domingo, 24 de março de 2013

Ocupar militarmente o nosso solo encobrindo a dominação norte-americana


Jornal Imprensa Popular de 02/03/1951 pag. 03  por Pedro Motta Lima
A campanha  dirigida pela imprensa ianque contra o Clube Militar poe em foco uma das questões mais importantes, para a vida da nossa pátria: o controle cada vez maior dos generais ianques sobre nossas forças armadas, que estão sendo transformadas em simples unidades de um exército  continental comandado pelos americanos, quando o supremo comando das nossas forças armadas é exercído por um gringo, um general estrangeiro, o nazi-ianque Mullins Junior, os espiões ianques continuam agindo, espionando, fiscalizando, dando ordens em todas as nossas repartições militares

HOJE,  ano de 2013 tudo se repete,os militares dignos persistem... porém, temos hoje uma imprensa omissa, conivente, não publica os fatos com clareza, a situação do Exército Brasileiro é delicada, comprometida devido os acordos firmados em Washington pelos entreguistas da Pátria comprovando as advertências publicadas desde meados dos anos 50, que   enquanto os antifascistas brasileiros, inclusive os comunistas apoiavam a colaboração militar do Brasil com os Estados Unidos para a luta comum contra o nazi-fascismo, não viam, ao mesmo tempo, que, à sombra dessa luta comum, o imperialismo ianque não perdia tempo nem media esforço para atingir os seus próprios objetivos. Mas, idealizando a política dos monopólios ianques, víamos o aliado e esquecíamos que este tratava de liquidar os concorrentes no Brasil através da lista negra, da conquista de novas posições por meio dos acordos de Washington, de penetrar no aparelho estatal, de infiltrar-se nas forças armadas e de ganhar ideologicamente os chefes militares brasileiros, e, inclusive, de ocupar militarmente o nosso solo, "em nome da luta comum contra o nazismo" Com isso, ficaram os próprios generais comandante de Regiões reduzidos a meros aplicadores dos figurinos impostos por um estado-maior estrangeiro. A liberdade dos aviadores ianques para fazer levantamentos aerofotogramétricos e espionar o que bem entendem no Brasil é atestada pelo Boletim Geográfico editado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que é uma entidade oficial. Em seu número de maio de 1949, diz o referido Boletim:
"Foram utilizadas pelo Conselho, como material de grande utilidade na elaboração de trabalhos cartográficos, fotografias aéreas concernentes a aproximadamente um terço do território nacional obtidas pelo método "trimetrogron", cuja guarda está confiada ao Conselho por oferta da American Air Force".
Aí está, com todas as letras, o reconhecimento oficial de que é lícito à American Air Force fotografar um terço do território nacional.
Estratégia usadas pelos ianque para o controle do nosso solo
Deslocar para o sul unidades do Exército tradicionalmente sediadas no nordeste. Cerca de nove décimos dos efetivos do Exército se concentrando  no centro e no sul, onde se localiza a população mais densa, inclusive pouco mais de oito décimos de todo o proletariado brasileiro. A manobra visava dois objetivos bem compreensíveis: o norte e nordeste são abandonados à ocupação por soldados ianques, que encontrarão quartéis vazios e não terão atritos com soldados brasileiros (atritos que foram freqüentes durante o último conflito, produzindo mesmo vários choques sangrentos); os soldados brasileiros, por sua vez, poderão ser lançados contra os movimentos grevistas, populares e revolucionários dos grandes centros operários, sobretudo o Distrito Federal e São Paulo, a fim de manter a "ordem", a "estabilidade" indispensável à exploração colonial do país e à sua preparação para a guerra. Para os ianques é sumamente vantajoso que a repressão dos protestos da população seja feita, na medida do possível, por tropas oriundas do próprio país ocupado, que assim encobrem a dominação estrangeira.
A ocupação pelos ianques de Pernambuco se relaciona a  cassação, em estilo policial, dos mandatos de todos os vereadores comunistas naquele Estado, a começar pela bancada majoritária da Câmara de sua capital. Encobrindo assim, essa infamante ocupação estrangeira

A farsa da Lei de Anistia,é uma das mais importantes tarefas das nossas gerações. Dizer em alto e bom som que Não perdoamos nem perdoaremos, não anistiamos nem anistiaremos!  com FIP, CIGS, Fort Gullick, Westmorelands, etc.,etc., serve apenas para dar cobertura à entrega de nossas riquezas, à dilapidação de nosso patrimônio material (para não falar do cultural), à desnacionalização do País. O general Westmoreland, o general Porter, o general Bruce Palmer são, na verdade, meros empregados de outros generais, a General Electric, a General Motors, cuja força é, realmente, imensa e em confronto com a qual a de seus funcionários fardados é brinquedo infantil?.É a desnacionalização de tudo o que autenticamente nosso povo conquistou e construiu. 

O golpe militar de 1964 no Brasil, o governo de Washington, habilmente, mandou o empreendedor e loquaz general Vernon Walters para o Rio de Janeiro, como adido militar, dois anos antes do golpe (...). À medida que o flutuante presidente João Goulart inclinou-se cada vez mais para a esquerda, Walters tornou-se confidente dos conspiradores militares contra Goulart e, finalmente, encorajou o general Humberto de Alencar Castelo Branco, que fora seu companheiro na Itália, a tomar o Poder. Uma semana antes do Golpe, Walters radiografou todos os detalhes da conspiração para Washington e, um dia depois da posse de Castelo Branco na presidência da República, almoçou com ele a sós no palácio presidencial. Desde então, Walters tornou-se um dos mais entusiásticos e influentes propugnadores do novo governo brasileiro?. Ao que acrescenta Sodré: ?A força naval de apoio ao golpe de abril de 1964 ?na celebrada operação Brother Sam- ficou à disposição da embaixada norte-americana aqui, até a vitória plena do golpe?.

As primeiras medidas adotadas pelo regime instaurado em abril de 1964 foi a revogação da Lei aprovada pelo Congresso Nacional em 1962 que limitava (não proibia, portanto, como chegam ao absurdo de afirmar alguns ?historiadores?) a remessa da taxa de lucros de empresas transnacionais aqui instaladas para as suas matrizes., era apenas uma atenuante da verdadeira sangria e pilhagem empreendidas pelos monopólios sobretudo ianques realizados no país. Esses monopólios, claro, na sua sede de lucro máximo, a encaravam como inaceitável. 

Em sua edição de 26 de setembro de 1964 a revista Hanson?s Letter, em meio à análise da situação do comércio Brasil-Estados Unidos, afirma que a aprovação de uma nova Lei de Remessa de Lucros, a compra da American Foreign Power Co., a abertura dos caminhos à Hanna Corporation e a aprovação de um tratado de garantias aos investimentos estrangeiros ?dão o sentido da instalação do novo regime no Brasil, para a embaixada Americana no Rio?. Na continuação da matéria a revista afirmava também que a embaixada dos Estados Unidos no Rio ?pressionou para que os dois primeiros itens fossem aprovados pelo Congresso e guarda a Hanna para ocasião propícia...E, quanto ao tratado de garantias de investimentos, já deu instruções ao Presidente Castelo Branco para que o faça aprovar de qualquer maneira?.
Sabe-se que a formulação da chamada ?Doutrina de Segurança Nacional?, da qual o Serviço Nacional de Informações (SNI) foi um dos subprodutos, foi realizada pela Escola Superior de Guerra e que esta Escola forneceu, igualmente, os mais importantes quadros do regime militar. A ESG, criada em 1949 no contexto de esforço mundial ianque de tentar deter o avanço da revolução proletária mundial e justificar a sua elevação à gendarme do mundo, foi inspirada diretamente no National War College norte-americano. Não apenas o ?intercâmbio? entre os oficiais brasileiros e ianques eram constantes como, não é difícil constatar, todo o discurso ideológico proferido pela ESG é uma pura e simples cópia dos manuais anticomunistas distribuídos aos milhões no USA pelo complexo militar-industrial que governa aquele país.

O descaramento era tamanho que tornou-se rotina a viagem anual, em fim de curso, das turmas da Escola Superior de Guerra aos Estados Unidos. No jornal Correio da Manhã, por exemplo, podemos encontrar a seguinte notícia a 15 de agosto de 1967:

ESG manda estagiários para EUA ?. Atendendo a convite do Departamento de Defesa dos EUA, seguirá amanhã, em visita a organizações industriais e militares daquele país, uma turma de 65 integrantes da ESG, abrangendo 59 estagiários do Curso Superior de Guerra e 7 elementos do Corpo Permanente. A turma, que viajará sob direção do próprio comandante da Escola, general Augusto Fragoso, compreende 31 civis e 34 militares?. 

Uma vez que ninguém em sã consciência pode negar a profunda ? e oficial-relação da ESG, e de toda sua política chamada ? Doutrina de Segurança Nacional? com as Forças Armadas do imperialismo ianque, numa relação de filial e matriz. 

A tal ?defesa da democracia? contra a ?ameaça comunista?, doutrina oficial dos altos círculos ianques durante o período por eles denominado ?Guerra Fria? era, por um lado, verdadeira na medida em que cada vez se tornava mais evidente o perigo da revolução e, por outro lado, mentirosa na medida em que o Estado Militarista que o complexo militar-industrial forjou no USA nada tinha de democrático. E, claro, como toda espécie de fascismo, estava a serviço dos mais vorazes interesses dos grupos monopolistas ianques.

Tudo isso tinha um objetivo muito claro: os grandes monopólios ianques, que muito haviam ganho com a economia de guerra, não queriam e não podiam (assim como não querem e não podem) desfazer tal estado de coisas. Segundo o autor, no início da década de 60 entre um terço e um quarto de toda atividade econômica ianque girava em torno de despesas militares, percentagem prevista para saltar, em pouco tempo, à casa dos 50%. E é claro que tanto a propaganda sobre a ?ameaça comunista? quanto as armas para governos ?amigos? combaterem tal ameaça seriam igualmente fontes muito lucrativas...para a parte industrial do complexo. Não é à toa que no ano de 1965, do total de 70 milhões de dólares previstos como ?ajuda? à América Latina (através do programa Aliança para o Progresso), 52% seriam destinados à ?segurança interna?. Em treze anos os Estados Unidos repassaram (com o devido pagamento dos juros, claro) cerca de 750 milhões de dólares em armamentos aos países latino-americanos. E, a respeito desses Programas de Assistência Militar, disse à época o general Robert J.Wood:

?O Programa de Assistência Militar, desde a sua concepção, tem sido, predominantemente, no interesse próprio do nosso país...é um programa que financia compras da indústria americana e que traz ao nosso país cerca de 10 a 15 mil estudantes militares estrangeiros, anualmente, expondo tais estudantes não apenas ao conhecimento militar americano como, também, à maneira de viver americana?. (12) (Grifo Nosso)

E, diga-se de passagem, não apenas soldados e oficiais inferiores das Forças Armadas ?Brasileiras? passaram por tal processo de aprender a ?maneira de viver americana? senão muitos dos principais quadros do regime o fizeram. Dentre eles o próprio general Golbery do Couto e Silva, ex-aluno da Ranger School, em Fort Bennett. Calcula-se, aliás, que, apenas entre 1949 e o princípio dos anos 60 cerca de 17 mil suboficiais e oficiais de exércitos fantoches latino-americanos tenham cursado a famigerada ?Escola das Américas? (Escola de Assassinos), situada em Fort Gullick, na zona do Canal do Panamá. Tal escola, que fez época na formação de assassinos e torturadores, certamente muitos dos quais cacarejam atualmente acerca de ?segurança nacional?, dizia em seu folheto de apresentação, firmado pelo Coronel Vincent Elmore Jr, que ?a missão da Escola para as Américas, do Exército dos Estados Unidos, é a de apoiar o Comando Meridional, do Exército dos Estados Unidos, nas Américas Sul e Central?. Ao que o jornal Correio da Manhã, repercutindo tal pronunciado, concluía em 2 de março de 1966:

?Se a missão da Escola é ?apoiar o Comando Meridional do Exército dos Estados Unidos?, está claro que os instrutores (e muitos são brasileiros, nos últimos anos) e alunos (entre os quais numerosos brasileiros) estão, simplesmente, cumprindo essa missão, isto é, apoiando o Comando Meridional do Exército dos Estados Unidos. Não há como fugir. E é gente deste procedimento, ostensivo é claro, que pretende acusar outros brasileiros de estarem a serviço de uma ?potência estrangeira?...(13)

Para quem pensa, aliás, que isso é coisa do passado, dizemos que não apenas a Escola das Américas continua funcionando, batizada agora com o nome de Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança (situado na fronteira dos Estados norte-americanos da Geórgia e do Alabama) como as forças de repressão do Estado brasileiro enviam até os dias de hoje soldados e oficiais para treinamento nessa escola de terrorismo. Em matéria publicada em

22/03/2008 a revista Isto É dizia:

?Um levantamento feito por ISTOÉ revela que pelo menos 12 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, dois bombeiros do Rio de Janeiro e um do Espírito Santo foram mandados nos últimos quatro anos para o Whinsec (sigla em inglês do instituto). Entre eles há um general, Augusto Heleno Pereira, atual comandante militar da Amazônia, que foi palestrante em 2006, e vários coronéis, como Antonio Monteiro, que foi instrutor em 2003 e hoje é responsável pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva. Na gestão de Fernando Henrique Cardoso, que também lutou contra a ditadura e foi exilado político, ao menos três oficiais foram enviados à instituição.

Além dos convidados, o Brasil mantém no Whinsec um corpo permanente de instrutores, a Oficina Duque de Caxias, onde atuam um coronel e dois sargentos do Exército e um sargento da Marinha. Os representantes do Brasil no instituto seguem a doutrina militar americana, fazem parte da preparação para o combate ao narcotráfico (principalmente voltado para a situação na Colômbia), ação antiterror e guerra no Iraque. Militantes que defendem os direitos humanos ficaram surpresos. ?É absurdo que o Brasil continue enviando militares para uma escola com esse histórico?, reclama Cecília Coimbra, do grupo Tortura Nunca Mais. ?O governo deve esclarecer por que usa nossos impostos para treinar homens num centro formador de torturadores e assassinos.?(Grifo nosso).


Pois bem, eis aí um duro golpe para quem acredita na ?democracia brasileira?...Aliás, não pode passar despercebido o fato de o general Augusto Heleno, ex-comandante militar da Amazônia e uma das mais queridas figuras da extrema-direita das Forças Armadas ter desfilado por um órgão que tem como missão apoiar o Comando Meridional do Exército dos Estados Unidos! E, segundo a própria reportagem da Isto É cita, por lá também passou o responsável pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva, coronel Antônio Monteiro. Este Centro, criado para ser um corpo de excelência em operações de contra-guerrilha, tem mesmo antiga relação com a Escola das Américas e o Exército ianque. No boletim militar ?A Defesa Nacional?, de março-abril de 1967, um oficial brasileiro escreveu a respeito do CIGS:


?As peculiaridades da luta na selva, aliadas à possibilidade de termos, no Brasil ou alhures, de enfrentar situações de guerra em ambiente semelhante, de há muito vinham preocupando nossas autoridades militares que desejavam possuir, em nosso Exército, especialistas nesse tipo de operações. O número de oficiais e sargentos que fizeram o curso no Panamá e os esforços feitos, em certas GU e Unidades, para formar elementos com noções básicas dessa especialidade estão aí para demonstrar o que afirmamos acima?.

E acrescenta:

?A instrução no Centro obedece a um programa calcado nos últimos ensinamentos desse tipo de guerra [irregular], pois a maioria do corpo de instrutores e monitores é constituída de oficiais e sargentos já especializados na Escola existente no Panamá e, além disso, a correspondência mantida com essa Escola e a da Malásia permitem manter atualizados os currículos?. (14) (Grifos Nossos).

Por aí se vê que os tempos não mudaram tanto assim...A propósito, há alguma chance de pensar que os milicos foram ?enganados? ou que foram convencidos de fato que a relação mantida com o governo e as forças de repressão dos USA se baseavam em uma ?comunidade de interesses? (para usar o jargão tão ao gosto de toda a canalha oficial)? Eis o que dizia o primeiro presidente pós-golpe, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, já em 1962:

??O nacionalismo é uma posição decisiva para uma nação, sobretudo na época atual. Não pode ser uma panacéia para os seus males, nem uma operação de guerra, e muito menos uma conspiração de sentido internacional. Seus grandes males atuais são principalmente dois nos países subdesenvolvidos: um, o desvinculamento com o meio; outro, o de ser, às vezes, um instrumento nacional e internacional do comunismo soviético. É também um grande penacho dos ditadores e candidatos a ditador...As Forças Armadas não podem atraiçoar o Brasil. Defender privilégios de classes ricas está na mesma linha antidemocrática de servir a ditaduras fascistas ou sindico-comunistas?. (15).

Nacionalismo, combate ao comunismo, não defesa dos privilégios...Eis o que dizia o sr. Castelo Branco. Há quase duas décadas antes eis o que dizia, de maneira direta e cristalina, o presidente do USA Truman, ultra-reacionário precursor da ?Guerra Fria?, em um discurso proferido a 9 de agosto de 1945 por ocasião do genocídio atômico cometido contra a cidade japonesa de Hiroxima:

?Temos de nos constituir depositários desta nova força [a de polícia do mundo]. É uma grande responsabilidade que nos foi imposta. Agradecemos a Deus que tenha sido a nós...Pedimos então a Deus que nos ajude a usa-la nos Seus desígnios e para os Seus objetivos?.(16)

Por aí vemos que não é lícito afirmar que, após 18 anos de proferido esse discurso de Truman, de que a supremacia do imperialismo ianque é uma ?vontade divina?, o Marechal Castelo Branco não soubesse que, na verdade, o que ele defendia não era nem nacionalismo, nem o fim de privilégios de qualquer tipo e nem mesmo o resguardo do país contra uma suposta ?influência de Moscou?. Como bom cão de guarda e traidor que era, por trás de seu sincero (e justificado) anticomunismo, o que existia era mesmo a consciente e bem remunerada defesa da supremacia ianque no mundo. Tarefa essa cumprida por ele e por todos os poltrões da sua claque, incluindo aí o atual gerenciamento oportunista do operário-padrão do FMI, o sr. Luis Inácio.


Na verdade, nem meio por cento de questões igualmente escandalosas foram aqui abordadas. E se nós temos às mãos tantos fatos isso significa também que os historiadores os têm ainda muito mais, os jornalistas os têm ainda muito mais, os arquivos secretos mantidos à sete-chaves os têm ainda muito mais e o governo e sua capa burocrática os têm ainda muito mais. Se à imensa maioria da juventude esses fatos conhecidos por todos são escondidos, se silencia-se sobre eles, se é a mesma esquerda canalha que capitulou e que hoje gerencia o velho e reacionário Estado brasileiro que encobre os crimes do regime militar fascista, isso só pode significar, em primeiro lugar, que esta esquerda canalha é cúmplice e partícipe desses crimes que ora acoberta e, em segundo lugar, esses crimes seguem sendo praticados até os dias atuais e servindo aos mesmos interesses que serviam anteriormente. Porque esse arremedo de democracia que temos aí nada mais é que uma brutal e sanguinária ditadura sobre as massas populares, especialmente sobre os operários e camponeses, ditadura essa exercida pela grande burguesia (em suas frações burocrática e compradora) e pelo latifúndio, ambos serviçais do imperialismo.

Notas:
(1) Citado em Sodré, Nelson Werneck em ?O Governo militar secreto?.
(2) Dentre os exilados que se refugiaram no Uruguai, e aos quais faz referência Agee, estavam o presidente deposto João Goulart e o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola.
(3) Agee, Philip em ?Dentro da Companhia, Diário da CIA?.
(4) Sodré, Nelson Werneck em ?O governo militar secreto?.
(5) Sítio ?Acervo da luta contra a ditadura?, www.acervoditadura.rs.gov.br
(6) Jornal A Nova Democracia, Novas medidas para destruir a universidade aprofundam os acordos MEC-USAID, Ano VI. nº 37, outubro de 2007
(7) Correio da Manhã, 4 de maio de 1967, citado por Sodré, Nelson Werneck em ?O Governo Militar Secreto?.
(8) Sodré, Nelson Werneck em ?O governo militar secreto?.
(9) IDEM.
(10) IDEM. O autor acrescenta ainda: ?Essa rotina estendeu-se, depois, às turmas da Escola e Comando de Estado-Maior, nas três Forças Armadas?.
(11) Cook J., Fred. em ?O Estado Militarista?.
(12) Sodré, Nelson Werneck em ?O governo Militar Secreto?.
(13) IDEM.
(14) IDEM. O autor acrescenta : ?Aqui nem se esconde que se trata de uma filial; a matriz está em Fort Gullick?.
(15) Do ensaio intitulado ?A Guerra?.
(16) citado por Cook J, Fred em ?O Estado Militarista?. 
Por Márcio Barreto - http://brazil.indymedia.org/eo/green/2010/04/469019.shtml
http://memoria.bn.br/DocReader/hotpage/hotpageBN.aspx?bib=108081&pagfis=207&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader

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