sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Jornalistas, professores, profissionais liberais, e a ditadura em 1964

  • Há livros que abrem novos horizontes, fazem os homens pensar, sonhar e até lutar por um mundo melhor. Outros nem tanto. Mas não devemos ignorá-los ou jogá-los na fogueira. Quanto mais deletério o efeito de um livro, mais atenção devemos dar a ele, até para tentar "desarmar a bomba".

Por 30 anos de 1934 até 1964 PROFISSIONAIS LIBERAIS, PROFESSORES,  JORNALISTAS, NÃO PAGAVAM IMPOSTO DE RENDA.

A LEI ADOTADA NO BRASIL,  ERA IGUAL A ADOTADA NOS ESTADOS UNIDOS E EUROPA. Estes profissionais liberais tinham as despesas de locomoção todas por sua conta e risco sem ajuda externa, motivo da redução do imposto.

  • Os militares que até então se beneficiavam da função dos jornalistas e intelectuais, resolveram tirar o benefício que recebia os profissionais, E, PROVOCAR os profissionais contra o regime militar que iniciava obediente a "guerra fria anglo-americana", APROVEITANDO, para prender, torturar, assassinar, muitos corpos jamais encontrados, todos os esclarecidos que se rebelasse contra o regime militar.
  • OS MILITARES À PARTIR DE 1964, COMEÇOU A DEMONSTRAR O ÓDIO DELES PELOS CIVIS. MILITARES GOSTAM DE QUEM FICA DO LADO DELES OS ENDEUSANDO, OS CLAMANDO, PEDINDO COMO ROBÔS A INTERVENÇÃO, OS MILITARES ODEIAM O POVO BRASILEIRO.
  • Os Professores FORAM podados em seus direitos como mestres da educação, se deu o início da privatização do ensino no Brasil, com o emburrecimento  do cidadão brasileiro.

O APOIO AO REGIME MILITAR DE 1964 INCLUSIVE PELA TV GLOBO
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Os militares em 1964 terminaram com o Artigo 113; Art 113 Constituição de 1934 “Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor.”  Art. 36 da Constituição de 1934 e o mesmo artigo 203 da constituição de 1946
DE REPENTE,
Obrigaram pela primeira vez jornalistas, escritores e professores a pagarem Imposto de Renda.
DEU-SE ENTÃO A VIRADA! TODOS OS JORNALISTAS ESCRITORES, PROFESSORES, ARCEBISPOS,... SE VOLTARAM CONTRA O REGIME MILITAR E DITADOR, QUE CLASSIFICAVA A TODOS DE COMUNISTAS, COPIANDO DOS ESTADOS UNIDOS COM A FARSA DA GUERRA FRIA, E POR ESTAR FINANCIANDO OS MILITARES BRASILEIROS.



Os novos militares, jornalistas, professores de história e escritores de hoje nem sabem o que ocorreu de fato naquela época e os que se viram prejudicados por pagar os impostos, e se rebelaram contra o regime militar, chamando de ditadura.

Em 2013, a Revista Exame da Editora Abril, comenta esta isenção da seguinte forma.  “A isenção (infelizmente) foi revogada em 1964, por meio da Emenda Constitucional nº 9 de 22 de julho de 1964.” Infelizmente para quem, cara pálida?” 

Nenhum jornalista, professor ou escritor, nem mesmo os de “esquerda” escreveram ao longo dos 30 anos de privilégio, um artigo sequer contra este privilégio que desfrutavam, benefício estes, copiados dos Estados Unidos, da Europa, incluindo vários benefícios para a classe. Jornalistas também não pagavam imposto predial1, imposto de transmissão1, imposto complementar2, isenção em viagens de navio, transporte gratuito ou com desconto nas estradas de ferro da União, 50% de desconto no valor das passagens aéreas e nas casas de diversões. 3,4 .

Uma semana depois de assumirem o governo em 1964, os militares patrocinaram uma emenda constitucional número 9, que passou a obrigar todo jornalista, escritor e professor deste país a pagar imposto de renda, algo que nenhum destes fazia desde 1934 conforme medida estabelecida por Getúlio Vargas.

Este é um dos segredos mais bem guardados pelos nossos professores de história, beneficiados que eram,

João Amado historiador: “Grande parte dos jornalistas que tiveram suas crônicas coletadas para este livro, Alceu de Amoroso Lima, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux, entre outros, foram aqueles que logo se arrependeram do apoio dado ao regime militar.” “Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor.”

Antônio Calado, escritor e professor escreveria:
“O Golpe foi certo, mas seus desdobramentos errados”.   antagonizaram, toda a elite intelectual deste país.
Calado se tornou um dos grandes opositores ao regime militar, um ano depois.

O Luto dos Jornalistas Em Santa Catarina, antes da regulamentação, todo mundo era “jornalista”. Queriam os privilégios da isenção do Imposto de Renda e desconto de 50% nas passagens aéreas. Até o arcebispo tinha carteira de jornalista.

Notas:
[1] vide João Amado – Historiador.
[2] Otávio Ianni, O colapso do populismo no Brasil

[3] (Otávio Ianni, O colapso do populismo no Brasil, Civilização Brasileira, 1968, pág. 174)".

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