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domingo, 1 de julho de 2012

ECONOMIA VERDE - ERRADICAÇÃO DA POBREZA - CRÉDITOS DE CARBONO - SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA


“DECODIFICANDO AS TESES:  ECONOMIA VERDE - ERRADICAÇÃO DA POBREZA - CRÉDITOS DE CARBONO - SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA”
Profa. Guilhermina Coimbra*

Decodificar as teses e ou, os discursos significa trabalhar em benefício de todos, tentando fazer compreenderas “teses” e os discursos competentes de autoridades nacionais e internacionais; significa tentar esclarecer e fornecer argumentos para que a população brasileira, devidamente esclarecida, mude o curso das políticas que  pretendem para o Brasil.

As “teses”, desde a Idade Média, têm papel fundamental para convencer os incautos a agirem a favor de interesses inconfessáveis contra os interesses deles próprios. Como seria impossível convencer os aldeões seres humanos de bem, residentes nas aldeias, a se juntarem aos exércitos, matando e morrendo para conseguir terras para os não-primogênitos dos titulares dos reinados da época, construíram a “tese” das Cruzadas – levar a palavra de Cristo aos árabes-pagãos. Com a “tese” das Cruzadas levaram multidões a se deixarem matar e morrer para se apossarem das terras dos árabes. Tempos depois, decodificaram as teses entendendo que a “verdade do palácio não era a mesma das praças públicas”. Atualmente temos diversos exemplos de “teses”, tais como, “restauração da democracia”, “deposição de ditadores nacionalistas”. Todas, sem exceção, “teses” maliciosas, fajutas, construídas para enganar incautos e justificar a invasão e posse de territórios alheios, alvos da cobiça dos “tesistas”.
Mas, as teses que nos interessam no momento são as expostas a seguir.
A ECO’92 ou Cúpula da Terra reuniu cerca de 110 Chefes de Estados no Rio de Janeiro. A Agenda 21 – o principal documento produzido, as “teses”estabeleceu planos de ação para um novo padrão de desenvolvimento, capaz de conciliar proteção ambiental, justiça social e crescimento econômico.
Vinte anos passados da Conferência ECO’92 e dez anos passados da Cúpula Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo, África do Sul, em 2002o Rio de Janeiro sediará a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Ssustentável, a RIO+20, cujo foco, reunindo Delegações de 150 países, concentrar-se-á nas “teses” seguintes: Economias Verdes e Erradicação da Pobreza dentro do objetivo maior: o desenvolvimento sustentável e a estrutura de governança de acordo com as pretensões do Conselho de Segurança da ONU.
Governar significa administrar, controlar, influenciar, induzir, sugestionar a opinião pública de um Estado, fazendo com que nacionais e estrangeiros residentes no país governado obedeçam, submetam-se, sejam influenciados e sugestionados pelo governante. A percepção, dos nacionais e estrangeiros residentes nos Estados eternamente em desenvolvimento e nos Estados subdesenvolvidos em situação de miséria crítica impediu a obediência, submissão, influência e sugestões dos respectivos governos, aos objetivos camuflados da ECO’92, completamente alheios aos interesses das populações desses Estados.
A “tese” do padrão de desenvolvimento conciliado com proteção ambiental, na prática, significava imobilizar a exploração econômica do território dos referidos Estados. Impraticável, portanto.
Imobilizar a exploração econômica do território dos Estados-alvos significa:  impedir que os nacionais explorem em grandes extensões do solo do Estado, a agricultura, a pecuária, a biodiversidade, a flora e qualquer outra atividade econômica, a pretexto de que são áreas de preservação permanente; impedir que os nacionais   extraiam do subsolo do Estado, a matéria-prima minérios estratégicos e críticos/“commoditties”, transformáveis em combustível; impedir que os nacionais explorem no mar territorial do Estado, os minérios estratégicos e críticos/“commoditties”, transformáveis em combustível (no Brasil, a desobediência ou a insubordinação resultou na exploração do Pré-sal); impedir que os nacionais  instalem plataformas de petróleo no mar territorial do Estado; impedir que os nacionais explorem o espaço aéreo e o espaço aéreo-espacial do Estado (o governo do Brasil, até que tergiversou e deixou que acabassem com uma das suas mais fortes companhias aéreas, abriu o mercado nacional para as empresas não-nacionais em concorrência desleal jamais praticada por nenhum Estado desenvolvido, privatizou os aeroportos etc.. Entretanto, não fiscalizou suficientemente, de modo a impedir a implosão da plataforma de Alcântara).
O crescimento econômico do Brasil, graças à sua insubordinação como participante da ECO’92, foi bom. Nos demais países também, graças à desobediência aos ditames da ECO’92, os governos sob fortes pressões, com marchas e contra-marchas continuam  tentando crescer.
A justiça social em alguns Estados foi conseguida através da distribuição de bolsas-família e de diversas outras políticas paternalísticas. Os governos distribuíram os peixes, mas, esqueceram de ensinar a pescar. Dos males o menor, a fome não espera, a fome mata. Em atenção aos propósitos dos “tesistas” (ECO’92) ensinaram, a transformar as garrafas plásticas em objetos, a reciclar o lixo, a fazerem artesanatos com produtos da natureza e do lixão, estão ensinando a dançar clássicos e modernos, estã ensinando a jogar futebol: as Comunidades em “estado-de-graça” ficaram agradecidas.
De acordo com a tese” da Erradicação da Pobreza, o Brasil está indo bem, um “exemplo a ser aplicado aos demais Estados da periferia”. Devem continuar a ensinar a transformar as garrafas pets em utensílios diversificados, a reciclar o lixo, etc., etc., nas Comunidades - e devem continuar a distribuir as “bolsas”, pois, as Comunidades são contentáveis com pouco, não precisam ter o mesmo desenvolvimento dos “tesistas” originais dos Estados super-desenvolvidos.
(Os que assistiram e gravaram a entrevista do Programa “60 Minutes”/GNT, deveriam divulgá-lo, pois, na referida entrevista, a representante da ONG, ao impedir a construção de hidroelétricas na Índia explicou que “não queriam que os indianos tivessem a mesma qualidade de vida dos originais do Estado da ONG, porque as populações dos Estados subdesenvolvidos não precisavam ter a qualidade de desenvolvimento igual à qualidade de desenvolvimento dos desenvolvidos”.)
Depois, quando não houver mais mercado interessado nos artesanatos, etc., no lixo reciclável, nem lugares suficientes nos palcos para abrigar os dançarinos (as) nem mercado suficiente para absorver todos os jogadores de futebol – podem contar com os “tesistas”, principalmente, para apoiar a “revolução” facilitando desse modo, a entrada dos “ajudantes  humanitários”, das “tropas de paz”, forçando em nome dos “direitos humanos e da paz dos amigos”,  a entrega das “comodditties”, dos bens e serviço públicos nos territórios onde conseguiram que impusessem as “teses”.
A “tese dos créditos de carbono é a “tese” que orienta os Estados super-desenvolvidos a comprar dos governos dos Estados sub e em desenvolvimento os “créditos de carbono”, ou seja, segundo os “tesistas”, o direito de “emitir carbono”, vez que os Estados sub e em desenvolvimento ainda não realizaram as atividades necessárias para se desenvolverem.
A “tese dos créditos de carbono significa que os governos dos Estados sub e em desenvolvimento, receberiam moedas (moedas podres, de nenhum valor, de acordo com a volatilidade dos câmbios) através da venda para os Estados super-desenvolvidos do direito de desenvolver as referidas atividades necessárias ao desenvolvimento econômico e social dos países que governam. Os governos dos Estados sub e em desenvolvimento que aceitarem o prevalecimento de tal”tese” estarão vendendo o direito de desenvolvimento, o direito de autonomia dos Estados por eles governados, um direito assegurado pelas Cartas da ONU e da OEA, Arts. 1º.).
(Na entrevista do representante de outra famosa ONG ele iz expressamente, que o único óbice às “teses”deles,...”são esses malditos nacionalistas...”, mas, que a ONG representada por ele ...”os comprava por pouco”...).
A “tese” do desenvolvimento sustentável, ou, a “tese” da sustentabilidade significa o compromisso assumido pelos Estados super-desenvolvidos de sustentar os Estados em desenvolvimento e os Estados subdesenvolvidos em troca da parte fértil do território deles. Na “tese” da sustentabilidade os representantes dos Estados super-desenvolvidos comprometem-se a sustentá-los e a manter dentro dos Poderes destes Estados os colaboradores e defensores da referida “tese”. (A “tese” da qual se trata não prima pelo ineditismo: no Brasil ela já foi tentada, mais ou menos em 1940, quando propuseram que o Governo brasileiro entregasse as jazidas do petróleo bruto para que fosse transformado em combustível fora do Brasil sob a condição deles venderem o petróleo brasileiro com o valor agregado, a preços módicos porque seria mais econômico para o Brasil entregar do que explorar as jazidas do seu território. Foi, inclusive, a motivação da campanha “O Petróleo é Nosso”).
A “tese” da governança ou das governanças significa que nos Estados em desenvolvimento e nos Estados subdesenvolvidos, diversas áreas de infra-estrutura (comunicação, internet, informática, transportes, energia e outros) serão administradas por comitês nacionais gestores, subordinados aos gestores internacionais.   A “tese da governança ou das governanças é o eufemismo de Governo Único ou, Governo Global, surgida com o nazismo e o fascismo. Aprovada a “tese” das governanças, a confederação de Estados super-desenvolvidos, governaria os Estados em desenvolvimento e os subdesenvolvidos, através desses comitês gestores nacionais subordinados aos internacionais. Nos Dicionários (Português, Inglês e Francês) a palavra “governança” inexiste. Em português as palavras que mais se aproximam foneticamente da palavra governança são: comilança, cujos sinônimos são fartura, abastança, abundância e excesso - e cujos antônimos são escassez, pobreza, concussão, desvio, ladroeira, patifaria e negociata; e a palavra lambança, cujos sinônimos são trapaça em jogo, intriga e trabalho mal feito – e cujos antônimos são roubalheira e ladroagem.
Na RIO+20 as “teses” têm títulos diferentes: Economias Verdes e novamente, Erradicação da Pobreza, já decodificada. Mas, os objetivos são idênticos, todos focando o objetivo maior que é o de alcançar o desenvolvimento sustentável, ou seja, vincular o desenvolvimento dos Estados-alvos à  dependência.
A “tese” das Economias Verdes significa, para o Brasil, que o verde da Floresta Amazônica e demais florestas brasileiras com suas respectivas biodiversidades e floras deverão permanecer imobilizadas a disposição dos interesses das empresas mineradoras, dos laboratórios pesquisadores da biodiversidade, do mercado internacional de “commoditties” e dos consórcios internacionais de distribuição de “commoditties”.
 A antítese são as “teses” decodificadas: somente os ignorantes - ausentes de saber por falta de informação – ou, os colaboradores, colaboracionistas e entreguistas sem visão de estadista, podem tentar defender e tentar aprovar “teses” cujo objetivo é a estagnação da parte fértil do território brasileiro.
Eis a síntese das “teses” que serão ferozmente defendidas. Mas, que é de se esperar, sejam todas reprovadas e rechaçadas na RIO+20. Em respeito às populações dos Estados subdesenvolvidos em estado de miséria crítica e em respeito aos nacionais e estrangeiros residentes no Brasil – há mais de sessenta anos contribuindo de fato e de direito para o desenvolvimento do país onde residem. O Brasil inclusivo, amigo e ótimo parceiro comercial de sócios diversificados - merece e exige respeito! *Curriculum Lattes