. 
(54) Carta  de  D.  Carlos  de  Alvear,  então  no  Rio  de  Janeiro,  a  D.  Matias  Irigoyen, 
datada  de  25  de  abril  de  1817,  que  se  encontra  nos  papéis  do  Foreign  Office  de  Londres, 
traduzida  para  o  inglês. 
(55)  Rocha  Martins,  op.  cit.  págs.  12-13. 
(56)  Op.  cit.  loc.  Entre  os  conspiradores  de  1817,  encontra-se  um   David  Targini. 
O   nome   dá   que   pensar.  Aliás   o   Targini   barão   andou   pelo   Nordeste   em   funções   da  
fazenda.  Esteve  até  no  Ceará,  onde  fez  versos...  
(57)  Op.  cit.  págs.  56-57,  62  e  66. 
(58)  Pedro   Calmon,   "O   Rei   Cavaleiro",   Companhia   Editora   Nacional,   São   Paulo,  
1935,  pág.  183;  "No  dia  3  fôra  à  quinta  do  Belém  ver  uma  procissão.  A  4,  na  Bemposta, 
comera  umas  laranjas:  sobreviera-lhe  o  acidente,  meia  hora  antes  do  despacho,  e  como 
se  nenhuma  peça  daquele  organismo  túrgico  resistisse  à  corrosão,  em  cinco  dias  acabou 
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entre  terríveis  padecimentos".  Pedro  Calmon,  "O   Rei   do  Brasil",  José  Olímpio,  Rio  de 
Janeiro,   1935,   pág.  321:   "O   embaixador   A'   Court,   dois   meses   depois,  em   audiência  
que  Carlota   Joaquina   lhe  deu,   ouviu   aos   lábios   da  rainha  viúva  a  acusação  de  terem 
envenenado   o   seu   marido   com
   doses   sucessivas   de   água   tofana,   um   composto  
de   arsênico.
  "Ela   poderia  mesmo  precisar  quando  foi  propinada  a  primeira  dose".  Cf. 
Alberto  Pimentel. "D.  Miguel",  Lisboa,  1905. 
Rocha   Martins,   "A   independência  do  Brasil",   Lisboa,   1922,  págs.  343-344;  "...a 
doença  fôra  súbita  e  violenta,  ou  muito  poderoso  o  veneno  ingerido.  É  certo  que  ninguém 
duvidou   de   que   o   rei   morresse   empeçonhado   e  à  volta  do   finamento  da  negra,   sua  
dedicada,  a  que  provava  a  sua  comida  e  não  estivera  em  Belém,  grande  atoarda  soara. 
O   imperador-rei   falecera   em   março;   em   novembro   acabara   o   físico-mor   do   reino   e  
relacionou-se   tudo   isto,   falava-se   em   personagens   misteriosas  emistelando   a   laranja,  
doce   e   sumarenta   em   filtros   raros   muito   secreto   que   não   deixavam   vestígios,   uma  
tática  nova  a  substituir  as  revoltas,  adotada  pelos  conspiradores". 
Depois  disso,  Rocha  Martins  dá  curso  à  balela  maçônica  de  que  o  veneno  viera 
das   mãos   de   Carlota   Joaquina,   quando   a   declaração   desta   a   A'   Court   a  desmente, 
pois,  se  fosse  ela,  não precisaria afirmar ao  diplomata estrangeiro,  que  nada  lhe perguntara,
que  estava  certa  da  peçonha  e  de  quando  haviam  começado  a  aplicá-la.  A  maçonaria 
tem  grande  experiência  da
  água  tofana
  e  sabe  habilmente  lançar  a  desconfiança  sobre 
as  pessoas  que  lhe  convêm...  Dona  Carlota  Joaquina  foi  uma  inimiga  terrível  da  maçonaria, 
a  qual  acumulou  sobre  a  memória  da  rainha  todas  as  calúnias  imagináveis.  Basta  lembrar 
que   o   Manifesto   Maçônico  de  1831,  publicado  em   1832,  redigido  por  Gonçalves   Lêdo  
e  assinado  por  José  Bonifacio,  denomina-a  textualmente:  "o  Dragão  que  cavou  o  abismo 
em  que  correram  risco  de  ser  tomados  todos  os  maçons  brasileiros". 
Na  "Linguagem   Maçônica",  constante  do  "Livro  Maçônico  do  Centenário",  à  pág. 
148  se  lê:  "ÁGUA  TOFANA   —   Preparado  químico  de  um  tóxico  destinado  aos  perjuros 
e  aos  traidores  nas  antigas  iniciações  e  entreos  Iluminados.  Hoje  é  apenas  um  símbolo 
que  representa  o  desprezo  que  têm  os  maçons  para  o  Irmão  perjuro".  Apesar  do disfarce,
a   própria   maçonaria   em   publicação   oficial   do   Grande   Oriente   reconhece  a  existência 
da
   água  tofana,
  que  é   um   veneno,   que   se  empregou   contra  perjuros  e  traidores,  e 
que   ainda   a  palavra  permanece   como   símbolo...   Para  assunto  tão  grave,  a  confissão 
não  podia  ser  mais  explícita. 
Sobre  o  preparo  e  aplicação da Água  Tofana, v. A. Z. Mueller, "Entdeckte  llluminaten-
rècepte  von  Áqua  Totana  und  anderen  geheimen  Mitteln",  Berlin  1788.  

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