quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Colonização pode ser principal arma contra cobiça na Amazônia

Como não é possível resistir militarmente à cobiça internacional, a colonização seria a melhor maneira de proteger as regiões da Amazônia que são ricas em recursos naturais. A opinião é do coronel Gelio Fregapani, que defendeu, em palestra intitulada “A divisão do povo brasileiro em etnias hostis”, a ocupação das serras localizadas nas fronteiras com a Venezuela e Guianas, ricas em minério, ouro, diamantes e outros minerais.
“Os estrangeiros não querem tomar a Amazônia, que é muito grande, mas sim as serras entre Brasil e Venezuela. Mas não temos como defendê-las, pois não há como levar nenhum batalhão e o inimigo tem supremacia aérea. Além disso, os índios ficarão do lado deles”.
De acordo com o palestrante, falta apenas um passo para que nem juridicamente seja possível evitar uma secessão no território nacional, que resultaria no surgimento de uma nação yanomami independente, com aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU): a homologação, pelo Congresso Nacional, da convenção sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
Para evitar uma possível secessão em terras brasileiras e diante da impossibilidade de qualquer resistência militar, as colônias de povoamento auto-suficientes defendidas por Fregapani teriam diversos protagonistas, totalizando dois milhões de pessoas, com destaque para garimpeiros, militares e camponeses, inclusive integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Os bandeirantes eram garimpeiros”, lembrou o palestrante.
Para o coronel, os índios e boa parte dos movimentos ambientalistas estão sendo usados por interesses estrangeiros e a demarcação de algumas reservas indígenas, como Raposa-Serra do Sol, em Roraima, foi submetida a tais interesses. “O jogo é bruto e envolve assassinatos, massacres a expedições, quedas misteriosas de aviões”, disse, acrescentando que a reserva de estanho de Pitanga foi vendida para a Vale, que em seguida, declarou que a usina estava esgotada. “Creio que ainda haja reservas de estanho para mais 300 anos”, contabilizou.
Entre as alternativas propostas por Fregapani, estão o fim das Organizações não Governamentais (ONGs), “como foi feito na Rússia”; a revisão das “gigantescas” reservas indígenas, afastando-as das fronteiras; além das já citadas exploração das jazidas e a ocupação das fronteiras.

Etnias hostis


O coronel alertou a platéia do seminário “A problemática indígena: grave ameaça à soberania brasileira”, realizado no Rio nos dias 18 e 19 de setembro, para o perigo da divisão do povo brasileiro em etnias hostis e chamou a atenção para uma guerra psicológica que estaria sendo promovida, sobretudo, por ingleses e norte-americanos. “A manobra anglo-americana tem como objetivo convencer os indivíduos a valorizarem mais as expectativas de grupos de interesses do que aquelas alinhadas com os objetivos nacionais”, afirmou.
No caso brasileiro, ele vê as divisões étnicas e “a nova moda das duplas nacionalidades” como forte ameaça, já que, em geral, acabam por criar quistos e guetos, na visão de Fregapani. “No Japão, até descendentes de japoneses são chamados de estrangeiros. Os muçulmanos estão vindo para o Brasil e poderão causar problemas no futuro. Já os judeus são mais culturais do que étnicos. Amam o Brasil, mas também a seu grupo étnico-cultural”, ponderou.

Miscigenação: a grande vantagem


Neste sentido, o coronel vê a miscigenação como uma grande vantagem. Lembrando que há etnias diferentes entre índios e entre os negros (bantos e sudaneses) ele registrou que os movimentos negros no Brasil teriam forte influência norte-americana e os quilombos, por sua vez, inspiração comunista, “com risco de preconceitos e hostilidades.”
Com relação aos índios, ele considera que atualmente, além da atuação de britânicos, norte-americanos, ONGS, são prejudiciais ao interesse nacional a influência do “Clube de Bilderberg”.
O grupo foi criado em 1954 e reúne anualmente políticos, empresários, banqueiros e personalidades tão poderosas que formariam, segundo o coronel, a uma espécie de governo mundial, chefiado pelo setor financeiro, que já controlaria o minério da Serra da Raposa.  “Os americanos são mais vítimas do que nós do Clube de Bilderberg”, comentou.

Adesão esquerdista


Nesse contexto, o palestrante identifica uma “adesão esquerdista” ao ambientalismo e ao indigenismo como um risco adicional à soberania do Brasil sobre seus cobiçados recursos naturais. “Existe associação entre o governo mundial e socialistas. Sem a bandeira comunista para se opor ao capitalismo, restou à esquerda unir-se ao ambientalismo e ao indigenismo, formando um movimento contrário a qualquer projeto desenvolvimentista”, afirmou.
Na Calha Norte (região localizada ao norte da calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas) o coronel acusa as reservas indígenas de estarem localizadas sobre as principais jazidas minerais e reservas hídricas da Amazônia. São estas que se localizam na fronteira com Venezuela e Guianas.
Já na Calha Sul do Rio Amazonas estariam áreas estratégicas, que além de recursos naturais seriam potenciais corredores de exportação. “Com forte interferência, multinacionais avançam continuamente sobre as áreas produtivas e em direção à fronteira”, denuncia.
Em vista disso, ele vê perigo de violência em diversos estados da Federação, principalmente Mato Grosso do Sul. “Entre as hipóteses de crise estão a insurreição em áreas indígenas com ajuda de mercenários ou uma guerra de independência com apoio dos EUA e da Otan”, sublinha, acrescentando que após a possível demarcação das terras yanomamis “juridicamente, nada impedirá a criação de uma nação independente”.


BOX

Manobra anglo-americana


Fregapani identificou cada passo do que classificou “manobra anglo-americana” para o desmembramento dos territórios brasileiro e venezuelano, que poderia culminar com a independência da uma nação yanomami, inclusive com referendo da ONU.

- Identificação das jazidas - já feito;

- Aproveitar ou juntar índios sobre elas – já feito;

- Providenciar laudos antropológicos falsos – já feito;

- Financiar as demarcações e homologações – já feito;


- Emendar a Constituição sobre convenções, e assinar a convenção sobre os Direitos dos Povos Indígenas (autonomia)- já feito, restando apenas a homologação da convenção pelo Congresso Nacional.

Coronel Gelio Fregapani, entrevista ao Monitor Mercantil 

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