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terça-feira, 15 de junho de 2010

Campos de concentração dos flagelados excluídos do Ceará Brasil

Relato à seguir uma dessas história horrorosas que nunca foi incluída nos livros das escolas do Brasil, é  a história dos campos de concentração que existiram no Ceará – Brasil, que foram criados para impedir que os flagelados que fugiam do interior  por causa da falta de água, chegassem nas cidades encontrando a elite oligárquica e sórdida, onde poderiam encontrar água e sobrevivência.
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Na minha opinião, os livros didáticos de história do Brasil, precisam ser urgentemente reformulados para incluir a verdadeira história do Brasil,não faz mais sentido continuar aprendendo as mentiras dos antepassados porquê o Brasil já deixou de ser colônia a muito tempo.

Mapa  Albernas  1627 1 – Brasil
                                                  


Convém lembrar  recapitulando a História do Brasil, que foram os Bandeirantes paulistas que desbravaram as terras brasileiras além do Tratado de Tordesilhas, conquistando o território demarcado como brasileiro, pela posse legítima e verdadeira; -  isto aconteceu em 1496 com ajuda dos índios paulistas Tupy Guaranis que nestas terras foram alocados,  expandindo o território brasileiro para oeste.  


 "A elite oligárquica brasileira é sórdida, vive de costas para o País e nunca teve um projeto pra ele ! O povo é belo e muito bom! 


Morro do Moinho, Teófilo fabricava a vacina e  conscientiza o povo à recebe-la, porque a vacina que vinha do RJ causava graves efeitos como úlceras de caráter sulfúrico e tumores.


Em 1877, uma leva de cerca de 110 mil famintos saiu dos sertões e tomou as ruas de Fortaleza, assombrando a elite,  o “pudor das senhoras” e “senhoritas distintas”

O presidente da República Epitácio Pessoa resolveu perenizar as águas do Rio Banabuiú na construção de uma barragem erguida a três quilômetros do Centro da cidade de Senador Pompeu, encravada na região do Sertão Central do Ceará e distante quase 300 quilômetros de Fortaleza. Nas terras que deveriam ser ocupadas pelas águas, fez-se o cenário de barbárie.


Os que tiveram a sorte de sair da terra rachada se espalharam pelo Brasil, sobretudo nas regiões Sul e Norte, atraídos pelo ciclo da borracha. Porém as portas abertas logo foram fechadas pelo poder público, que arquitetou um plano a fim de conter a migração em massa e concentrar todos os miseráveis em uma única região.A estratégia para aglomerar os famintos foi impiedosa, se valendo de todos os recursos e elementos necessários para atraí-los, como quem enfeitiça pelo canto das sereias. O Governo aproveitou as duas ferrovias que cortavam o Estado – uma na cidade de Baturité e outra em Sobral – como transporte para migrá-los em massa até um dos sete campos de concentração que foram montados nos municípios de Ipu, Quixeramobim, Cariús, Buriti, Crato, Fortaleza e Senador Pompeu.
Antigos galpões que, foi usado para acomodar os retirantes miseráveis das secas que assolaram a região, segundo contaram a falta de higiene e a colera, aliada a fome extrema, matou centenas de pessoas esquecidas  naqueles currais  pelas autoridades de Fortaleza.

No livro A Fome,  o mais consistente relato sobre o cenário de 1877 nas ruas da capital, 
O cientista social e escritor Rodolfo Teófilo assim descreveu o que viu: "A peste e a fome matam mais de 400 por dia! O que te afirmo é que, durante o tempo em que estive parado em uma esquina, vi passar 20 cadáveres: e como seguem para a vala! Faz horror! Os que têm rede, vão nela, suja, rota, como se acha; os que não a têm, são amarrados de pés e mãos em um  comprido pau e assim são levados para a sepultura. -  E as crianças que morrem nos abarracamentos, como são conduzidas! Pela manhã os encarregados de supultá-las vão recolhendo-as em um grande saco;  e, ensacados os cadáveres, é atado aquele sudário de grossa estopa a um pau e conduzido para a sepultura" nascido na Paraíba, Rodolfo Teófilo chegou a abrigar cerca de mil pessoas no começo dos anos 1930. Pobre e  órfão, foi educado pelo Barão de Aratanha que o matriculou no Ateneu Cearense, contudo, deixou os estudos para ser caixeiro-viajante. Formado farmacêutico, em 1875, pelaFaculdade de Medicina da Bahia, estabeleceu-se no Ceará[3], desenvolvendo logo o pendor para o cientificismo característico na sua obra.

Diplomado, dirigiu uma farmácia em Pacatuba, depois na capital. Foi mais tarde professor de ciências naturais na Escola Normal e membro de diversas sociedades culturais.  A Fome foi um livro de protesto contra a seca, a fome e o descaso das autoridades. Sofreu muito com as perseguições da oligarquia Acioly. Sua obra ficou marcada pelo exagero em que é mostrada a seca no nordeste e os tipos flagelados caracterizados com excesso. empreendeu, sem apoio governamental, uma campanha de vacinação contra a epidemia  de  varíola  que se alastrava na cidade. Por causa disso, Teófilo foi perseguido durante o governo de Antônio Pinto Nogueira Acioly, acusado de desmoralizar a autoridade,  e ser alheio ao sofrimento do povo cearense, foi humilhado nos jornais, e demitido do Liceu do Ceará. Acioly tinha o total apoio do PADIM CIÇO.

   A oligarquia Acioli (i ou y)
O comendador Antônio Pinto Nogueira Acioli, O Babaquara Maçom, pertencente a loja Fraternidade Cearense. Presidente do Ceará de 1896 a 1900, utilizando do poder para desenvolver a sua oligarquia Acciolina, que tinha características de nepotismo, despotismo e mandonismo. 
 Para entendermos o que significou a dominação oligárquica na Primeira República vejamos:
Presidente do Estado: Antônio Pinto Nogueira Acioli
Secretário do Interior: José Acioli
Diretor de Seção: Lindolfo Pinto (sobrinho do presidente)

Deputados Estaduais: Benjamin Acioli, Raimundo Borges e Jorge de Souza (genros do presidente), Jovino Pinto, José Pinto, Pinto Brandão, Padre Vicente Pinto (primos do presidente), Antônio Gadelha (cunhado de um filho de Acioli)
Academia de Direito: Nogueira Acioli( Diretor), Tomaz Pompeu(cunhado de Acioli / Vice-Diretor), Tomaz Acioli (Lente de Direito Internacional), Antônio Acioli (Lente de Direito Civil), Tomaz Pompeu (cunhado de Acioli / Lente de Economia Política), Jorge de Souza (genro de Acioli / Lente de Medicina Legal)
Liceu: Professores» Tomaz Acioly, Benjamin Acioli, Jorge de Souza
Escola Normal: Tomaz Acioli, José acioli e + Sobrinho, sobrinha e irmão do presidente
Intendência Municipal: Antônio Gadelha
Câmara Municipal:Jovino Pinto (Secretário), Antônio Acioly (Procurador Fiscal)
Batalhão do Exército: Cap Raimundo Borges (genro de Acioli / Comandante)


Senadores Federais

Tomaz Acioli,  Padre Cícero, Fancisco Sá (genro de Acioli)

Deputados Federais: Lopes (primo de Acioli),  Gonçalo Souto (tio de uma nora de Acioli)

Clero-Igreja:

Padre Cícero intimava os sertanistas a trabalhos com mão-de-obra-barata e total defensor de Acioli.

E mais Aciolys em cargos das seguintes repartições: Higiene Pública, Correios, Inspeção Veterinária, Escola de Aprendizes de Artífices, etc; etc;...

Primeiro governo Acioli: Aciooly manipulou a política de forma que favorecesse familiares  e correligionários. Acioli não deu prioridade a setores responsáveis pelo desenvolvimento do estado. Preferiu voltar-se para a construção de obras onde pudesse tirar vantagem pessoal. Como exemplo podemos citar a construção de cinco pontes sobre o rio Pacotí, encomendadas à França através da Casa Boris Fréres. O dinheiro das pontes apareceu nas contas do Estado, mas as pontes nunca foram construídas. Boris,  era correligionário de Acioli.  Amparado pela nacional ´política das salvações´ do presidente-general Hermes da Fonseca, Franco Rabelo é eleito governador do Ceará, encarregado de levar a ´salvação´ à região do Cariri, onde ainda era grande a influência da oligarquia Accioly, intermediada por Padre Cícero e Floro Bartolomeu. Acioly foi deposto em 1914, deixando a herança desta oligarquia através de casamento o político Udenista Juracy Magalhães,  e por sua primeira mulher a senadora Patricia Saboya, o político cearense Ciro Gomes.

Acciaiola de Florença (da comunidade de judeus europeus) que se ocultaram no nordeste como Accioli ou Accioly que tanto papagueiam como os seus "irmãos" sobre o grande "holocausto" judeu. 

E eu pergunto porque eles escondem o Holocausto Nordestino Brasileiro causado pela mesma elite judaica? Cadê o museu desse holocausto? Se como eles mesmos propagandeiam estarem aqui desde a "colonização" (predatória) do Brasil, então eu pergunto: Como é que o povo foi tratado por essa elite? Como está hoje os lugares que eles mais exploraram?? Para bom entendedor meio Talmud basta (Profa.Marcia Zairos).

Quem olha somente a casca das coisas continuam a papaguear que a República foi obra dos militares quando deles se aproveitaram as forças secretas. A infecção do bacharelismo bucheiro criou no Brasil o drama do Exército: primeiro, a sua estagnação no positivismo esterilizante; depois, a tragédia da inquietação do militar sem a doutrina social afastada e incompreendido, rebentado em explosões, sem fito, que um século após a criação dos cursos jurídicos se repetirão com assustadora, freqüência de 1922 em diante. A semente do mal foi plantada em 1828. Regou-se a Bucha (Burschenchaft paulista,  e Tugenbund de Olinda) com o maior cuidado. Quem plantou e quem regou sabia bem o que estava fazendo e sabia por que e para que. Os magistrados algemados às maçonarias e buchas não podem, em verdade obedecer a Lei, porque juraram obediência a uma outra lei e esta secreta, porque estão presos às injunções dos corrilhos de que valerem para galgar as posições. Todos os sofismas lhe são permitidos; desde que sejam em benefícios de seus irmãos. (5)

Os cidadãos brasileiros, gostaríamos ainda que estes governantes nos respondesse: Os brasileiros  que pronunciam juramentos secretos na Maçonaria Internacional, no Grande Oriente, ou na Burschenchaft paulista, ou na Tugenbund de Olinda, que veio do judaísmo alemão,  também estão vestidos com a nossa roupa verde e amarela? (4).

Adendo: 2011, govenador do Estado de Pernambuco: 
Eduardo Henrique Accioly Campos (na foto ao lado do Lula todos de kipá)  
Eduardo Campos faz questão de dizer em suas entrevistas, que os seus olhos azuis são  a herança genética dos holandeses  que passaram pelo nordeste pernambucano ... http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2013/04/eduardo-campos-psb-criticou-em.html

  • “E quem afirmar que no Ceará há uma oligarquia que usa o Kipá, é porque "NÃO"é  maledicente”
    In “O Coronelismo: uma política de compromisso” Janotti, M. de L.M., p. 65/66

OLIGARCAS DE FORTALEZA
O medo das revoltas e dos saques, das “doenças” e da “criminalidade”, da “mendicância”, dos “desvios morais”, da “prostituição” que agride o “pudor das senhoras” e “senhoritas distintas”,que viviam a ilusão, importada de Parisde urbanismo e civilidade levou o poder público, pressionado por grupos de pessoas abastadas e da elite de Fortaleza, a adotar estratégias de confinamento e controle dos “indesejados”.
Todo um aparato político-administrativo, religioso, policial e médico concorreram para a execução desse receituário, visto serem eles mesmos os representantes das “elites”.
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O campo de concentração do Alagadiço, nos arredores da capital cearense, cenário do livro de Rachel. Ele chegou a juntar 8 mil esfarrapados, que recebiam alguma comida e permaneciam vigiados por soldados.
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Prisão onde eram mantidos os flagelados hoje em ruínasResultado de imagem para Campos de Concentração no Ceará



A maioria dos retirantes vinha das regiões adjacentes ao município, mas também chegavam retirantes das regiões mais distantes. Francisco Magalhães Martins, que vivenciou aquele momento, escreveu em seu livro de contos, Mundo Agreste, sobre aquele episódio: “O comboio apanhava mais flagelados em cada estação – Pinheiro, Novas russas, Ipueiras. Nos vagões se confundiam homens, mulheres, meninos e velhos, com os bichos brutos (...) Também, em promiscuidade, os sadios e os doentes – tuberculosos, epiléticos, assezoados, até loucos (...). Vinha gente de diferentes regiões – do centro e dos confins; do Estado, do Alto Jaguaribe. Todos demandavam Ipu como a Terra da Promissão. Correra a notícia exagerada de que não faltava inverno na Serra Grande, feito um celeiro, sendo o Ipu, ao sopé da cordilheira,  o escoadoura dos produtos.
Campos de concentração no Ceará isolavam famintos da seca de 1932
 campos de concentração construídos­ no estado pelo governo cearense­. O governador Roberto Carneiro de Mendonça, interventor nomeado por Getúlio Vargas, atendia aos interesses da elite política e coronelista da ocasião.


Os que conheciam a cidade falavam da bica do Ipuçaba, caindo da serra, perenemente, sem nunca ter secado. Não faltava água. a Bica, jorro d'água que se precipita de uma altura de 120 metros, em um sítio magnífico. 



Ah! Haveria fartura em Ipu – a Canaã tão desejada!...”

A  demais o Campo-de-Concentração era a garantia de que ninguém morreria de fome. Falavam em legumes, em frutas, em farinha e rapadura.
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"Os flagelados não tinham condições de pensar e entender que este sonho a “elite” de Fortaleza/Ceará  jamais  deixaria  ser realizado".
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Essa grande leva de retirantes que acorreu para o município de Ipu em busca do campo deixou aflita e apreensiva a população localem especial as classes mais abastadas, afinal  essa invasão gerou expectativas e aterrorizou os habitantes da cidade

Diante disso, desde o início a preocupação maior das autoridades foi com o controle e disciplinamento dos retirantes. A assistência só era feita no interior do Campo. Havia polícia vigilância, permanente. Uma vez assistidos havia uma preocupação em manter os flagelados no Campo, para que estes não atingissem a área urbana da cidade no meio da elite.

IPU está localizada em partes de 20 léguas de terra doadas à D. Joana de Paula Vieira Mimosa pelas Cortes Portuguesas de Lisboa em 1694.
Dona  Joana era missionária,  esposa de João Alves Fontes muito enérgica e habilidosa colonizou suas propriedades contribuindo para a catequese dos Índios. 
— Os Índios eram os Tabajaras, o  nosso povo primitivo que alí viveu dando origem a lenda de.. IRACEMA 

Não se sabe ao certo o número exato de flagelados assistidos no Campo de Concentração da Terra de Iracema, uma vez que houve indícios de fraude na sua administração, a cargo de Joaquim Lima, interventor municipal (1930-1935). Embora os números do governo apontem para uma população de 9.000 assistidos, para o médico que trabalhou no Campo, Francisco Araújo, o “curral” chegou a confinar 20.000 flagelados. O Campo do Espraiado - O Campo de Concentração do Ipu foi o único erguido à beira da Estrada de Ferro de Sobral. - Os campos de concentração, no interior, foram erguidos em locais ligados às grandes rotas de  expulsão de flagelados em momentos de seca. As estatísticas oficiais, que não conseguiam abarcar todos os alistados nos "currais", dão conta de 73.918 "molambudos", como eram chamados os reclusos, nas seis áreas de confinamento: 6.507 em Ipu, 1.800 em Fortaleza, 4.542 em Quixeramobim, 16.221 em Senador Pompeu, 28.648 em Cariús e 16.200 no Crato, segundo informações de Kênia Rios.

A própria localização do campo, distante do centro, facilitava a vigilância e o controle dos flagelados. Mesmo assim, não raras vezes, muitos famintos atingiam o centro da cidade.

A “Justiça” cearense, manobra de todas as formas possíveis, extinguindo as ações sem julgamento de mérito , tentando com isso fazer permanecer no esquecimento essa página negra da nossa história.
Toda documentação desses genocídios e infames campos de concentração tupiniquins tem sido oculta ao longo das décadas , embora haja hoje ação na justiça solicitando a identificação  via DNA, de todos os mortos sepultados em valas comuns e seu translado para cemitérios regulares.
Pleiteia-se também indenização para os sobreviventes e seus descendentes.

O policiamento e a vigilância nos campos de concentração eram ostensivos. O movimento dos flagelados era vigiado constantemente. Dos campos só poderiam sair, teoricamente, com a autorização dos policiais inspetores. A Igreja católica, também se fazia presente.  levavam  aos miseráveis o que diziam ser a palavra de Deus,  a vigilância e  o controle dos famintos. 
Deveria torná-los mais obedientes e dóceis. “Os pobres não se maldiziam, não se revoltavam, mesmo porque o padre dissera no sermão que ali proferira, à hora da missa campal: - ‘Todos se confortassem com a vontade de Deus. São Sebastião livraria da peste. Aquela seca era para purgar os pecados. Mais difícil era um rico entrar no céu que um camelo passar no fundo de uma agulha’. E eles chegavam a acreditar, achando que havia compensação na sua pobreza – e nunca se revoltaram”, anotou Magalhães Martins.
 No campo do Ipu o vigário, Monsenhor Gonçalo Lima, semanalmente celebrava missas, casamentos, batizados. Ali foi erguida uma capela, onde o padre celebrava os cultos religiosos para a “cidade dos pobres”.  
O saber médico também estava presente no Campo de Concentração. Todos que chegavam deveriam ser vacinados. Havia uma preocupação com a vacinação constante dos flagelados. Embora a vacinação fosse obrigatória, muitos, não acostumados, resistiam.

Também havia uma preocupação muito grande com as condições de higiene no campo, como vimos. Não obstante, as epidemias não foram evitadas. O tifo, a “desinteria”, o sarampo e outras doenças ceifaram muitas vítimas               
·         os  campos de concentração era chamado pelos flagelados de curral tamanha a sujeira e mistura de doentes tuberculosos no meio de crianças, e mulheres famintas.
Todo um aparato coercitivo era justificado pelo medo que as aglomerações de retirantes gerava na população. As doenças contagiosas era um dos espectros que rondavam os Campos de Concentração e aterrorizava as classes dominantes. Seu combate tinha que ser incessante sob pena de extrapolar os “muros” do campo e atingir as famílias “distintas”. Havia no Campo do Ipu uma média diária de seis a sete mortos. Só entre abril de 1932 e março de 1933 registraram-se, de acordo dados de Kênia Rios, milhares de mortos.
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Os campos de concentração no Ceará ou os "currais do governo", foram reações governamentais executadas nas secas de 1915 e 1932 no estado do Ceará. “horror no campo de concentração?”, não sobre as prisões nazistas construídas durante a Segunda Guerra Mundial, ou seja, quase três décadas depois, aos 

currais erguidos no Ceará pelos governos estadual e federal para isolar os famintos da seca de 1915, considerada uma das mais trágicas de todos os tempos no Nordeste.

O objetivo dos campos era evitar que os retirantes alcançassem Fortaleza, trazendo “o caos, a miséria, a moléstia e a sujeira”, como informavam os boletins do poder público à época. 

Naquele ano, criou-se o campo de concentração  (era assim mesmo que se chamava) Alagadiço, nos arredores da capital cearense, que chegou a juntar 8 mil esfarrapados, que recebiam alguma comida e permaneciam vigiados por soldados. 
A segregação dos miseráveis era lei, mas chegou um momento em que o flagelo em massa era tão chocante, com uma média de 150 mortes diárias, que o governo do Estado ordenou, em 18 de  dezembro 1915, como contam os arquivos dos  jornais da época, a dispersão dos flagelados, ou “molambudos”  como eram também conhecidos.

Segundo o historiador Marco Antonio Villa, autor de Vida e Morte no Sertão, durante a seca de 1915 teriam morrido pelo menos 100 mil nordestinos. 

Outros 250 mil migraram para escapar da “velha do chapelão”  – como a  fome  era conhecida no imaginário do semi-árido.
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Trilhos do campo de concentração Brasil
crianças mortas sendo recolhidas 

Comparando os campos de concentração pergunto? Qual o pior? Pelo visto foram praticadas as mesmas criminalidades contra o ser humano. E porque os nossos patriotas  até hoje vivem discriminados sem o direito a indenização e reconhecimento pelas autoridades perante a barbárie praticada? Com o advento da segunda guerra mundial e temendo comparações com os campos de concentração nazistas, a única diferença na verdade era que aqui se tratavam de sertanejos, cujo único crime era passar fome, tinham por base o apartheid social, e lá,na verdade quem sofriam eram predominantemente os judeus, acusados de deterem todas as riquezas da Alemanha.
Trilhos campo de concentração  em auschwitz 
mortos e pertences  

“De longe eu sentia o cheiro de podridão, chegava a tapar as ventas. Era tão forte o fedor que é como se eu o sentisse hoje, mesmo eu estando com a memória fraquinha, fraquinha”, diz Manuel Conceição Rodrigues de Sá, 87 anos, um rapaz de 15 anos durante a seca braba de 1932. Hoje, ele mora no subúrbio de Juazeiro do Norte, no Ceará, terra do Padre Cícero.


Manuel morava, então, no município de Serra Talhada, em Pernambuco. Trabalhava como tropeiro – tocava burros com carregamentos de cachaça dos engenhos da região do Cariri, no sul do Ceará, para municípios de Pernambuco e da Paraíba. “Era num sítio ali perto do Crato, só vi uma vez de perto o campo de concentração, nunca mais tive coragem de passar junto.
Pense num desmantelo! Gente apodrecendo de verdade, pareciam uns urubus quando o governo mandava comida”, afirma o ex-mascate.

O cearense do Cariri Miguel Arraes de Alencar, nascido em dezembro de 1917, na cidade do Araripe, governador de Pernambuco por três mandatos, guarda também lembranças   do Crato, onde morou sua família. “A seca braba de 32 é muito forte em minha memória. Um dia, quando ia estudar, me deparei com três homens presos. Eram flagelados do curral da concentração. Foram presos como desordeiros, só porque ficaram revoltados com as injustiças na distribuição de comida por lá”, afirmou Arraes em conversa com este repórter, em 2002. “É uma lembrança que guardo para sempre, as histórias vindas de lá eram um horror danado.”

Pelo campo de concentração do Crato passaram cerca de 65 mil pessoas durante aquela estiagem. Ali, o governo prometia comida, água, assistência médica e oferta de trabalho. Pouco disso, no entanto, acontecia. 

Não havia água tratada, nem comida para todos e muita gente morria de fome ou doença e era sepultada ali mesmo. O campo se tornou um foco de tudo o que é infecção. Em alguns dias, o número de mortes de famintos alcançava a marca de milhares. Há registros de pelos menos  cinco currais no estado do Ceará, localizados em 

Quixeramobim, Senador Pompeu, Cariús, Ipu, Quixadá e o último nos arredores de Fortaleza, como derradeira tentativa de evitar que os famintos convivessem com a população da capital.

"Eram locais para onde grande parte dos retirantes foi recolhida a fim de receber do governo comida e assistência médica. ―  Dali   não podiam sair sem autorização dos policiais inspetores do campo. Havia guardas vigiando constantemente o movimento dos concentrados. Ali ficavam retidos milhares de retirantes a morrer de fome e doenças’’, diz a historiadora Kênia Rios, da PUC-SP. 

As estatísticas oficiais, que não conseguiam abarcar todos os alistados nos “currais”, dão conta de 73918 “molambudos” nas seis áreas de confinamento – 6507 em Ipu;
1 800 em Fortaleza; 4 542 em Quixeramobim; 16 221 em Senador Pompeu; 28648 em Cariús e 16200 no Crato, conforme uma das melhores fontes sobre o assunto, o livro Campos de Concentração no Ceará – Isolamento e Poder na Seca de 1932, de Kênia Rios.

Campos de Concentração em Senador Pompeu-CE

Atualmente, Senador Pompeu é o único município onde se encontra viva a memória do campo de concentração. O cemitério da Barragem do Patu é considerado um espaço sagrado para visitação. Há romarias, pessoas que rezam e pagam promessas. Os moradores acreditam que as almas dos concentrados são milagrosas, porque sofreram muito".
  • José Américo de Almeida  em novembro de 1930 foi nomeado Ministro da Viação do Governo Provisório,  nascido em 1887 na cidade de Areia, no interior da Paraíba, cargo que ocupou até 1934. Como Ministro e "do norte" nada fez pelos flagelados do Ceará.  José Américo de Almeida agiu da mesma maneira como fez no levante de Princesa, provocada por todos os coronéis do açúcar e do algodão, José Américo nomeado Secretário de Segurança, partiu para o interior, a fim de chefiar a luta contra os rebeldes; - aonde existiu rebeldes? defendeu sim, a saga  dos coronéis,  entre outros fatores que contribuíram para o agravamento da situação. Logo após esse acontecimento, o presidente da Paraíba João Pessoa foi assassinado. E pior, em 1964, José Américo de Almeida deu apoio ao golpe militar planejado pelos EUA, que depôs o presidente João Goulart e instalou o novo período ditatorial no país.
Um sobrevivente da segregação é Antonio Siqueira da Silva, de 90 anos, que tinha 18 anos quando foi “jogado” com a família – pai, mãe e mais 12 irmãos – no “curral dos flagelados” do Crato. A família havia mudado do município de Quebrangulo, terra do escritor Graciliano Ramos, para Juazeiro do Norte, cidade hoje emendada ao Crato, em 1930.
 “A gente veio por causa dos milagres do meu padim Ciço. Só se falava nas obras do ‘meu padim’ por esse mundão todo afora.
  
Ai meu pai pegou a penca de menino    botou em cima dos burros, e chegamos aqui em Juazeiro, Seguidor do padre Cícero, Lourenço (1872-1946),  pois lá nas Alagoas não tinha mais como viver que preste”, diz Silva, em depoimento para o projeto Nova Geografia da Fome, do Centro Cultural Banco do Nordeste. “Chegando aqui o meu padim nos botou lá no sítio do beato Zé Lourenço, onde tinha muita fartura. O mundo todo sem nada para comer e o beato lá dando de comer a todo mundo, até irrigação já tinha.

Conhecida como o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, a comunidade foi destruída e bombardeada – a primeira vez que as Forças Armadas usaram aviões para um massacre no Brasil – em 1937, por ordem do ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra, durante o governo de Getúlio Vargas. http://mudancaedivergencia.blogspot.com/2010/07/genocidio-no-ceara-ocorrencias-que.html

O poder central, insuflado pelas autoridades cearenses, temia que o beato pudesse transformar o seu vilarejo em mais um Canudos, episódio que ainda assombrava os militares e a “nobre” elite  cearense.
A nossa história que ainda são desconhecidas para a maioria da população. 


        Lembranças do cárcere
Arco Íris no sertão nordestino trazendo luz às vítimas dos flagelos.

A história da dona Ló! Ela mora em uma casa sem luz elétrica e vive de favor dos amigos.

http://youtu.be/o9PYXv7E7NI

Emoção e fé no cemitério das Almas da Barragem 2

Dona Luíza lembra aqueles tempos: “O governo prometia assistência, mas os flagelados dormiam ao relento” rodeados pelos urubus . O cemitério está preservado como antigamente e, no Dia de Finados, recebe todos os anos uma procissão em memória daqueles que ali padeceram.

“O sofrimento era muito grande”, recorda-se Luíza Lo, 92 anos, uma das poucas sobreviventes desse drama que marcou a cidade.Na época, cerca de 3 mil sertanejos chegaram de várias partes do Nordeste e ocuparam uma vila operária erguida pelos ingleses, que construíram o açude municipal. “Durante semanas, caminhamos 16 léguas (105 km) no sol quente até chegar aqui”, conta Luíza.

O governo prometia assistência, mas os flagelados dormiam no chão ao relento. Vestiam sacos de estopa e tinham os cabelos raspados. De alimento, recebiam a pior parte. “Muitas vezes, era um ensopado só de osso, além de um mingau que parecia uma goma”, lembra a sobrevivente. 

Alimentos e doações chegavam das grandes cidades pela linha férrea. “Os chefes e os guardas ficavam com a melhor parte”, diz Luíza. Ela conta que era difícil dormir à noite com o choro sofrido das famílias: “Era um barulho pior do mundo”. Muitas pessoas morriam de fome e cólera e eram enterradas em valas comuns.
 Açude do Patu resistem em meio à paisagem árida

A história das secas que castigam  a população  desde pelo menos 1877, deixou um rastro de tragédias e mortes assombroso.

Nunca foi feito um levantamento a respeito dos números de nordestinos que perderam as vidas por causa da fome e sede nestes períodos. 

Mais uma vez o governo mandou milhares de cearenses para a amazônia , dando origem ao segundo ciclo da borracha. Estima-se que cerca de 73 000 flagelados foram confinados nesses campos onde as condições eram desumanas, o que resultou em inúmeras mortes. Ainda durante essa seca, flagelados cearenses foram enviados para o combate nas trincheiras da Revolução de 1932 em São Paulo.

Os levantamentos parciais, no entanto, são assustadores.  Somente entre 1877 e 1913, portanto ainda sem os números da seca de 1915, o governo federal, por intermédio do IOCS estimava que 2 milhões de pessoas haviam morrido em conseqüência da miséria nas estiagens. 

QUAL SEGREDO ESCONDE AS GOVERNANÇAS QUE SE VENDEM AS ELITES DOMINADORAS E VENDEM O BRASIL... PORQUE NÃO EXPLORAM O POTENCIAL HÍDRICO EXISTENTE NO NORDESTE BRASILEIRO. PARA QUE, E PARA QUEM, ESTÁ RESERVADA A GRANDE ÁREA DO NORDESTE QUE ATÉ HOJE OS CENTRALIZADORES INTERNACIONAIS  MANTIVERAM INTOCÁVEL,  PRATICANDO O GENOCÍDIO EM SEUS  VERDADEIROS HABITANTES, E BATIZANDO-AS DE ÁREAS DA SECA? NO ENTANTO, NO ENTORNO DAS RESIDÊNCIAS LUXUOSAS DA ELITE DOMINADORA, PREDOMINA A FARTURA, A PROSPERIDADE.

hídricos disponíveis”, afirma Bottura. “O que falta é a decisão política de aproveitá-los.
Nos últimos vinte anos, o geólogo João Alberto Bottura, pesquisador da seção de Águas Subterrâneas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas paulista, trabalhou em cerca de vinte projetos de estudos de águas subterrâneas.

Um mar de água doce sob a terra seca do Nordeste Pernambucano!
Só o Piauí  abriga um volume de águas subterrâneas quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas os projetos para aproveitá-las estão engavetados.
  • A transposição do Rio São Francisco e -eufemisticamente chamado de "Projeto de Integração de bacias"- é um presente de grego, uma farsa, uma enganação, é a sofisticação da indústria da seca, é chover no molhado. Ele demonstra que o projeto não é necessário, pois o Nordeste não precisa de importar água. Precisa sim é de uma reforma hídrica eficiente. Precisa de um projeto de Convivência com o semi-árido que passa pelas 530 obras defendidas pela Agência Nacional de Águas (ANA) no Atlas Nordeste. Implica terminar centenas de obras inacabadas em mais de 100 anos de obras da indústria da seca. No Nordeste existem 70 mil açudes, o maior programa de açudagem do mundo. Há 400 grandes barragens. É urgente construir adutoras com capilaridade capaz de democratizar o acesso à água existente no Nordeste. Construir barragens subterrâneas, mandalas, desprivatizar 70% dos açudes que estão privatizados.
  • As águas da Transposição, se chegar ao Nordeste Setentrional, cairão em grandes rios já perenizados -Piranhas-açú e Jaguaribe- pelas maiores barragens da região. Dessa forma a transposição quase não será notada. E, apesar dos grandes investimentos governamentais durante muitos anos, a problemática da seca deverá se agravar - o orçamento da transposição de um R$ 1 bilhão por ano deverá concorrer, durante muitos anos, com todos os programas governamentais no Nordeste de cunho verdadeiramente social.
  • O projeto encontra-se na contramão da história, desconhece a grande infra-estrutura hídrica da região suficiente para atender plenamente as demandas atuais e as futuras, num cenário de desenvolvimento sustentável. O Ceará tem disponibilidade hídrica para atender suas demandas em até quatro vezes; o Rio Grande do Norte, 2,5 vezes; a Paraíba, 1,5 vezes. Atualmente, existe um consenso por parte dos movimentos sociais, e até mesmo dos organismos internacionais de fomento, que recomenda políticas regionais de inclusão social pela democratização do uso da água a partir de experiências bem sucedidas na região - adutoras, cisternas, poços com dessalinizadores, barragens subterrâneas, perenização de rios por pequenas barragens sucessivas.
  • Os hipotéticos 12 milhões de nordestinos que seriam beneficiados pela Transposição identificados pelo Governo, onde se incluem os moradores das maiores cidades da região receptora e 40% deles fora do semi-árido, na verdade serão os maiores prejudicados pelo projeto, porque eles, sem necessitar dessa água, deverão sim bancar 85% dos custos da água do hidronegócio que será de 5 a 7 vezes mais cara do que o preço atual da água na região.
Água à serviço da elite centralizadora:

Enchente do Açu Ele nasce na serra do Bongá divisa da Paraíba com o Ceará, percorre grande parte do torrão paraibano, sendo conhecido por Piranhas-Açu. Porém, quando atravessa o Estado Potiguar, passa a ser chamado simplesmente de Rio Açu. E quem daqui pra frente pagará a conta do consumo potável das irrigações gigantes? Será que é somente a população ao escovar os dentes na pia? Tudo é questão de sobrevivência e solidariedade aos que já quebraram seus potes de água ao beberem seus agrotóxicos. 

De quem é o dever de cuidar das nossas fontes? O presidente, o governador, o prefeito, o vereador do povo, o deputado doido, o senador afoito, e os mais defensores do povo? 
Após a construção da "Barragem Armando Ribeiro Gonçalves" - Inaugurada oficialmente em 1984, tornou-se totalmente perene.  - Ouviu-se de olhos apitombados as promessas fabulosas do desenvolvimento que chegaria a esta região riquíssima. 
Trechos de cordel do sertanejo nordestino que na esperança do futuro tornou-se o guardião do riso.
  • Desse conto estridente ...Tocado em Sibemol... Dentro das linhas do mote... No caderno do arrebol... Fazendo a terra chover.... Botando pra derreter ... A setes brasas do sol.  Lixo não é pé de muro.... O verde em toda retina ....É a terra nordestina.  Em nossa visão de futuro......
  • Enquanto isso, as mega-multinacionais, como Nestlê, Coca-Cola, e outros centralizadores internacionais, expropriam, contrabandeiam a  água,  e nela adicionam conservantes, e o pior... vendem! Privando ao povo brasileiro o direito de utilizar a água saudável que lhe pertence ofertada pela mãe natureza..
A certeza de que não falta água no Nordeste não é nova.                     

Em 1984, o Projeto Radam, do Ministério das Minas e Energia, constatava através de sensoreamento  remoto a existência de um potencial de 220 bilhões de metros cúbicos de água nas áreas mais afetadas pelas secas.
Desse total, 85 bilhões de metros cúbicos estavam na super-fície da terra e 135 bilhões subterrâneas, sendo 15 bilhões em rochas cristalinas.

Fontes:
1 - ARAÚJO, Raimundo Alves de. Ipu: Da Ocupação do Espaço Urbano ao Campo de Concentração. Monografia de graduação do curso de história da UVA. Sobral, 2003.
2 - RIOS, Kênia Sousa. Campos de concentração do Ceará: isolamento e poder na seca de 1932. Fortaleza; Museu do Ceará / Secretária de Cultura e Desporto do Ceará, 2001.
3 - NEVES, Frederico de Castro. A multidão na história: saques e outras ações de massa no Ceará. Rio de Janeiro. Universidade Federal Fluminense. Tese de doutoramento, 1998.
4 –Gustavo Barroso – História Secreta do Brasil Vol. I, Cap.I, Brasil e a Baviera, pg. 2.
5 –Gustavo Barroso -  História Secreta do Brasil Vol.II, Cap.XVII, pg.81-82-84.
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