segunda-feira, 12 de maio de 2014

Energias alternativas, regime submetido aos concentradores


Complexo Angra Existe a guerra  comercial SIM, E o povo brasileiro deve saber:

O Brasil, dono da sexta maior reserva de urânio e nióbio do planeta. 

O urânio extraído hoje no Brasil é enviado ao Canadá para ser transformado em gás e à Europa (Alemanha, Holanda ou Inglaterra) para ser enriquecido, voltando, então, ao Brasil.

Por meio da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) O Brasil está  enriquecendo o urânio. Os aparelhos que produzem urânio enriquecido, são frutos da tecnologia nacional. O governo anunciou que, dentro de uma década, pretende começar a exportar o produto.

O urânio enriquecido no país será utilizado principalmente para gerar energia nas usinas nucleares de Angra 1 e 2, além de algumas outras aplicações previstas no programa nuclear, como a medicina nuclear  a irradiação de alimentos, economia do país, garantindo a eletricidade para abastecer os lares, as empresas e a indústria nacional. 

Depoimento do Professor e Físico Nuclear José Walter Bautista Vidal, 
indignado com a procedência de nossos governantes 
perante a atual e futura crise energética mundial
 
https://www.youtube.com/watch?v=q3_y4Jux60s
e a entrega do  território brasileiro para os estrangeiros.
Revista CREA-PR: O problema do Brasil são os políticos, então?
Bautista Vidal: As oligarquias ou a estrutura de poder externo é que nomeiam os políticos. Acho esse processo eleitoral uma palhaçada. Um drogado é eleito presidente do Brasil (Collor). Por quê? Por que foi apoiado pelo sistema internacional. A hora em que ele começou a botar a cabecinha de fora, derrubaram-no. É preciso dar uma estrutura ao país, é preciso ter uma consciência nacional. Veja a categoria dos engenheiros, imagine 850 mil profissionais conscientes, tomando posição, defendendo o Brasil, pressionando o Congresso. Mudaria tudo. Os militares estão chamuscados, revoltados. Se houver uma liderança séria, tipo Getúlio, como foi a revolução de 30... Foram vários líderes que surgiram, a população estava muito consciente...
Estou partindo,
mas não sou eu quem está indo,
vai apenas o meu corpo
e o corpo é muito pouco:
apenas carne e osso,
não pensa, não fala, não sente,
mesmo o corpo estando ausente
faz-se presente a pessoa.
Estou indo
mas não me vou total,
parte de mim não parte,
parte vai ficar aqui.
Contenta-te, portanto,
com a parte que fica;
a outra, por certo,
levará parte de ti.
Não te esqueças, porém:
toda a tua geografia
vai pro mapa da minha história.
Adeus!

O que todo brasileiro OBRIGATÓRIAMENTE deve saber:
caso o TouTube retirar o vídeo, também em:
Depoimento do Professor  Adriano Benayon:
Energias alternativas, regime submetido aos concentradores
A seguir, expor brevemente alguns conceitos sobre energia, notadamente energia renovável, valendo-me dos mais de 30 anos de interação com o Prof. Bautista Vidal e com outros expoentes da energia de biomassa, como Marcelo Guimarães, Manoel Bonfim Ribeiro e outros mais.

Ainda hoje mantenho contatos frequentes com Carlos Alberto Ferraz, continuador da obra desses mestres, especialmente de Marcelo Guimarães. Ferraz realiza não só importantes pesquisas em energia em geral, mas cultiva cana-de-açúcar em combinação com a produção de alimentos, tal como se deve fazer, bem como óleos vegetais. 

Bautista Vidal era terminantemente contrário à energia nuclear, salientando que só uma grama de plutônio, que vazasse dos containers de aço em que esse resíduo das usinas nucleares é depositado no mar, seria suficiente para exterminar a vida no planeta.  O desastre havido no Japão dá-lhe razão quanto aos grandes riscos dessa fonte.

Por outro lado, como já expus, em mais de um artigo, os combustíveis líquidos de origem fóssil podem ser substituídos com enormes vantagens  - mormente no Brasil, onde as condições climáticas, dotação de sol, água etc., são muito favoráveis - por álcool de cana-de-açúcar e principalmente por óleos vegetais, muito melhores, sob todos os aspectos, que o óleo diesel de petróleo.

Os motores de ciclo diesel devem ser produzidos para receber  óleos vegetais, o que não constitui problema algum. O que não se deve fazer é algo irracional como o biodiesel e como os motores flex, que aproveitam mal tanto a gasolina como o álcool.  Além disso, a biomassa pode ser importante supridor de energia em co-geração para a geração de eletricidade.

Como já mencionei n vezes, nada se faz no Brasil para cultivar os óleos de plantas de alta produtividade, nem para fomentar motores para seu uso, nem qualquer coisa que melhore nossos transportes, a desconcentração, a racionalidade, o ambiente, o emprego e a economia. Nem vias fluviais, com canais e eclusas, nem ferrovias decentes, nem metrôs nas cidades.

Tudo tem sido realizado, por todos os governos desde a queda de Vargas em 1954, para que as montadoras transnacionais de automóveis e os carteis anglo-americanos e associados da indústria do petróleo extraiam lucros cada vez mais absurdos e os transfiram ao exterior. Essa é a origem das brutais dívidas públicas, em cima das quais as taxas de juros se encarregam de levá-las à estratosfera, com a composição deles.

Para os lucros também das tradings do agronegócio, dos seus associados fabricantes de agrotóxicos, de  fertilizantes químicos  que estragam o solo, das sementes transgênicas que destroem a saúde dos consumidores de alimentos e a qualidade dos animais alimentados com a soja, o milho e outros cereais, cultivados em enormes plantations cada vez mais sob controle estrangeiro.

Como tenho mencionado nos artigos, apesar de nossa matriz predominantemente baseada na hidroeletricidade, fonte eficiente e barata – embora as usinas recentes sejam mal planejadas, por interferência do poder estrangeiro e de seus manipulados locais -  como MP, IBAMA, FUNAI, ONGs etc. – ela está custando absurdos aos brasileiros, faturada a preços de termelétricas, desde que o famigerado FHC começou a privatizar o setor, a criar as agências “reguladoras” e a estabelecer sistema de preços baseado supostamente no mercado, na realidade, em confusa e estupenda combinação de bandalheiras, para extorquir os consumidores com o beneplácito da agência “reguladora” correspondente.

Também subsidiam-se as fontes eólicas, dado que são pouco eficientes e que obrigam o país a usar tecnologia estrangeira, até para as obras de infra-estrutura correspondentes. Como sempre, pagando por ela e não absorvendo-a. Algo semelhante pode ser afirmado em relação aos painéis de captação de energia solar.

Reafirmo que será necessário instituir no País regime político muito diferente do atual, a começar pela escolha dos governantes por eleições que não sejam subordinadas ao dinheiro dos concentradores nem às TVs corruptíssimas, venais e entreguistas, tal como os demais braços das respectivas empresas jornalísticas, cujos proprietários estão entre os brasileiros de maior fortuna no exterior e no País, computada na casa das dezenas de bilhões de dólares. 

Nem falei na única urna eletrônica do mundo que, além de aberta a todas as fraudes, não permite a impressão do voto, para que pudesse haver, pelo menos, controle por amostragem.


Só poderemos ter planejamento decente e em função dos interesses da sociedade brasileira, se tivermos regime político que não se paute pela predominância do dinheiro dos concentradores, notadamente estrangeiros, para os quais criar bilhões e até trilhões de dólares só depende de um clic nos computadores dos respectivos bancos, clic esse que os habilita a comprarem o que quiserem no Brasil, tanto bens de produção, como patrimônios, como consciências. [4]


Depoimento da Professora Guilhermina Lavos Coimbra:
Com todo o respeito, as usinas japonesas que tiveram problemas, não podem servir de exemplo. Foram construídas em área de tsumani. Intrigante é como a Agência Internacional de Energia Atômic/AIEA/ONU - "tão zelosa" com as usinas brasileiras, tão cheia de exigências e etcs., etcs. - permitiu a construção delas. 

As usinas nucleares japonesa são super seguras.

Os acidentes de Three Miles Island (nenhuma vítima) e da Rússia - na área nuclear, entre os que estudaram e trabalham com ela, não existe mais nenhuma dúvida que foram verdadeiros teatros/marketing inicial da campanha da propaganda enganosa terrorista. 

Trata-se de uma baita propaganda enganosa prevista em todos os Códigos Comerciais ao redor do mundo e na OMC, também.

A finalidade é estancar a proliferação de concorrentes na área do enriquecimento do urânio, porque os Estados super industrializados e movidos a energia nuclear querem continuar levando o urânio bruto das fontes que jazem nos países produtores, até então conformados em serem meros países extratores.

O foco deles é o Brasil cujos técnicos já possuem a tecnologia do enriquecimento  do urânio genuinamente brasileira.

A Europa , os EUA, o Canadá têm o desenvolvimento deles movido pela energia nuclear. Urânio é matéria-prima preciosa e esgotável O depósito de Fort Knox nos EUA tem grande quantidade desta matéria-prima, são precavidos.  


O Brasil tem  pesquisado desde 1974 o tema e participado de todos os Congressos de Direito Internacional Nuclear, ao redor do mundo.

Existe a guerra  guerra comercial sim, com todo respeito aos desinformados entendimentos contrários. Os grandes distribuidores de urânio in natura (cartéis) que quando repassam, re-vendem para os países nuclearmente industrializados. Estão mais é comerciando o urânio in natura e ganhando as fábulas de divisas que deixam de ser canalizadas para os Estados extratores.

E para não perderem o mercado cativo até então, conseguiram até que fizessem e pressionassem os Estados extratores a assinarem e ratificarem (pasme, mas o Brasil ratificou) o TNP de Concorrentes no mercado internacional nuclear. Mas, aí, vem o Brasil  em 1988 e monopoliza o urânio. Para eles uma audácia.

E depois, vem os humildes e  magníficos técnicos brasileiros e passam a utilizar tecnologia genuinamente brasileira . Para eles um atrevimento, sobre o qual não puderam nem se queixar ao INPII, porque a técnica era genuinamente brasileira, mesmo[4]

COMENTÁRIO DE BRASILEIROS ATENTOS À NECESSÁRIA INDEPENDÊNCIA ENERGÉTICA DO BRASIL:

Melhor não  se compromissar e colocar logo para funcionar  o Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), expandindo a oferta de energia nuclear em 4 mil MW no período, com duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste - um projeto pensado desde o Vice-Governo de Marco Maciel (há 20 anos).
Uma vergonha, porque demonstra ignorância, na melhor das hipóteses - é saber que somente 8% da energia brasileira (Região Sudeste) é nuclear.
Vergonha, sim, porque demonstra a má versação do dinheiro público do Brasil - considerando que o Brasil tem urãnio, tório, lítio, nióbio, enfim minérios nucleares e tecnologia genuinamente brasileira.

Vai ver ainda estão tentando não desagradar os lobistas e os seus mandantes, ou seja, aqueles que - sem encontrar respaldo em nenhuma disposição de Direito - querem por que querem imobilizar o desenvolvimento do Brasil.
A impressão que dão é que estão leiloando os interesses do Brasil na área da energia nuclear à revelia do conhecimento dos brasileiros - os contribuintes de todos os investimentos.
E parem de repetir esta propaganda enganosa terrorista: no Japão, em Fukushima ocorreu um acidente geográfico, NÃO FOI UM ACIDENTE NUCLEAR.
Os brasileiros estão elegendo no Brasil  para serem governados de acordo com os interesses do Brasil.
Os eleitores brasileiros não têm o menor interesse em saber sobre dívidas de campanhas,  acordos, compromissos, assumidos pelos candidatos com aqueles que, fora do Brasil, insistem em mandar dentro do Brasil.

Os negócios públicos são negócios  de Estado: não são negócios privados, cercados de segredinhos.
Fazer saber firmemente que com as fontes de energia não há como tergirversar: devem ser utilizadas necessária e obrigatoriamente - primeiro, em benefício do Brasil.

Exportar somente o excedente com o valor da tecnologia brasileira agregada e após garantidas as reservas para uso desta e das futuras geração de residentes no Brasil.
É lição elementar de conhecimento popular.
No mundo desenvolvido inteiro é assim que a coisa funciona.
Por que não, no Brasil?
Lembrem-se do Canadá e da Austrália: doeu, mas, passou. E passou porque australianos e canadenses nem tentaram tergirversar com o interesse púlico relativamente às fontes de energia: fizeram-se respeitar!
Sem respeito, não tem como prosseguir com nenhum  Plano Nacional de Energia 2030, tenha sido elaborado por quem quer que seja.
O Brasil é parceiro inigualável. Oferecer firmemente as opções.
Com tantas empresas de energia estabelecidas no Brasil, a impressão que dão é a de que ainda estão em cima do muro, aguardando quem oferece mais de modo a paralisar, através da carência de energia, o desenvolvimento do Brasil.
Este sim é que será o escândalo, maior  do que cem mil mensalões!
Depoimento do Professor Thomas Renatus Fendel:
A hidroeletricidade está longe de ser esgotada, existe um potencial enorme, muito maior do que o aproveitado, na microgeração, como ensina a ENEREDE. O papo  de energia renovável por si só é religioso... afinal até os fabulosos fósseis são renováveis... embora necessitem de alguns milhõesinhos de anos... isso se a teoria biótica for válida...

Não fiz as contas ainda, mas, não acredito que um grama de plutônio erradique a vida na terra. Não existe energia "suja"... isso é mera religião... CO2 é o gás da vida... e quando vc queima fósseis vc produz água também... O que precisa ser feito é queimar adequadamente os combustíveis (quaisquer que sejam) e fazer o devido tratamento das emissões, excluindo o tratamento, ou recuperação, ou reinjeção do maravilhoso CO2, o elemento essencial (comida) de todos os vegetais, e quanto mais tem CO2 no ar, mais os vegetais crescem... aliás... no ar tem apenas ridículo 0,04% de CO2.


De tanto ouvir e ler a respeito, também já fui na onda abobalhante aquecementista, embora há décadas denuncio a quantidade ridiculamente pequena de CO2 no ar, bem como a discrepância de dimensões entre as ondas infra-vermelhas e as distâncias atômicas das moléculas de CO2. Aliás, até o efeito estufa das estufas agrícolas não é devido ao dito efeito estufa, mas sim devido à retenção do ar quente.

Depoimento da cidadã brasileira Marilda Oliveira:
Não podemos esquecer a decisão do ex-presidente José Sarney, em 1986, de lacrar um buraco na Serra do Cachimbo, no Pará, construído para testes nucleares(14). O entreguista Fernando Collor, logo que assumiu o governo, foi com José Goldenberg(13), seu assessor de Ciência e Tecnologia, até a área militar de Cachimbo onde, em frente às câmeras de TV em total submissão a oligarquia internacional, mandou cimentar os poços com 600 metros de profundidade, que serviriam de local de teste para os primeiros artefatos nucleares brasileiros(12), e por "pressão" do governo norte-americano, Fernando Collor rejeita excelente oferta russa de transferência total de tecnologia espacial para o Brasil, através da nossa Elebra, e fecha negócio com a Orbiter americana, desviando assim US$ 18 milhões do programa para o desenvolvimento do VLS, até que bombardearam a Base de Alcântara no Maranhão assassinando 28 dos nossos maiores cientistas. Nem por isso que os cientistas brasileiros interromperam o avanço tecnológico em novas pesquisas e hoje operante.[2] 

Hoje, os técnicos brasileiros já possuem a tecnologia do enriquecimento  do urânio genuinamente brasileira, como fonte de energia contínua e sustentável.

Se a Presidente Dilma Rousseff, não DENUNCIAR, RETIFICAR, dizer NÃO, a Convenção OIT n⁰ 169 junto a ONU até o dia 24 de julho de 2014,  será o maior crime já visto na história do Brasil. Entrega das Reservas estratégicas do Brasil: !!!!!! E A DILMA NÃO RETIFICOU!!!!!. Decretado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, Aprovado pelo Congresso Nacional (no cair da noite para o povo não protestar), e Promulgado pelo Presidente Lula da Silva, 190 milhões de brasileiros poderão ser despejados do Brasil, e poderão perder sua nacionalidade.
http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2014/05/o-brasil-corre-o-risco-de-perder-metade.html

Energia nuclear no Brasil, Técnicos brasileiros, Tecnologia brasileira.

Piscina com combustível nuclear em Angra 2 (Foto: Divulgação/Eletronuclear)

As piscinas que resfriam o combustível só suportam mais material até 2021. Cronograma para a construção de depósitos não deve ser cumprido.  Governo precisa encontrar um local para depositar lixo radioativo  
Fonte energética pouco expressiva no país, tendo em vista que o potencial hidrelétrico brasileiro ainda não foi totalmente aproveitado. O Brasil busca, porém, dominar a tecnologia da geração de energia nuclear, considerando a sua importância para a segurança nacional e para o futuro do país, como fonte útil para o meio de transporte no espaço e nos mares, como é o caso do submarino nuclear em construção pela Marinha brasileira.

Apesar de o desenvolvimento da física nuclear no Brasil ter começado em 1938, no Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (o departamento iniciou seus estudos sobre fissão nuclear quase na mesma época em que pesquisas semelhantes ocorriam no exterior), o interesse pelas aplicações desse tipo de energia só surgiu depois do fim da II Guerra Mundial. Materializou-se a partir dos anos 50, quando o almirante Álvaro Alberto, envolvendo a comunidade científica, alertou o governo da sua importância para a segurança do país.
Dois foram os principais debates que surgiram na ocasião em relação à energia nuclear. Em primeiro lugar, discutiu-se a exportação indiscriminada, pelo Brasil, de suas reservas de minérios de importância nuclear, como o urânio e tório. A segunda questão polêmica foi a fracassada tentativa de compra, pelo Brasil, de ultracentrífugas de origem alemã, equipamentos destinados ao enriquecimento de urânio. Impedido de adquiri-las, porque às nações detentoras da tecnologia de produção do urânio enriquecido não interessava repassá-la a países em vias de desenvolvimento, o Brasil, país rico em minérios atômicos, decidiu lançar-se numa linha autônoma de pesquisas, que permitisse o uso do urânio natural. Para isso foi criado em 1951 o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), atualmente rebatizado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e, em 1956, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
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Enquanto ao CNPq caberia financiar  pesquisas e a  formação de pesquisadores, à CNEN foi dada a tarefa de desenvolver a utilização da energia nuclear em todas as formas de aplicação pacífica, com crescente autonomia tecnológica; garantir a segurança das usinas nucleares, das instalações do ciclo de combustível e das demais instalações nucleares e radioativas. Foram vinculados à CNEN os seguintes institutos de pesquisa e desenvolvimento nuclear: Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo ; o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte ; o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) e o Instituto de Energia Nuclear (IEN), os dois últimos no Rio de Janeiro. 

No final dos anos 60, a situação brasileira em relação à tecnologia nuclear continuava, contudo, a ser de dependência em relação ao exterior. A linha de pesquisas de aproveitamento do urânio natural pouco havia avançado. Em 1969, o governo brasileiro decidiu construir uma usina nuclear na praia de Itaorna, no município fluminense de Angra dos Reis. Adquiriu um reator de urânio enriquecido nos Estados Unidos. Esta decisão foi muito criticada pelos físicos brasileiros, principalmente porque a compra se deu em regime de turn-key, o que significava um pacote fechado de equipamentos, que não permitia o acesso à tecnologia.
                                                   https://www.youtube.com/watch?v=dpYM-2BdnYo                                                      
A construção da usina, mais tarde batizada de Angra I, começou em outubro de 1972 sob suspeitas de instabilidade geológica e sísmica do local es.colhido. O nome da praia, Itaorna, em língua tupi significa "pedra podre". Simulações de acidentes revelaram a fragilidade do projeto e a impossibilidade de evacuação dos moradores da região no caso de uma emergência. Prevista para entrar em operação comercial em 1979, sofreu grande atraso, só sendo inaugurada em 1983. Ainda na década de 70, o governo do presidente Ernesto Geisel assinou um amplo acordo de transferência de tecnologia nuclear com a então República Federal da Alemanha. Assinado em 1974, incluía, além da aquisição de usinas nucleares, a possibilidade de transferência das diversas tecnologias do ciclo do combustível nuclear, tais como o enriquecimento e o reprocessamento de urânio. Na realidade, o processo de enriquecimento a ser transferido, batizado de jato centrífugo, encontrava-se ainda em estudos nos laboratórios alemães, portanto sua aplicação era muito duvidosa. Pelo acordo, seriam instalados mais oito reatores no país: dois em Angra dos Reis, ao lado de Angra 1, e outros seis no litoral sul do Estado de São Paulo. Reagindo rapidamente, a população paulista impediu a construção de "suas" usinas através da criação de uma estação ecológica exatamente no local onde seria implantada a central nuclear.

Assim, das oito usinas previstas, o governo federal decidiu erguer mais duas usinas em Angra dos Reis. Batizou o complexo de Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. As duas outras unidades  Angra II e Angra III  previstas no projeto somam uma capacidade total de 2.600 MW. Com reatores também de água leve pressurizada, foram adquiridas em indústrias alemãs. Apenas Angra 2 foi concluída. Sua construção foi marcada por problemas técnicos e constantes atrasos no cronograma. Começou a operar somente em 2000, após quase vinte anos de construção, a um custo de cerca de US$ 10 bilhões.

Ao longo dos anos 80, o ambicioso programa de cooperação nuclear com a Alemanha desenhado na década anterior foi sendo gradativamente reduzido. Nesse período, o Brasil conseguiu dominar a tecnologia de algumas etapas da fabricação do combustível nuclear que periodicamente abastece a usina de Angra I.
Em setembro de 1987, porém, o governo do presidente José Sarney anunciou o domínio da tecnologia de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, admitindo que pesquisas alternativas e autônomas vinham ocorrendo em segredo, no IPEN, em São Paulo. De fato, um dos mais avançados resultados no campo da energia nuclear vem sendo obtido pela Marinha, que objetiva a construção de um submarino de propulsão nuclear, assim como uma tecnologia brasileira de construção de reatores nucleares.

Segundo números oficiais, já foram gastos com Angra 3 US$ 750 milhões entre a compra e a estocagem dos equipamentos. O projeto de Angra 3 foi paralisado em 1992 por motivos econômicos pois para entrar em operação, necessitaria de mais US$ 1,5 bilhão.
Em setembro de 2002, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a Eletronuclear, empresa estatal que pleiteia a construção de Angra 3, a iniciar o licenciamento ambiental, o debate sobre a armazenagem dos rejeitos radioativos e o equacionamento econômico-financeiro da proposta. A decisão final sobre Angra 3 será tomada na próxima reunião do CNPE.

Lava Jato: a investigação chega à Eletronuclear


E MAIS:
[1]- Mudança e Divergência: Bautista Vidal, incansável defensor dos interesses nacionais
[1]-  Mudança e Divergência: Professor José Walter Bautista Vidal veio a falecer, grande perda para o Brasil
[2]-  Mudança e Divergência: Lula, FHC, FMI, Fraude à Constituição, Forças Armadas
[3] - http://www.eletronuclear.gov.br/aempresa/centralnuclear/angra3.aspx
[4] - http://www.maoslimpasbrasil.com.br/adriano-benayon/abrindo-a-caixa-preta-do-niobio

Um comentário:

  1. Valor Econômico
    27 de maio de 2014
    Seção: Suplemento - Infraestrutura
    Autor: Por Domingos Zaparolli | Para o Valor, de São Paulo
    Título:
    Especialistas defendem uso da alternativa nuclear.
    O Brasil conta com duas usinas nucleares em operação, Angra 1, de 657 megawatts (MW), e Angra 2, de 1350 MW. Juntas responderam por 2,7% da geração elétrica em 2013. Uma nova usina, Angra 3 de 1400 MW, está em construção, com início de produção programada para maio de 2018. O Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estabelece que o Brasil deverá expandir a oferta de energia nuclear em 4 mil MW no período, com duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste.
    Mas não há nenhuma decisão do governo federal sobre esses investimentos.
    Para Otávio Mielnik, pesquisador de energia da FGV Projetos, o Brasil deve acelerar uma decisão sobre esses investimentos e assim reduzir os riscos de comprometimento da segurança energética brasileira, hoje dependente em

    A energia no Brasil depende 80% da geração de hidroelétricas. "Nenhum país do mundo é tão dependente de uma única fonte renovável, quanto o Brasil", diz.
    Leonan dos Santos Guimarães, diretor de planejamento e gestão da Eletronuclear, diz que são dois os fatores que demonstram a necessidade de o país buscar, o quanto antes, o desenvolvimento de fontes alternativas de
    geração.
    A primeira é o risco climático, como os baixos índices de chuvas em 2014 demonstram. O segundo é o esgotamento da capacidade de expansão da geração de energia hidroelétrica, prevista pela EPE para ocorrer entre 2020 e 2030.
    Para Guimarães, o Brasil deverá desenvolver um mix de fontes de geração energética, onde devem ser considerados o gás natural, dependendo dos custos do pré-sal, o carvão, energias renováveis, como biomassa, eólica e fotovoltaica, energia nuclear.
    .....
    Os investimentos em expansão nuclear, no Brasil e no mundo, foram reduzidos após o acidente na usina de Fukushima, após o terremoto seguido de tsunami que abalou o Japão em 2011. Mas, segundo Muller, a expansão já está sendo retomada em vários países, como Coreia do Sul, França, Inglaterra e Estados Unidos, que projetam oito novas usinas, sendo que quatro já estão em construção.

    A FGV Projetos traçou cenários para a evolução da oferta de energia no Brasil até 2040. Em um cenário mais conservador, onde o governo mantém o controle das ações, a dependência da hidroeletricidade continuará alta, sendo responsável por 57% da geração brasileira. Entre as principais fontes de energia, o gás natural terá 17%, a nuclear 8%, assim como a biomassa, enquanto a eólica produzirá 9% da demanda nacional.

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