segunda-feira, 3 de abril de 2017

OS EMPRÉSTIMOS DA MONARQUIA e sua inépcia, permitindo ao invasor reinar mercantilmente no Brasil

Placa na entrada do primeiro cemitério dos judeus hispano-portuguesa, construído em 1656 em Nova York, onde vários judeus que viveram em Recife durante o período holandês estão sepultados.
D. João abria os portos do Brasil  ao comercio da Inglaterra, os navios ingleses podiam ser reparados nos portos brasileiros, foro e jurisdição especial aos súditos britânicos, favoreciam-se nas alfândegas as mercadorias, verdadeiro monopólio comercial que fez baixar as exportações portuguesas para o Brasil de mais de 50%.  Livres de Portugal em 1822,  engano! fomos transformados em colônia da casa bancaria judaica Rotschild, meia dúzia de indivíduos dessa raça, donos do ouro e das associações secretas, dando ordens ao mundo inteiro. Os empréstimos se multiplicam, a Rainha, as fragatas e os emigrados,  o 2.° casamento de D. Pedro I.  Nathan Mayer Rotschild comprou ao Kahal de Londres, para si e seus descendentes ou representantes o direito de exploração do Brasil do centro da terra até as mais altas nuvens do céu. Teria sido caro ou barato? Nunca o saberemos. O empréstimo da independência. O milhão de libras, opção para a segunda parte do empréstimo — £ 2.000.000: comissão de 4% sobre os gastos (condição 7.ª); monopólio das compras de qualquer material de que carecesse o Governo Imperial entregue à firma dos emprestadores (cond. 9.ª) e que os contratadores do empréstimo se esforçariam por obter; 2½% sobre a compra ou a venda de quaisquer mercadorias para o Brasil ou do Brasil; l % sobre todas as nossas compras e vendas de prata e ouro; l % sobre todas as letras de câmbio vindas para o nosso país ou dele remetidas para o estrangeiro; l½% sobre todos os seguros de embarque de ouro e prata, e demais transações.  Jacob Cavalcanti disse: “o mau estado das finanças do Brasil-Colônia, nos dias próximos à sua independência, retratava a desordem financeira da metrópole; de sorte que o Brasil, tornado independente, entrava logo no regime dos déficits orçamentários e caminhava a passos largos para a subordinação ao crédito estrangeiro”.  fomos vendidos aos judeus de Londres.  Os negociadores desse pacto, Barbacena e Itabaiana, eram íntimos e se tratavam em carta por amigo do coração. O primeiro fora acreditado plenipotenciário do Brasil na Grã- Bretanha por uma carta credencial de 12 de agosto de 1822.  

“Trotski e Rotschild marcam a amplitude das oscilações do espírito judaico; estes dois extremos abrangem toda a sociedade, toda a civilização do século XX.” (Opinião do judeu Kadmi citada em Léon de Poncins - "Les forces sécrétes de la Revolution").


OS EMPRÉSTIMOS DA MONARQUIA
(1824-1889)
BRASIL Colônia de Banqueiros
Gustavo Barroso Ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras
CAPÍTULO I

  • Depois de proclamada a Republica em 1889, piorou a  situação do Brasil. A velocidade adquirida com os empréstimos da monarquia se acelerou ao sopro dos desperdícios republicanos e rolamos mais depressa para o abismo... 

Em 1818, o viajante inglês Henry Koster, depois de nos ter visitado e observado, escrevia que o Brasil mudara de metrópole, cessando de “depender de Portugal para se tornar colônia da Grã Bretanha1 .” O conceito era pesado, mas justo. E acrescentava outro, bebido no que ouvira, durante a sua estadia: o de que no nosso país só os ingleses podiam viver bem. “O inglês reinava mercantilmente sobre a inépcia portuguesa”, afirma Oliveira Martins2 . Reinaria, portanto, conseqüentemente, sobre a então melhor colônia do Reino. Esse domínio vinha de longe, da tratado Methuen de 1703, como o reconhecia o próprio marquês de Pombal numa carta.
Mal passava uma semana que se abrigara entre nós, corrido pelos granadeiros de Junot, o príncipe-regente D. João abria os portos do país ao comercio das nações amigas, isto é, ao comercio da Inglaterra, única capaz de exercê-lo. Em 1809, os seus emporocratas exigiram mais e por isso se iniciaram as negociações de que resultou o tratado preferencial de comércio, assinado em 10 de fevereiro de 1810. Por ele, os navios ingleses podiam ser reparados nos portos brasileiros, concediam-se foro e jurisdição especial aos súditos britânicos, favoreciam-se nas alfândegas as mercadorias de Albion com o direito de 15% ad valorem, 9% menos do que as de qualquer outra nação. Era um verdadeiro monopólio comercial que fez baixar as exportações portuguesas para o Brasil de mais de 50%3 . Koster estava certamente ao par de tudo isso e o seu conceito, portanto, era, como dissemos, pesado, mas justo. Livres de Portugal em 1822, não nos libertamos da metrópole comercial inglesa senão lá para 1834, pois até essa data duraram os efeitos do tratado preferencial. E passamos a um jugo pior:  , em colônia do supercapitalismo internacional, que não tem pátria e como que obedece a leis secretas de aniquilamento de todos os povos. Há uma grande documentação que prova isso. Em 1806, por exemplo, num documento escrito pelo seu próprio punho, Sismondi já denunciava o judaísmo como o disfarçado organizador das seitas anti-cristãs, das sociedades secretas, da derrubada dos tronos, do enriquecimento pela usura, com o fito de dominar o mundo. Herder condenou a filantropia cristã, o nosso eterno sentimentalismo diante desse PERIGO FORMIDAVEL pelos seus efeitos dissolventes e desmoralizantes. Em 1811, de Maistre previa a morte da Rússia nas suas mãos. Em 1816, prevenia em carta o czar. Em 1823, Goethe, profetizava que sua influência extinguiria os sentimentos morais na Alemanha. Em 1844, lê-se no romance “Coningsby” de d'Israeli que o mundo é governado por personagens muito diferentes daqueles que imaginam os olhos que não penetram atrás dos bastidores. Em 1847, Bismarck, num discurso ao Landtag prussiano, pedia textualmente que “os cristãos fossem emancipados dos judeus.” Em 1869, Gougenot-Desmousseaux mostrava o judeu agindo na sombra, - meia dúzia de indivíduos dessa raça, donos do ouro e das associações secretas, dando ordens ao mundo inteiro. Em 1877, Calixto de Wolskí, baseado nos documentos irrefutáveis de Brafman, dava à publicidade o segredo desse domínio nos países moscovitas. E, enfim, em 1906, a formidável documentação dos chamados Protocolos dos sábios de Sião, embora apregoados como uma falsificação, veio confirmar ponto por ponto todos os libelos acusatórios anteriores. “As crises financeiras que se manifestaram várias vezes nos países de grandes concentrações de capitais, nestes últimos tempos, revelaram o divórcio absoluto entre os interesses das nacionalidades e os dos grupos financeiros. A fuga do ouro, de país para país; os pânicos das praças, conseqüentes de maquinações propositais; as contradições econômicas e políticas, assinalando uma marcha segura em detrimento das autoridades nacionais, - tudo isso pôs em evidência um fator absolutamente imprevisto no mundo moderno: a existência  de uma política imperialista, que foge aos impositivos nacionais. Tivemos, antigamente, o imperialismo militar, das nações fortes, que reduziam países livres a condições de escravidão. Em seguida, tivemos o imperialismo das nações econômicas, que conquistavam mercados para seus produtos. Foi dentro desse imperialismo complexo; dentro da luta econômica de povos contra povos que germinou um novo imperialismo, inimigo de todos os povos. É que o capitalismo, na sua obra de infiltração internacional, desnacionalizou-se; perdeu a idéia da pátria, tornando-se um destruidor de todas as pátrias (semitismo). O Estado liberal-democrático, adotando todas as normas do liberalismo econômico, facilitou a expansão dessa força dominadora. Havendo todos os povos erigido ao capital o culto de suas homenagens, esse novo Deus passou a oprimir os governos, a assoberbar os Estados, na sua marcha avassaladora. Tendo-se facilitado tudo ao capital, este passou a atentar contra os princípios fundamentais da civilização cristã, como sejam o princípio da família e o principio da nação. O capitalismo é hoje, no mundo, um permanente proletalizador das massas, um continuo transmutador de valores morais, um açambarcador de economias privadas, um opressor da agricultura, da indústria e do comercio, tudo submetendo ao seu império. O capitalismo organizado, segundo a rota que lhe traçou Karl Marx, torna-se o inimigo do próprio capital. Pois o capital é a conseqüência natural do princípio da propriedade, ao passo que o capitalismo organizado é a negação daquele princípio.Na sua marcha avassaladora, a organização capitalista do mundo procura, antes de tudo, penetrar no organismo das nações, afim de aniquilá-lo. Começa, portanto, pela escravização dos governos. Essa escravização se opera através dos “favores”, dos empréstimos, pois o primeiro passo para tornar um governo escravo é torná-lo devedor. Quando essa potestade internacional pretende reduzir um povo às condições de escravo, o que ela faz naturalmente não é mandar exércitos: manda banqueiros. Assim, prossegue a marcha da escravidão de um povo. Os empréstimos se multiplicam; as emissões espinhosas se reproduzem; as operações e negócios estabelecem a trama com que se manieta a nacionalidade. E um país que chegou a esse ponto não tem mais do que deixar-se sugar pelo tremendo polvo que 1he lançou as antenas. Pois a confusão se estabelece em todos os quadrantes da vida nacional. Os partidos políticos, em cuja proa aparece a catadura dos amigos dos banqueiros, assumem atitudes as mais variadas, para iludir o povo, ora com o regionalismo separatista, ora com o acenar novas e maiores liberdades, ora a defender obscuros princípios revolucionários. O povo aplaude e acompanha esses políticos que estendem sobre os banqueiros internacionais a clámide pura de suas intenções patrióticas, sagrando-os amigos da Pátria. O exame de todas as transações, efetuadas pelos nossos governos, o alarma nacional contra a avassaladora influência de grupos financeiros que aqui exploram e se dissimulam em mil faces, muitas verdadeiramente simpáticas, mas todas expressivas da mesma inexorável política subterrânea, a atitude franca, leal e decisiva contra qualquer tentativa, por parte de políticos, de partidos ou de homens públicos, no sentido de acobertar. os latrocínios, que matam toda a vitalidade nacional, tudo isso são deveres que se impõem à nova geração brasileira. Libertar o Estado das forças que se formam a ele paralelas; impor a autoridade da nação, acima de tudo; ir às extremas conseqüências de uma campanha sem tréguas, esse o verdadeiro caminho do povo brasileiro e principalmente da sua mocidade4 .” O fenômeno vem se precisando de longa data. Já em 1545, Lutero abria os olhos dos povos contra esse capitalismo, então nascente: “Eles (os banqueiros e capitalistas) têm todas as mercadorias nas mãos e fazem com elas o que bem entendem, sem receio de elevar ou abaixar preços conforme sua conveniência, oprimindo e destruindo os pequenos comerciantes, do mesmo modo que o peixe maior devora os peixinhos dentro d'água. Parece que foram instituidos senhores de todas as criaturas de Deus e libertados de todas as leis da fé e do amor . . . Somente se contentarão quando tiverem sugado o mundo inteiro e todo o ouro do universo lhes encher a pança... Todos estão expostos ao perigo e à ruína, ganha este ano, perde no seguinte, menos eles, os capitalistas, que ganham sempre, eternamente, ou reparam as perdas com novos lucros. Não é de admirar, pois, que tomem conta do mundo5 .” Entregamo-nos a esse polvo no inicio de nossa vida, com o primeiro empréstimo que fizemos no estrangeiro logo após a independência e que nos tirou para sempre a independência. Que havíamos de fazer? Pobres, sem recursos, pedimos dinheiro emprestado. Nossos estadistas seguiram o hábito da época. A nova nação deu-se, ao nascer, de mãos atadas ao capitalismo sem pátria. Metido o pé nas suas misteriosas engrenagens, o corpo todo do Brasil haveria de, em um século, passar por entre as moendas do engenho de fazer ouro. Elas espremeriam de seu pobre povo suor e sangue. E, depois de assim dessorado, sugado, espoliado, ainda os literatos em busca de êxitos fáceis viriam considerá-lo inerte e preguiçoso, apelidá-lo Jeca Tatu e fazer, pervertidamente, o Retrato do Brasil. Ao brasileiro roubado e escravizado, brasileiros não se pejaram de caluniar! “Conquanto a independência do Brasil - escreve Castro Carreira6 - não fosse conseguida à custa de grandes sacrifícios de vidas e dinheiro, todavia se aumentaram em muito os seus compromissos, que, juntos aos novos encargos naturalmente criados, como se verá no desenvolvimento de suas despesas, fizeram o país principiar sua vida lutando com as dificuldades dos déficits e do recurso aos empréstimos, no qual se tem mantido.” Em 1922, escrevendo sobre o centenário de nossos empréstimos, o sr. Jacob Cavalcanti disse: “o mau estado das finanças do Brasil-Colônia, nos dias próximos à sua independência, retratava a desordem financeira da metrópole; de sorte que o Brasil,. tornado independente, entrava logo no regimen dos déficits orçamentários e caminhava a passos largos para a subordinação ao crédito estrangeiro”. Tornava-se independente para ficar subordinado... Entramos na vida independente onerados com um empréstimo português, cuja responsabilidade assumimos e com uma tradição de finanças sempre arrebentadas. Dez anos antes, em 1812, o escrivão do Real Erário, Manuel Jacinto Nogueira da Gama, depois visconde de Baependi, declarava lastimável o estado do Tesouro, confessando que não tinha dinheiro nem para pagar aos empregados públicos, que, para não morrerem de fome, esmolavam “o pão da caridade”. Havia tropas a que se deviam vinte e seis meses de soldo! No Manifesto de 6 de agosto de 1822, o Príncipe D. Pedro clamava, referindo-se às Cortes de Lisboa: “Lançou mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregado de uma dívida enorme nacional.” Estendemos a sacola aos banqueiros judeus de Londres, pedindo o favor dum empréstimo e combinamos que seria lançado naquela praça em duas vezes. O contrato da primeira foi passado a 20 de agosto de 1824, entre o marechal de campo Felisberto Caldeira Brant, mais tarde marquês de Barbacena, e o conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, mais tarde visconde de Itabaiana, e as casas bancárias Baseth Farquhar Chrawford & C.ª, Fletcher, Alexander & C.ª Thomas Wilson & C.ª 7 . O da segunda foi realizado pelos mesmos com o banqueiro Nathan Mayer Rotschild. A autorização para o contrato de empréstimo foi dada pelo decreto de 5 de janeiro de 1824, sendo ministro da Fazenda Mariano José Pereira da Fonseca, mais tarde visconde e marquês de Maricá. É a primeira vez que esse nome, famoso por muitos títulos nos anais da finança internacional, aparece na nossa história.Nunca mais sairá dela: Os brasileiros devem guardar bem guardada a lembrança da data: – 12 de janeiro de 1825. Nesse dia, os banqueiros puseram o pé sobre o nosso corpo, passamos a pertencer-lhes e durante cem anos para eles trabalhamos. Entretanto, embriagada pela vã palavra de liberdade, a nação se divertiu com a Abdicação, as rebeldias da Regência, a Maioridade, as guerras do 2.° Império, a Abolição e as revoltas da República, entremeadas de quedas de gabinetes, de mudança de regimes, de sucessões governamentais e de ditaduras, enquanto que, por trás dos bastidores, só os banqueiros, de mãos dadas aos políticos, a governavam e a exploravam. Já é tempo de dizer a verdade ao povo brasileiro. Ela não consta, senão veladamente, das mensagens oficiais. Calou-a sempre a boca mentirosa ou covarde dos políticos do liberalismo. Embora acoimados pelos comunistas de servirem ao capitalismo, os Integralistas são os que até hoje têm tido a coragem de pregá-la – para que o colosso acorde, se espreguice, quebre as cadeias e, erguendo o tacape duma verdadeira liberdade, espatife os ídolos e os bezerros de ouro. Já basta de se dizer que a casa Rotschild presa tanto os títulos brasileiros que com eles constitui o dote de suas filhas casadouras. Já basta de considerá-los nossos amigos, como eu próprio me penitencio de o haver feito, levado por essas balelas e por ainda não ter estudado a fundo os nossos empréstimos8 (1). Tudo isso é muito bom para embair os tolos através da leitura dos jornais. Mas a verdade é outra e bem trágica: essa propaganda, contumaz e esperta, oculta tão somente o trabalho forçado de gerações e gerações de brasileiros. Nathan Mayer Rotschild! Este nome está preso a toda a engrenagem financeira mundial do começo do século. Seu portador assiste, de longe, a batalha de Waterloo, vê a derrota de Napoleão, corre à costa belga, paga a peso de ouro o barco dum pescador, atravessa a Mancha em pleno temporal, arrebenta cavalos até alcançar Londres e surge na Bolsa com a mais tranqüila fisionomia deste mundo. Sorri e começa a vender seus títulos. Todos pensam que deve estar ao par de novas terríveis da guerra, pois nada ainda transpirava do fatal encontro de Napoleão com Welligton e Blûcher. Só ele o conhecia e de visu. O pânico ganha os portadores de ações, de bônus e de apólices. Baixa pavorosa! Os agentes de Nathan compram tudo por dez reis de mel coado. Mais tarde, chega a notícia da estrondosa vitória e todos aqueles papéis, como é natural, sobem vertiginosamente. Estão na quase totalidade em mãos da casa Rotschild, que realiza um ganho colossal e, á sombra dessa formidável riqueza começa a dominar a Europa9 : Caíra o império militar de Napoleão, a maior potência política da época, e nascia o império argentário de Rotschild, a maior potência financeira dos novos tempos. Aquela barca que o trouxera a Londres não estava armada em corso - escreve Calixto de Wolski10 –, mas serviu à primeira façanha de pirataria financeira do século! E acrescenta: “Tudo isso foi encantadoramente fácil, devia ter dito com seus botões o fundador da raça de nossos reis atuais. Nunca se poderá saber o que intimamente pensou da revoltante incapacidade dos cristãos para a liquidação de suas contas. Quanto aos reis e imperadores, mais autênticos, porém menos hábeis do que ele, Rotschild, ínfimo corretor dum principezinho alemão; esses imperadores e reis, assombrosos pastores de povos, não compreenderam que eles e seus povos iam assistir à eclosão dum novo poderio, e .que os operários que trabalhavam na edificação desse poderio eram verdadeiros gênios. As testas coroadas - mais ou menos ungidas - não possuíam ciência infusa! Iam em breve ter outros cuidados. Seus povos, aliás, aborrecidos pedinchões de Constituições, Cartas e outras liberdades do mesmo quilate, trabalhavam inteligentemente em favor do jogo dos judeus, fazendo... revoluções, sempre liquidadas com empréstimos, conversões e outras velhacadas!...” Tripotages, diz o texto. Calixto de Wolski escrevia isso no prefácio da “Russie Juive” em 1882. Pouco tempo depois, morria misteriosamente... Quem não sabe que é perigoso descobrir certas maroscas?... A sociedade chegou a um ponto de bastardia moral tão grande que não compreende mais que se condenem os atos dessa natureza. Chama-se a isso habilidade. Aperta-se a mão e coroam-se com títulos os homens que desse modo procedem, enquanto se mete na prisão o desgraçado que furtou um níquel para matar a fome dos filhos. O argentarismo sem piedade ganha, assim, bilhões, pouco se lhe dando dos prejuízos alheios, das nações que se digladiam, do sangue derramado nos campos de batalha, das viúvas e órfãos sem pão, das economias de povos inteiros que se submergem nas voragens das bolsas! A isso chama com razão a voz da Igreja immodica possidendi libido e isso é a grande causa das aflições por que tem passado, vai passando e ainda há de passar o mundo. O domínio do planeta por esses meios vem de longa data e é curioso que caiba sempre ao judeu. Antes dos Rotschild, os Fugger de Augsburgo o haviam conseguido por análogos processos, perturbando o ritmo da vida ocidental e desviando a própria civilização de seu rumo. No ano de 1367, o primeiro Fugger se estabeleceu naquela cidade alemã e começou a fortuna que um centenário depois era formidável e decidia da eleição de Carlos V como imperador da Alemanha11. Entre outros, Aloys Geiger nos conta que fizeram do arcebispo de Mogúncia seu testa de ferro, por ele conseguiram o monopólio da venda das indulgências papais e a realizaram com tal despudor que provocaram a revolta de Lutero. Em verdade, o arcebispo-e-leitor arrematara na Cúria Romana a percepção das indulgências do Jubileu por 10.000 ducados. Devia, porém, 20.000 aos Fugger e cedeu-lhes em pagamento aquela percepção a que eles deram caráter de verdadeira exploração comercial, ávidos de lucro. Tetzel, o famoso perdoador das apóstrofes luteranas, andava acompanhado do representante da casa Fugger12. Ao mesmo tempo que traficavam com as indulgências da Igreja, esses argentários inescrupulosos organizavam em pleno século XVI um cartel do cobre, impondo pelo monopólio do comércio desse metal o seu preço em todos os mercados europeus e drenando para seus cofres rios de ouro. Daí a palavra fuggern, comum na linguagem corrente da Alemanha do Sul, significando falta de escrúpulo13. E a voz de Chamberlain se eleva com estranha autoridade nesta condenação formal: ''Emancipado dos entraves salutares que o associam aos interesses da comunidade, o indivíduo somente conhece como lei o arbítrio sem freio de seus caprichos. A escolha dum imperador dependerá dos cálculos imbecis dum filho de tecelão que unicamente enxerga suas vantagens pessoais. Não exagero, porque, graças ao concurso dos Fugger e dos Welser, Carlos V foi eleito e pode empreender a nefasta guerra da liga de Smalkalde.”14 Antes dos Fugger, fora no século X o opulento João o Bom. Então, segundo a palavra de Dante, a Itália era a "hospedaria da dor", mas, no meio dessa dor, ele nadava em ouro, ele, o judeu que intervinha nas eleições dos Papas e fizera de seu filho o Anti-Papa Anacleto!... Eis de longa data a mola secreta que explica os atos de muitos governantes. Na sombra, por trás deles, estão os João o Bom, os Welser, os Fugger, os Rotschild, os Zaharof, os Baruch, os Staviski e outros, calculando tão só os lucros da sua immodica porsidendi libido, sem o menor respeito e muito menos o menor amor pela sorte das nações que dependem do seu maldito dinheiro. É tempo de voltarmos ao empréstimo da independência. O milhão de libras da primeira operação nos foi dado pelo prazo de 30 anos, com 1% de amortização, 5% de juros anuais e tipo de 75, o que quer dizer que recebemos £ 750.000, mas ficamos devendo £ 1.000.000. A margem de £250.000, linda soma naquelas priscas eras, ficou soi-disant para as despesas do empréstimo e, sobretudo, para ser repartida entre os intermediários, os de lá e os de cá. Nessa  margem, está o segredo do êxito dessas operações e do açodamento de certos homens de Estado em fazê-las. Por esse lucro imediato, eles, cegos de cupidez, não trepidam em sacrificar o futuro do seu povo e é com essa isca dourada que Israel vai cumprindo à risca aquela promessa das Escrituras: “Tu devorarás todos os povos que o Senhor teu Deus te entregará.”15 Por isso, a usura é proibida entre eles desta sorte: “Não farás mal algum à viúva nem ao órfão. Se vós os ofenderdes, eles gritarão por mim e eu ouvirei os seus clamores!” E de outros modos. Mas é autorizada para os estrangeiros. Basta ler: Deuteronômio, XV, 1 etc.; Êxodo, XXIII, 20, 21 e Gênesis, XXII, 22, 23. O contrato com Thomas Wilson e seu séquito contêm cláusulas que valem a pena conhecer: opção para a segunda parte do empréstimo — £ 2.000.000: comissão de 4% sobre os gastos (condição 7.ª); monopólio das compras de qualquer material de que carecesse o Governo Imperial entregue à firma dos emprestadores (cond. 9.ª) e que os contratadores do empréstimo se esforçariam por obter; 2½% sobre a compra ou a venda de quaisquer mercadorias para o Brasil ou do Brasil; l % sobre todas as nossas compras e vendas de prata e ouro; l % sobre todas as letras de câmbio vindas para o nosso país ou dele remetidas para o estrangeiro; l½% sobre todos os seguros de embarque de ouro e prata, e demais transações!!!! Quem duvidar procure a obra já citada de Castro Carreira e leia o texto do leonino instrumento pelo qual fomos vendidos aos judeus de Londres. Os negociadores desse pacto, Barbacena e Itabaiana, eram íntimos e se tratavam em carta por amigo do coração. O primeiro fora acreditado plenipotenciário do Brasil na Grã- Bretanha por uma carta credencial de 12 de agosto de 1822. O segundo fora incumbido especialmente dos ajustes para o reconhecimento da independência. As instruções para tratarem do empréstimo lhes foram enviadas em 1824 pelo ministro e secretário de Estado visconde de Maricá. Elas marcavam o mínimo de 80 para o tipo e o máximo de 6% para os juros. Os decretos de 30 de dezembro de 1824 e de 28 de fevereiro de 1825 aprovaram as duas operações conjuntas. Defendendo-se mais tarde das acusações que lhe foram feitas, Barbacena diz16 que obteve melhor tipo do que o fixado nessas instruções, pois, se a primeira e menor parte da operação obtivera o tipo 75, a segunda e maior obtivera o 85, sendo, pois, a média de tipo de todo o empréstimo 81 2/3. Apesar da opção contratual, os banqueiros Wilson e todo o seu numeroso bando não tomaram a seu cargo o lançamento da segunda operação do empréstimo. Não há no Tesouro nenhum documento, nem nos livros, publicações e correspondências do tempo qualquer referência que elucide o caso. Claro está que não pode ter sido por prejuízos havidos, embora Barbacena se refira a uma baixa imediata dos títulos. Nós sabemos bem como funcionam as altas e baixas ao sabor das mais indecorosas especulações. O negócio foi dado a outro, que o aceitou com todos os riscos, mau grado as perdas aludidas. Wilson e sua matula não fizeram a menor reclamação. É que o urubu-rei descera das alturas onde remigiava desde que a Inglaterra encadeara nas rochas de Santa Helena a águia napoleônica. Toda a urubuzada, camirangas, unas, tingas, e caracarás afastou-se respeitosa, afim de que Sua Majestade examinasse o repasto e visse se era digno de seu real bico. A Velha Guarda morrera sob a metralha de Waterloo para que a sombra de outras asas substituísse na face do mundo a sombra colossal daquelas que se tinham começado a fechar com o calor da Espanha e o frio da Rússia. E essas asas eram asas de abutre... Temos de admitir uma intervenção forte e discreta, se não secreta, que arredou a malta-mirim dos Wilson, Fletcher, Bazeth, Farquhar et reliqua, entregando o bolo definitivamente à família-assu, a quem os inefáveis mistérios da alta finança internacional reservavam o direito de exploração do Brasil. O feliz mortal escolhido foi — como se viu e ainda se verá —- Nathan Mayer Rotschild a cujo "poder colossal" em uma de suas próprias cartas Barbacena se refere com respeito17. Quando Schiller escreveu que os judeus formam um Estado no Estado, sabia perfeitamente que escrevia uma verdade. Lembrava-se talvez daquele rescrito do imperador Tibério, expulsando os judeus de Roma justamente por este motivo. E, quando, em 1870, o judeu convertido Brafmann publicou em Vilna o seu Livro sobre o Kahal, foi que o mundo viu claramente a organização desse Estado no Estado que amedrontara Tibério e Schiller revelara. Ele se compõe de dois órgãos: o judiciário ou Beth-Dine e o administrativo ou Kahal. Este é quem regula o modo pelo qual os israelitas devem explorar os cristãos, de maneira a não haver choques  violentos entre seus interesses e receber a direção do Kahal os subsídios necessários a manutenção desse aparelho. Transcrevemos na íntegra um dos documentos autênticos publicados por Brafmann na obra citada. Ele dará idéia clara e perfeita do assunto. “Quinta-feira, véspera da lua nova. Acra 5562. Os representantes do Kahal e a assembleia geral composta de todas as autoridades judaicas da cidade decidiram que o direito de explorar o hospital da cidade (Vilna) e sua praça situada ao fim da rua Kaidony e pertencentes aos monges católicos é vendido ao Rabino Isaque, filho de Gerson. Ao mesmo é igualmente vendido o direito de explorar a praça pertencente à municipalidade e situada nas proximidades das propriedades acima referidas. Esse direito de exploração das propriedades dos cristãos é vendido ao dito Rabino Isaque, a seus descendentes ou representantes, do centro da terra até as mais altas nuvens do céu, sem que ninguém possa nunca lhe contestar o direito pago por ele à caixa do Kahal pelo preço convencionado. Conseguintemente, esse direito é inviolável por toda a eternidade e o dito Isaque pode dispor dele a seu bel-prazer, isto é, revendê-lo, empenhá-lo, doá-lo. Se o Rabino arranjar com os membros da municipalidade a autorização de levantar algumas construções na praça, cujo direito de exploração adquiriu do Kahal, poderá construir casas e quaisquer outros edifícios, de madeira, pedra ou tijolo. Se o governo se apoderar dessas praças, afim de nelas erguer quartéis ou outros edifícios públicos, é severamente proibido a qualquer judeu fazer qualquer contrato com o governo, porque só Isaque filho de Gerson tem o direito de entrar em combinação com os poderes públicos para obter a adjudicação dos trabalhos. É, além disso, expressamente proibido a qualquer judeu receber quaisquer comissões dos mesmos, pois somente Isaque filho de Gerson poderá ser o intermediário do governo ou da municipalidade em tudo o que se relacione com os locais de que comprou o direito de exploração. Cada Kahal do mundo inteiro é concitado a proteger esse direito adquirido por Isaque filho de Gerson para ele, seus descendentes e representantes. Cada Kahal e cada Beth-Dine devem perseguir todo indivíduo que queira por obstáculo ao pleno e inteiro exercício desse direito, tratá-lo como inimigo e forçá-lo a pagar todo o prejuízo que possa resultar de sua ingerência hostil; e, em caso de negligência da parte do Kahal ou do Beth-Dine em perseguir o delinqüente, constrangendo-o a indenizar os prejuízos de Isaque filho de Gerson e seus descendentes, o Kahal será responsável com a sua caixa, no mais breve prazo possível, por essa indenização. A publicação desta escritura de venda será enviada a todas as sinagogas.”18 Certamente todos os brasileiros gostariam de saber por quanto Nathan Mayer Rotschild comprou ao Kahal de Londres, para si e seus descendentes ou representantes o direito de exploração do Brasil do centro da terra até as mais altas nuvens do céu. Teria sido caro ou barato? Nunca o saberemos. O Kahal, diz Wolski, profundo conhecedor do assunto, é o modesto estado-maior que dirige silenciosamente uma guerra implacável contra a economia cristã. Se até hoje as polícias de todos os países têm sido impotentes contra a Migdal, sociedade secreta judaica que organiza e explora a prostituição no mundo inteiro, como poderão segurar esse silencioso estado-maior que já provocava o receio do imperador Tibério, a cujo nome Cícero estremecia na tribuna do Fórum, que ajudou serenamente a levar a infeliz Rússia ao domínio dos comunistas e ensopou de sangue a Hungria e a Baviera?19 Nunca o saberemos? Vale a pena recordar as palavras do próprio Cícero, ao defender Flaco, quando ele revela, antes do cristianismo, o poder oculto do Kahal Kados, a Santa Comunidade: “Sequitur auri illa invidia Judaici. Hoc nimirum est illud quod non longe e gradibus Aureliis haec causa discitur; ab hoc crimen hic locus abs te, Laeli, atque illa turba quaesita est: scis quanta sit manus quanta concordia, quantum valeat in concinionibus. Summiss voce agam, tantum ut indices audiant. Neque enim desunt, qui istos in me, atque in optimum quemque incitent: quos ego, quod id facilius faciant, non adjuvabo”. O documento é tão importante que merece ser traduzido e grifado nas passagens mais dignas de nota do texto: “Vem em seguida a odiosa imputação do ouro dos judeus! Sem dúvida, é por esse motivo que a causa se pleiteia ao pé dos degraus aurelianos. Foi por causa dessa acusação que escolhestes este lugar, Lélio, e a espécie de ouvintes que vos rodeiam. Sabeis qual o seu número, como são unidos e de que influência gozam em nossas assembléias. Evitarei, pois, levantar a voz; quero somente que os juizes me escutem; porque não faltarão indivíduos dispostos a manobrar essa gente contra mim e contra os melhores cidadãos. Não quero fornecer aqui novas armas à sua malevolência”20. O cesarismo de Tibério defendera-se, porque sentira a palpitação dum como Estado racial e teocrático dentro do Estado Imperial. Assim tem de ser, como inexorável fatalidade, onde quer que os judeus se apresentem. Segundo Renan, o que constitui uma nação é o casamento do homem com a terra. Só esse casamento produz a comunhão de interesses materiais e de sentimentos capaz de criar uma nação. Os judeus não realizam nunca esse casamento. Daí a eterna antinomia entre eles e qualquer Estado digno desse nome, e, portanto, com capacidade de reação que não permite gozem as vantagens do judaísmo sem os ônus dos outros habitantes, em vista do estatuto particular motivado pela religião que os livra em geral de várias coisas, como por exemplo o serviço militar. (Existem casos de pessoas nascidas no Brasil, que dizem ser brasileiras, porém fazem de tudo para não prestar serviço militar, nas nossas forças armadas, alguns até preferindo fazê-lo nas forças armadas de Israel!... Nota dos Editores). A própria Bíblia testemunha irretorquivelmente isso, no livro de Ester, quando Aman, ministro de Estado e responsável pela governação do país, diz ao rei Assuero: "Há um povo disperso nas províncias de teu reino que pratica novas leis e cerimônias, e que demais despreza as ordenações do rei". Eis porque Tibério os confinava no bandel de Porta Portese ou os despachava para Sardenha; porque o pretor Hispalus, no ano de 139 (Antes de Cristo!) severamente reprimia em Roma suas perturbações da ordem pública; porque Cláudio mandou fechar as  sinagogas e bani-los da capital do Império; porque contra eles se convocou, na Espanha, o concílio de Elvira; porque o rei Visigodo Egica e o rei godo Wamba os expulsaram; porque o concílio de Toledo lhes proibiu os cargos públicos; porque o abade Pedro de Cluni se revoltava contra eles; porque os persas foram obrigados a destruí-los no século X e os califas a desterrá-los no século XI; porque os mouros de Espanha os chacinaram após a famosa conspiração de Halévy; porque o sultão Amurat II matou até o último dos comunistas que se tinham levantado contra seu pai, Maomé II, chefiados pelo judeu renegado Kemal Udbin; porque todos os historiadores bem informados lhes atribuem os manejos das forças secretas que tem desencadeado as revoluções modernas através do Iluminismo, da Buschenchaft, da Maçonaria, do movimento Haskala, etc.; e porque Hitler os guerreia. A segunda operação do empréstimo da independência foi contratada pelos mesmos negociadores, Barbacena e Itabaiana, com a casa Rotschild. O contrato é tão leonino como o anterior. Os £ 2.000.000 têm melhor tipo, 85, idêntico prazo, juros e amortizações; mas deviam ser dados em doze prestações mensais. Como o sírio, o judeu não passa sem prestações. É uma inclinação racial. Vejamos algumas das condições contratuais: a 3.ª manda contar os juros desde outubro de 1824 e o empréstimo foi lançado em janeiro de 1825! a 4.ª determina a comissão de ½ % sobre a compra das cautelas para a amortização, mesmo quando essas cautelas sejam as dele banqueiro-comprador; a 5.ª concede 4 % para corretagem e despesas, de maneira que a margem do tipo não teve nem essa rasgada desculpa. Os Rotschild comeram sozinhos essa margem sem se engasgarem. Dos 4% da corretagem atiraram a Barbacena e Itabaiana 2%. Baependi, mais tarde, tanto quanto lhe permitiam suas funções e a linguagem oficial, se horrorizava com a negociata. “Quem pode deixar de notar - escrevia - que se peça dinheiro na Europa com grandes sacrifícios e não menos risco do crédito nacional para se pagar no Brasil parte dos juros que se deviam...” E acrescentava claramente que os comissários imperiais encarregados do contrato do empréstimo haviam desfalcado os cofres públicos de 1.900.000 cruzados! Examinado o empréstimo por uma comissão nomeada para isso pela Câmara dos Deputados, esta declarou no seu parecer, entre outras cousas, as seguintes: que, enquanto o Governo Imperial paga 5% de juros sobre qualquer adiantamento de dinheiro fora dos prazos estipulados no contrato, a casa Rotschild nada pagava pelas somas vencidas que conservasse em suas mãos; que da percentagem de 4% sobre a produto líquido da operação metade ficara com Rotschild e metade fora paga a Barbacena e Itabaiana, cabendo a estes um total de £ 72.00021; e que os emprestadores tinham sobre a quantia total, o lucro líquido de £ 3 %. A esse parecer Barbacena replicava com uma Exposição brilhante, mas não muito convincente. “Com esse empréstimo, reconhece Jacob Cavalcanti, iniciouse o prestígio da casa Rotschild no crédito do Brasil, a que tem prestado assinalados serviços.” O grifo é meu e tudo quanto se contem neste livro me autoriza a fazê-lo. Em todas as negociações levadas a efeito para obter os três milhões de esterlinas que nos amarravam para sempre a gleba judaica, única cousa em verdade convincente é o poder colossal de Rotschild que Barbacena reconhecia por escrito. E, quando leio escritores como Draper22 , encarniçados contra o grande poder do antigo Papado, sorrio de piedade dos homens que renegam um poder espiritual, mas se abaixam diante dos Papas do dinheiro... Até 1857, quando o Banco de França obteve liberdade de taxas de juros, a legislação francesa não permitia empréstimos, particulares ou não, a mais de 5 %. A garantia que demos aos banqueiros foi a hipoteca das rendas das alfândegas. Devíamos acabar os pagamentos em 1854. Não o pudemos e os credores magnânimos prorrogaram o prazo por mais dez anos, isto é, até 1864. Desta sorte, o primeiro dinheiro que tomamos emprestado na aurora do Império, nos escravizou até o raiar da guerra do Paraguai! Nossos amigos, os Rotschild!... Em virtude dos tipos 75 e 85 das operações dos nossos amigos banqueiros, ficamos a dever £ 3.000.000, mas somente recebemos £ 750.000, e mais £ 1.750.000. Por essas £ 2.450.000 pagamos £ 6.050.000 de juros, e, somando a isso o capital integral, veremos que o custo total do negócio foi para o Brasil de £ 9.050.00023. Por esse preço fomos vendidos aos banqueiros israelitas ainda no berço! É curioso, antes de prosseguirmos, ver ligeiramente como os referidos banqueiros procedem a essas frutuosas negociatas. Lançam o empréstimo na praça, ficam com certo número de cautelas e o público, os tomadores, com o resto. Depois, eles vão comendo as comissões de venda e de recebimento de juros, tendo posto o pé nos negócios dum país sem despender quase nada. Os tomadores caíram com o capital de que eles descontaram a margem do tipo. A responsabilidade  sobre essa quantia logo retirada é do governo que estendeu a mão pedinchona. Mais tarde, aproveitando as baixas, os banqueiros vão adquirindo os títulos e apertando as rédeas da nação escravizada. Deixam unicamente, neste ou naquele país, certo numero de proprietários de cautelas, que servem para a grita, as reclamações e as constantes ameaças de intervenções estrangeiras com bandeiras nas alfândegas. Esses truques têm um século já e são mais do que conhecidos. Começam a impressionar muito menos do que impressionavam... Tudo isso e mais alguma cousa fazem parte dos segredos da chamada alta finança internacional, cujas imoralidades mais chocantes e cujas transações mais ignominiosas são feitas habilmente, dentro das leis. “O judeu, - escreveu um grande jurista - misturado às civilizações arianas, utilizando o contrato de auxílio mútuo pelo empréstimo fraternal ou o contrato de venda a prazo, os quais, lealmente praticados são instrumentos de utilidade, eqüidade e paz, os transformou em contratos de pilhagem pela usura, pela expropriação e pela especulação na Bolsa. É que se não serve desses instrumentos de modo moral e mesmo não tem consciência de que possam assim ser usados. Resulta disso uma espécie de parasitismo judaico com uma concepção que desnatura o direito.” E acrescenta que esses indivíduos de psicologia diversa da nossa usam o nosso direito a seu modo, sem nem de leve cuidar que o desviam absolutamente de sua verdadeira essência24. Para escravizar o trabalho cristão; os judeus acharam, sempre com o auxilio da política, cúmplices no alto da escala  social. Os imperadores e reis que, outrora, empenhavam as jóias da coroa com os Salomões e Abraãos, passaram pela escola dos judeus e se tornaram os excelentes devedores, os ingênuos descontadores de letras dos tempos modernos. Inaugurando a era dos empréstimos, os judeus tomaram as hipotecas de todos os futuros hipotecáveis: rendas dos Estados, caminhos de ferro, canais, fábricas, etc. Existe ainda algum futuro não hipotecado? Se existe, já está visado e notado por eles 25. Que melhor futuro hipotecável do que este imenso Brasil?! Nas Reflexões sobre a história da Humanidade, há muito tempo já, Herder escreveu este período candente: “Um ministério em que governa um judeu, uma casa em que o judeu tem as chaves das gavetas e armários, uma administração cujas funções principais são confiadas a judeus, uma universidade onde são tolerados como corretores e prestamistas dos estudantes, são outras tantas Lagoas Pontinas que,é preciso aterrar! Porque, de acordo com o velho provérbio: “Onde há carniça, os abutres se ajuntam e onde ha podridão os vermes pululam.” Em virtude de uma convenção adicional ao tratado de 29 de agosto de 1825, pelo qual a nossa independência foi reconhecida por Portugal, o Brasil tomou a seu cargo o pagamento de £ 2.000.000, sendo £ 1.400.000 dos remanescentes dos empréstimo português de 1823 e £ 600.000 de indenizações pelos bens da coroa real deixados no Império. Estes últimos milhares de esterlinas deveriam ser pagos no prazo de um ano a contar das ratificações dos tratados. Entregaram-se logo ao Governo Lusitano £ 250.000. O resto foi sendo dado em prestações à legação portuguesa em Londres. Quando estourou o caso de D. Miguel e D. Maria II se refugiou na Inglaterra, o conde de Palmela utilizou os pagamentos recebidos e os que continuou a receber na causa da Rainha, o que trouxe varias complicações no futuro. Barbacena e Itabaiana tiveram grande parte nelas. Os brasileiros humildes, brancos, caboclos, negros e mestiços, unidos como nos gloriosos dias da guerra holandesa, haviam derramado seu sangue no Genipapo, em Itaparica e em Pirajá. Os brasileiros chamarrados de ouro fizeram as combinações diplomáticas, os pactos de família e as negociatas de dinheiro... Cinco anos mais e batíamos de novo, o que era fatal, humildes, ansiosos, dilacerados de lutas e dívidas, à porta de Thomas Wilson e de Nathan Mayer Rotschild. Em nome do Império distante e assoberbado de dificuldades, o magnífico marquês de Barbacena e o magnífico visconde de Itabaiana, usando duma autorização contida no art. 7.° da lei de 8 de outubro de 1828, tomaram £ 400.000 a juros de 5%, 1% de amortização e o tipo de 52!!! A fumaça da pólvora e da macega queimada das coxilhas de Ituzaingó ainda manchava as fardetas dos nossos caçadores a pé, déramos a liberdade ao Uruguai, perdendo a Cisplatina, e o troar dos canhões do Monte Santiago parecia continuar no crepúsculo do l.° reinado. Enfraquecidos, devíamos nos sujeitar a todas as forcas caudinas... O marquês e o visconde queriam o dinheiro como fosse. Rotschild impôs o tipo 52. Não se conhece na história financeira do mundo cousa mais monstruosa. A imoralidade foi tão grande que o governo inglês chegou a pensar em proibir a operação26. A 1.° de junho de 1829, Barbacena escrevia jubiloso ao Imperador, de Lalenham, dizendo que, finalmente, se ajustara, o empréstimo, reconhecendo o público inglês que Rotschild “tinha confiança e fé nos recursos do Império”. E terminava acrescentando que, enfim, se poderiam equipar as fragatas e levar para diante os negócios da Rainha. Para derrubar D. Miguel e reerguer D. Maria, 1á se ia o dinheiro que íamos ficar devendo por dezenas e dezenas de anos! E o marquês se alegrava com a fé e a confiança do poder colossal de Rotschild nos recursos do Império! - Livra! como diz o povo. Sua assinatura não figura, porém, no contrato do empréstimo, que os jornais do tempo apelidaram o ruinoso. Entretanto, ainda se encontrava na Inglaterra. Segundo uma carta que escreveu ao conselheiro Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, de bordo, achava-se no mar em outubro de 1829 27. O contrato traz a data de 26 de junho e somente a assinatura do conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, visconde de Itabaiana. Hipoteca nominalmente a alfândega do Rio de Janeiro. Os juros começam a ser contados de 3 de julho de 1829, data da assinatura do contrato, quer o dinheiro entre, quer não entre. Este será dado em doze prestações mensais. Judeu sem prestação não é judeu. Reserva-se 1/8% para comissão de amortização e corretagem. Não podemos deixar de lembrar aqui aquele trecho em que o grande Emanuel Kant diz o seguinte: “Os palestinos que vivem no nosso meio conseguiram pelo seu espírito de usura uma reputação de velhacos, bem fundada na maioria dos casos. Na verdade, parece estranho imaginar numa nação composta de ladrões; porém ainda mais estranho. é verificar que existe uma nação composta exclusivamente de traficantes que desdenham a honra de viver como os outros habitantes do país que os acolhe, achando mais vantajoso enganá-los.” Premido pelos credores dos gastos diplomáticos de Barbacena, pelas despesas dos emigrados portugueses, ás quais não bastavam os pagamentos feitos pelo Brasil por conta das £ 600.000 da convenção adicional, o visconde suplica um adiantamento. Rotschild dá, mas cobra por ele 4% de juros. Mais, tarde, esta soma entrará no computo total a juros de 5%, de modo que rendeu 9%! O visconde e o marquês a tudo se tinham de sujeitar, porque precisavam de dinheiro para atender a grandes despesas. Segundo confissão do último, com a Rainha, as fragatas e os emigrados, se gastaram £ 177.738, e com o 2.° casamento de D. Pedro I £ 42.272. Estudando o empréstimo de 1829, Castro Carreira diz serenamente que pagaríamos “capital quase duplo do que recebíamos”. E apresenta esta conta em moeda brasileira: Recebemos (?) 2.233:775$555 Pagamos de juros 6.858:143$889 Custou 9.362:147$797 Não recebemos tal. Escrevendo em 1842, em S. Petersburgo, o depois conselheiro Candido de Oliveira28 mostrava que os empréstimos brasileiros realizados nessa época haviam rendido, líquidos, £ 3.712.000; que desta soma apenas recebera o Tesouro Imperial 1.092.000; que a restante e maior parte ficara na praça de Londres e ali fora inteiramente consumida principalmente na alimentação dos mesmos empréstimos, e em outras despesas feitas na Europa por conta do Governo Brasileiro, entre as quais figurava a verba das despesas diplomáticas compreendidas no período de 1825 a 1830 29; e que, finalmente, a despesa total suportada Sua assinatura não figura, porém, no contrato do empréstimo, que os jornais do tempo apelidaram o ruinoso. Entretanto, ainda se encontrava na Inglaterra. Segundo uma carta que escreveu ao conselheiro Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, de bordo, achava-se no mar em outubro de 1829 27. O contrato traz a data de 26 de junho e somente a assinatura do conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, visconde de Itabaiana. Hipoteca nominalmente a alfândega do Rio de Janeiro. Os juros começam a ser contados de 3 de julho de 1829, data da assinatura do contrato, quer o dinheiro entre, quer não entre. Este será dado em doze prestações mensais. Judeu sem prestação não é judeu. Reserva-se 1/8% para comissão de amortização e corretagem. Não podemos deixar de lembrar aqui aquele trecho em que o grande Emanuel Kant diz o seguinte: “Os palestinos que vivem no nosso meio conseguiram pelo seu espírito de usura uma reputação de velhacos, bem fundada na maioria dos casos. Na verdade, parece estranho imaginar numa nação composta de ladrões; porém ainda mais estranho. é verificar que existe uma nação composta exclusivamente de traficantes que desdenham a honra de viver como os outros habitantes do país que os acolhe, achando mais vantajoso enganá-los.” Premido pelos credores dos gastos diplomáticos de Barbacena, pelas despesas dos emigrados portugueses, ás quais não bastavam os pagamentos feitos pelo Brasil por conta das £ 600.000 da convenção adicional, o visconde suplica um adiantamento. Rotschild dá, mas cobra por ele 4% de juros. Mais, tarde, esta soma entrará no computo total a juros de 5%, de modo que rendeu 9%! O visconde e o marquês a tudo se tinham de sujeitar, porque precisavam de dinheiro para atender a grandes despesas. Segundo confissão do último, com a Rainha, as fragatas e os emigrados, se gastaram £ 177.738, e com o 2.° casamento de D. Pedro I £ 42.272. Estudando o empréstimo de 1829, Castro Carreira diz serenamente que pagaríamos “capital quase duplo do que recebíamos”. E apresenta esta conta em moeda brasileira: Recebemos (?) 2.233:775$555 Pagamos de juros 6.858:143$889 Custou 9.362:147$797 Não recebemos tal. Escrevendo em 1842, em S. Petersburgo, o depois conselheiro Candido de Oliveira28 mostrava que os empréstimos brasileiros realizados nessa época haviam rendido, líquidos, £ 3.712.000; que desta soma apenas recebera o Tesouro Imperial 1.092.000; que a restante e maior parte ficara na praça de Londres e ali fora inteiramente consumida principalmente na alimentação dos mesmos empréstimos, e em outras despesas feitas na Europa por conta do Governo Brasileiro, entre as quais figurava a verba das despesas diplomáticas compreendidas no período de 1825 a 1830 29; e que, finalmente, a despesa total suportada  espremer ouro do infeliz e caluniado Jeca-Tatu, o começo do giro dum parafuso sem fim... Dez anos passaram e tivemos de apelar para novo empréstimo, afim de suprir insuficiências de rendas. Em todos os relatórios ministeriais da época se verifica o regime dos déficits. O Império liberal possuía soberania jurídica, mas não possuía soberania econômica e tinha de proceder forçosamente como um simples particular. Era regente do Império Pedro de Araujo Lima e ministro da Fazenda Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de Abrantes. Havia déficits em três orçamentos: Fazenda, Marinha e Guerra. A 5 de fevereiro de 1839, contraímos esse empréstimo com os banqueiros Samuel & Philips: Assinou-o o nosso encarregado de negócios em Londres, José Marques Lisbôa. Havia dez anos que Rotschild nos esfolava. Agora cabia a outro, não se sabe por que secreta combinação, a nova esfola. Capital real: £ 312.500, tipo 76, juros 5%, prazo 30 anos. Tudo isso, em resumo, quer dizer: por £ 237.500 recebidas £ 503.000 pagas! O Anuario da Bolsa de 1931 dá, para esse empréstimo o tipo 76; o autorizado sr. Jacob Cavalcanti, 73. Na dúvida, preferi o mais favorável. As contas do senador Castro Carreira, tiradas da escrita do próprio Tesouro, acusam o seguinte: Recebidos 3.623:755$278 Juros pagos 5.172:729$105 40 Custo total 9.604:201$153 O regime dos déficits continua naturalmente e em 1843 somos forçados a novo empréstimo na City. Já maior, D. Pedro II está na aurora do seu longo reinado. Encarregou-se da operação o nosso plenipotenciário em Londres, comendador José Marques Lisboa, que a contrata com Isaac Lyon Goldsmid. Destina-se a liquidar definitivamente o ajuste de contas com Portugal, proveniente das negociações para a nossa independência. Decerto o Kahal permitia a Isaac Lyon negócios com Portugal... Reconhecíamos dever ainda do empréstimo português £ 488.393, 19 s. e 5 d., além de £ 134.308 de juros, isto é, o total de £ 622.702. Tomamos, portanto, emprestado este capital real de £ 622.702 a juros de 5%, tipo 85 e prazo de 20 anos, com a obrigação de pagar o capital nominal de £ 732.600. Assinaram-se os atos a 3 de maio de 1843. Como garantia, demos em penhor as rendas de todas as alfândegas, que formariam - reza o contrato textualmente.- “um fundo particular para esse compromisso.” Ao fim do prazo ajustado, ainda devíamos £ 362.000 que passaram, como é natural e entra pelos olhos, para o empréstimo de 1863. Um canudo dentro de outro canudo! Engavetamento de empréstimos... Na verdade, o resultado desta operação financeira é o seguinte, na nossa moeda: Recebemos para pagar 5.534:575$376 peIo Brasil para o fim exclusivo do pontual pagamento dos dividendos efetivos, por conta dos mencionados empréstimos, até o fim do ano de 1841, sobe a enorme soma de cerca de £ 4.000.000, que excedia á o capital emprestado, do qual somente se amortizara a insignificante importância de 276.000 libras!30 “Possa a dolorosa recordação destes fatos, terminava o conselheiro, gravar-se profundamente na memória dos administradores brasileiros...” E nós acrescentamos para servirem de lição um dia a administradores de verdade. Em 1830, a grita era grande no Rio de Janeiro contra esse empréstimo. Da tribuna do parlamento, Holanda Cavalcanti o condenava, e denominava, aos arranjos financeiros realizados em Londres a Caixa mágica, o Sorvedouro das vendas e o Cancro do Tamisa. A imprensa desaçaimada glosava essas expressões. Encontraremos uma delas grafada pelo próprio punho do monarca. No dia 27 do setembro desse ano, D. Pedro I escrevia uma carta intima a Barbacena, então ministro da Fazenda, referindo-se textualmente à Caixa mágica e declarando-se disposto ao exame das respectivas contas. Como nesse exame o marquês não podia ser “juiz e parte”, resolvera demiti-lo e nomear seu substituto o visconde de Paranaguá. Por decreto de 30 de setembro, a demissão era publicada, porque convinha liquidarem-se as contas da divida com Portugal, as grandes despesas com Portugal, as grandes despesas com a Rainha e os emigrados, e com o casamento. É um decreto de demissão sui-generis, com exposição de motivos. juros, do empréstimo da independência, feito em 1824 e do empréstimo português de 1823! Só em 1882 acabamos o pagamento dessa linda operação que nos custou apenas £ 2.294.523! Lobo de Bulhões, citado por Jacob Cavalcanti, transcreve o seguinte documento sobre essa questão: “Pagou Portugal os juros e amortização deste empréstimo relativos aos anos de 1824 e 1825, e, sobrevindo a independência do Brasil, ajustou-se na primeira parte do art. 2.° da convenção adicional ao tratado com o Império do Brasil de 29 de agosto de 1825, que sua Majestade Imperial tomava sobre si o empréstimo contraído em 1823; porem. os mutuantes não quiseram relevar Portugal da sua responsabilidade para com eles e transpassá-la para o Brasil (sic), de maneira que o Brasil se obrigou a pagar a Portugal o que naquela época restava do empréstimo, que era um milhão e quatrocentas mil libras esterlinas; porém Portugal não ficou desonerado da parte dos mutuantes; antes pelo contrario, continuou a sua responsabilidade, solidária pelo que toca a eles, e subsidiária à do Império do Brasil até este Império acabar de satisfazer o capital e juros do mesmo empréstimo (sic).” Comentário único, em bom português: - Os mutuantes (leiase banqueiros-judeus) só tiveram um escopo; firmarem-se em duas amarras: garantirem-se lá e cá. Vale a pena determo-nos ainda um instante neste empréstimo de 1852. Foi assinado no dia 27 de julho. Do nosso lado, o ministro do Brasil na Inglaterra, cavalheiro Sergio Teixeira de Macedo; do outro, a firma N. M. Rotschild & Sons33. Autorizou-o o decreto legislativo n.° 587 de 6 de setembro de 1850. As cláusulas do contrato declaravam que a casa Rotschild seria exclusivamente empregada em todos os pagamentos e compras da operação, que teria a percentagem de ½% sobre os remanescentes, de 2% para despesas e trabalho e de 1% para cobrar riscos e prejuízos eventuais... Olhem as contas: Rendeu o empréstimo 8.226:932$780 Juros pagos 9.413:843$109 Custo total 21.024:784$159 Em 1858, no dia 19 de maio, novo empréstimo contratado com Rotschild e Filhos pelo comendador Francisco Inacio de Carvalho Moreira, mais tarde barão de Penedo, faustoso plenipotenciário dum Império que vivia de empréstimos. “O fausto de suas recepções fez época em Londres.” Estava legalmente autorizado pelo decreto n.° 912 de 26 de agosto de 1857. £ 1.425.000 reais e £ 1.526.000 nominais em 4 prestações... Tipo: 95½%. Prazo: 30 anos. Juros: 4½%. Fim: prolongamento da Estrada de Ferro D. Pedro II, depois Central do Brasil e novamente D. Pedro II. É o primeiro empréstimo para uma utilidade, o primeiro que se não faz para pagar somente dividas e juros atrasados. Do contrato constam condições esplêndidas para os banqueiros: comissões de 1% sobre quaisquer dividendos a pagar, 1/8% sobre resgates, 2¼% de corretagem. Recebemos realmente, de acordo com o tipo, £ 1.360.275 e até dezembro de 1888 pagamos £ 3.366.500! 38 Barbacena defende-se na sua citada “Exposição”. Seu biógrafo, Antonio Augusto de Aguiar,31 também o defende. Todavia, tanto o escrito do primeiro como o livro do segundo passam como gato por brasas sobre a operação de 1829. E' verdade que só Itabaiana assinou o contrato e, depois, demitido também, levou a breca em Portugal... Vejamos mais alguns sinistros pormenores. O capital real do empréstimo de 1829 foi de £ 400.000; mas o capital nominal de £ 769.200. Alem disso, o tipo reduziu o capital real a £ 208.000. Ora, desta sorte, por £ 208.000, o Brasil pagou, capital e juros, £ 1.950.000!!! De novo, as rendas das alfândegas hipotecadas. A miséria da soma nem ao menos entrou para nossos cofres. Foi destinada ao pagamento dos juros atrasados do empréstimo da independência e das dívidas particulares contraídas com. os contratadores do próprio empréstimo pelo Governo Imperial. Entre elas, deviam estar as motivadas pelas suntuosidades de Barbacena à cata duma princesa européia para casar com D. Pedro I. Na expiração do prazo contratual desse empréstimo monstruoso, 30 anos, ainda devíamos £ 508.000, que passaram para o novo empréstimo de 1859. Notem bem: da operação Itabaiana-Rotschild couberam-nos £ 208.000 líquidas, empregadas em pagar juros e dívidas contraídas por Barbacena com Rotschild, todas acrescidas de juros; no fim de trinta anos de pagamento continuado de juros, devemos ainda essas £ 208.000 aumentadas de mais £ 300.000, que vão gravar novo empréstimo! Foi o segundo passo do banqueiro internacional no nosso território, a segunda volta das moendas do banguê de Isto os tornou prodigiosamente ricos em todos os tempos e por toda a parte, desde quando arrematavam os impostos aduaneiros do Império Romano até quando anualmente retiravam 900 milhões de marcos dos empréstimos ferroviários da Pobre Alemanha vencida! Na Idade Média, desde Luiz II encheram a França, onde o Languedoc se tornou uma nova Judéia. Carlos o Calvo quis reprimi-los e morreu envenenado pelo medico Sedecias. Carlos o Simples espantava-se da pobreza do povo e da opulência judaica. Luiz o Moço criou, por causa deles, o ofício de Preboste das Dívidas. Se Felipe o Augusto não reage, tomariam Paris inteiro, pois metade já lhes estava hipotecada... A engrenagem que nos devia exonerar e escravizar entra em pleno funcionamento. Os empréstimos imperiais que se repetiam de década em década surgem com a diferença dum lustro ou pouco mais e se vão suceder quase anualmente. Estamos no meado do século XIX, em pleno apogeu do domínio judaico no mundo, através da finança internacional. Razão sobrava .a Hehn para escrever: “Quando Goethe morreu a 22 de março de 1832. Bôrne datou desse dia a liberdade da Alemanha. Na realidade, esse dia marca o fim duma época, porque com ele começou a idade judaica em que vivemos37.” É' a idade que se caracteriza pelo culto do êxito, pela materialização da vida, pela divinização do ouro, pelo pragmatismo, sem o menor vislumbre de piedade para com os povos escorchados. O capitalismo cientifico faz do capital uma abstração monstruosa que vai devorar a sua própria sociedade com o monstro comunista que gerará. Porque “é absolutamente impossível fazer entrar na cabeça dum judeu a noção do que nós entendemos por divindade, religião ou moral. Aí'é que está o nó, o verdadeiro nó da questão judaica. E é por isso que um homem imparcial, sem alimentar o menor desprezo para com os judeus, dignos, aliás, de elogios e notáveis por muitos títulos, pode e deve considerar a presença de grande numero deles entre sua gente como um grave perigo. Não é somente o judeu, porém o que procede do espírito judaico que corrói e decompõe em nós o melhor de nós mesmos38.” A nossa civilização promana de três fontes: a arte e a filosofia gregas, o direito romano e a religião cristã. O judeu nega essas três fontes é procura desvirtuá-las. Como não haver choque? O reconhecimento desse espírito judaico contrario á nossa civilização parte das maiores autoridades israelitas em assuntos .que lhes dizem respeito. Num discurso pronunciado na cidade de Presburgo, a 30 de julho de 1903, o dr. Leopoldo Kahn, notabilidade judaica, dizia: “O judeu nunca se assimilará. Jamais adotará hábitos e usos de outros povos. O judeu continuará judeu em todas as circunstancias.” O dr. Mandelstan, professor israelita da Universidade de Kiev, declarava numa oração em pleno Congresso Sionista de Basiléia: “Não desejo a assimilação dos judeus nas outras nações. Quero salvá-los como nação, porque têm uma aspiração comum conservada através da história na sua consciência nacional.” Outro judeu, o dr. Felsenthal, defendia esta tese: “O judaísmo é um povo e não uma religião (!). O povo judaico é tudo. A religião é um acidente.”       
Para resgatar o escandalosíssimo empréstimo de 1829, que continuava a pesar nas finanças imperiais, fizemos com Rotschild, por intermédio do referido Carvalho Moreira, o de 23 de fevereiro de 1859: £ 508.000 ao par, ao prazo de 30 anos e juros de 5%. Ao par! Parece negócio de pai Pará filho. Nada disso. Era o saldo justo daquelas miseráveis £ 208.000 já pagas e repagas, que se convertia em novo empréstimo para render juros por mais trinta anos. Com os trinta decorridos, seriam meio século e pico! Juros de juros de juros! Nada mais! As £ 508.000 transformaram-se em £ 460.000 de novos títulos. O resto sumiu-se em despesas e percentagens. E sabem quanto nos custaram? £ 762.000 de juros com o capital: £ 1.270.000. As contas do Tesouro dão este belo resultado: Dívida amortizada 4.779:548$099 Juros pagos 3.606:262$986 Custo total 8.547:235$129 Mal passava um ano e a 10 de abril de 1860 o barão de Penedo, autorizado pelo decreto n.° 912, de 26 de agosto de 1857, negociava outro empréstimo com Rotschild para 51 construção de estradas de ferro, a tipo 90 e juros de 5%, por 30 anos. Recebemos em prestações £ 1.089.000 por £ 1.210.000 que ficamos a dever. Aplicamo-los felizmente em caminhos de ferros, na Companhia E. de F. do Recife ao S. Francisco, e outras, sendo £ 400.000 para aquela. E pagamos um total de £ 3.025.00039! Recebemos 10.525:947$300 Pagamos de juros 8.344:650$378 Custou-nos 23.988:515$477 Três anos mais tarde, no dia 7 de outubro de 1863, o barão de Penedo assinava novo contrato de empréstimo com Rotschild. A imprensa da época denominou-o o oneroso e não é, contudo, o pior que fizemos! Foi de £ 3.300.000 a prazo de 30 anos, juros de 4½% e tipo de 88. Devia servir para remir os saldos dos empréstimos de 1824, 1825 e 1843, assim como parte da dívida flutuante. Os banqueiros descontaram 2 % de comissão e ½% de corretagem sobre o capital real acima especificado. O capital nominal elevou-se a £ 3.855.307, 3 shs. e 9 d. Os saldos daqueles empréstimos anteriores elevavam-se a £ 2.919.000, quase todo o capital real da operação, o que significa que o ouro ficou no cofre dos prestamistas e nós continuando a pagar, pagando sempre, e a regar com o suor e o sangue de gerações e gerações sacrificadas a infeliz terra brasileira!Parece que a D. Pedro II levaram qualquer denúncia sobre a ação do barão de Penedo nesse empréstimo, porque, no dia 6 de novembro de 1863, Suam Majestade escrevia uma carta a Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de Abrantes, da qual extraímos este pedacinho: “Constou-me que o empréstimo contraído em Londres o foi a 85½ e não a 88, porque houve 2½% de comissão. Espero que o Ministro brasileiro40 não tenha recebido parte deles, e de nenhum modo possa consentir que ele o faça. Já procedi do mesmo modo há anos”41. A honestidade do velho soberano se arripiava contra os intermediários de cá, mas que podia ela, se eles estavam de mãos dadas com o poder colossal dos de lá?... O barão de Penedo veio a público com uma brochura intitulada “O empréstimo brasileiro contraído em Londres em 1863”, afim de defender-se de críticas acerbas que lhe eram feitas. Mostrou que as condições do mercado financeiro londrino eram das mais desfavoráveis, não só pelo retraimento da oferta de capital diante de enorme procura por parte de várias nações, como principalmente pelo rompimento de relações diplomáticas entre a Inglaterra e o Império, em virtude da famosa questão Christie. E apontou as várias operações de crédito na mesma data ou proximamente realizadas em condições inferiores às da nossa: empréstimos marroquinos a tipo 85, ferroviário italiano a 74, egípcios a 84 e 82½ , otomano a 68, português a 44 (!!), venezuelano a 63, mexicano a 63, boliviano a 88 e francês a 66,30. O rol demonstra que não é só o Brasil a vítima do Super Estado Capitalista sem entranhas; mas o mundo inteiro. Daí a sua aflição, a sua inquietação, a sua angústia, o seu desespero. Está mergulhado num pego em que pululam as sanguessugas e estrebucha sugado por todos os lados na lama ensangüentada. Um dia, os povos compreenderão a verdadeira origem de todos os seus males e, então, as bichas vorazes é nojentas serão duramente castigadas... Ao empréstimo oneroso faziam-se sobretudo as seguintes criticas: o tipo da emissão - 88, que nos fazia perder 6% diante de títulos nossos a 94, em benefício dos banqueiros; não ter sido a operação posta em concorrência e sim haver sido entregue diretamente a Rotschild; não se ter procurado renovar com pouca despesa as cautelas dos empréstimos vencidos: ter-se lançado a operação precocemente, pois, sendo remota a data de resgate dos empréstimos anteriores, l..º de dezembro de 1863 e 1.° de abril 1864, os juros da nova operação começaram a ser contados de outubro de 1863. Todas essas críticas parecem procedentes. Que valia, porém, a opinião do rebanho tosquiado contra o poder colossal de Rotschild, contra o grande abutre que desfraldara no céu da Europa as largas asas negras depois que se fecharam em Waterloo as asas de ouro da águia imperial? Para que concorrências? Pois ele não comprara a exploração do Brasil desde o centro da terra até as mais altas nuvens do céu. O povo dos jecas que suasse o suor do trabalho e da angústia, pagando os juros. O barão de Penedo continuaria a assombrar Londres com o fausto de suas recepções diplomáticas. Há muitas máscaras na história do Brasil que precisam ser violentamente arrancadas!... Desde 1824, pagávamos juros, comissões, percentagens e amortizações. Havia quarenta anos que o Brasil trabalhava. Entretanto, sem que entrasse nos seus cofres, o ouro se reproduzia à sua custa no banco dos Rotschild, o ouro sugava-lhe toda a seiva, o ouro o depauperava. Estava preso ao eito do senhor judaico que, através de sua influencia política, se apoiava, para qualquer revolta do devedor espoliado, nos canhões das formidáveis esquadras da Inglaterra! Os governos são caixeiros e cobradores de banqueiros. A isso o liberalismo reduziu a Autoridade! 55 Triste, Triste, desgraçada condição a que nos rebaixava a economia política cujos postulados eram vitoriosos na época e sempre insatisfeito, para quem os povos não são mais do que rebanhos que se tosquiam à vontade. A cada novo pedido do Governo Imperial, sempre em crise de dinheiro, o total dos empréstimos se avoluma. O dinheiro vai também perdendo seu valor aquisitivo. A proporção é digna de nota. São os juros que se acumulam e rendem juros. A 12 de setembro de 1865, o barão de Penedo negocia com Rotschild um empréstimo de £ 5.000.000, valor real e £ 6.363.613 - 19 sh. e 2 d. valor nominal. A guerra do Paraguai obrigava-nos a mais esse sacrifício. Juros: 5 %. Prazo: 37 anos. Comissão: 2 %. Agência ½%. Selo ½%. Capital recebido: £ 3.700.000! Autorizou a operação o decreto de 6 de julho de 1865. Parte do empréstimo foi convertida em 1889. E do nosso bolso saíram em troca dessas £ 3.700.000 a bagatela de £ 14.668.950!! As contas oficiais oferecem estes dados até 1883: Recebidos 44.444:000$000 Juros pagos 70.910:803$005 Custo total 116.354:655$308 Em 1871, a 23 de fevereiro, o conselheiro e plenipotenciário José Carlos de Almeida Areas firma novo contrato com Rotschild, os barões assinalados Lionel, Nathan, Anthony e Mayer Amschell. O empréstimo é de £ 3.000.000 reais e £ 3.459.634 nominais, com 2% de comissão, ½% de  corretagem e despesas, tipo 89, juros de 5% e prazo de 38 anos, para “despesas extraordinárias do Império”. Recebemos em cinco prestações - sempre esse negócio de turco! - £ 2.670.000, que nos custaram afinal, capital e juros, £ 10.031.938! Sua autorização está contida na lei n.° 1.764 de 28 de junho de 1870. Veja-se a conta do Tesouro até 1888: Recebidos 26.521:746$482 Juros pagos 25.823:122$280 Custo total 39.256:413$152 O custo total está reduzido nesta conta, porque o empréstimo devia ser liquidado em 1911. Faltavam,. pois, 23 anos de juros e até 1888 só se tinha amortizado pequena parte, restando a pagar £ 2.655.900. O barão de Penedo foi o negociador de nova operação de crédito com a casa Rotschild em 1875. Assinou-se o contrato a 18 de janeiro: £ 5.301.191 nominais, tipo 96½ , juros de 5%, e prazo de 38 anos, com a comissão de 2% e a percentagem de 1% sobre os dividendos, “para despesas extraordinárias do Império”. Recebemos £ 4.825.000 e restituímos £ 10.072.263! Até 1888, quando ainda devíamos £ 4.584.100 de capital e faltavam 27 anos de juros para 1915, data da liquidação, a situação era esta: Recebidos 44.444:000$000 Juros pagos 34.446:881$272 Custo total 46.358:888$165 No ano de 1883, no dia 30 de outubro, o conselheiro João José do Rosário, Diretor do Tesouro Nacional e delegado do mesmo em Londres, contrata outro empréstimo com Rotschild: £ 4.000.000 reais por £ 4.599.600 nominais, tipo 89, taxa 4½%, ½% de comissão sobre o resgate, 2¼% de comissão pura e simples; 1/8% de corretagem e prazo de 3 anos, que as moratórias de 1898 e 1914 prorrogaram por mais 26. Sessenta e quatro anos ao todo! Some-se tudo e se terá esta maravilha: por £ 3.650.000 teremos de dar no fim das contas £ 18.475.128!! Em verdade, é duro de se dizer, mas chama-se a isso vender, inconscientemente talvez, mas vender, o futuro da nação! As contas imperiais até 1888 fornecem-nos estes dados: Recebimentos 25.552:000$000 Juros 10.158:796$404 Custo 19.136:110$452 Só em 1922 deveria terminar o prazo. Restavam em 1888 trinta e quatro anos de juros e ainda devíamos do capital nominal de £ 4.599.000 - £ 4.369.900. E só havíamos recebido em dinheiro de contado £ 3.560.000! 58 Infelizmente, não parou aí a história financeira da monarquia. Em 1886, a 2 de fevereiro, novo contrato com Rotschild42. Fê-lo o conselheiro José Antonio de Azevedo Castro, delegado do Tesouro Nacional na capital inglesa: £ 6.000.000 reais por £ 6.421.000 nominais, a juros de 5%, prazo de 37 anos, 1% sobre os dividendos, ½% sobre os resgates, 1/8% de corretagem, 1% do capital, para pagamento da dívida flutuante. Vede como é antiga, já vem de longe e nos nossos dias ainda continua a flutuar. É tão pesada e nunca vai ao fundo! São £ 5.700.000 que entram e custarão £ 11.897.350. Em 1888, devíamos ainda £ 6.398.900 de capital, mais do que o empréstimo lançado e muito mais do que a soma recebida, em virtude do desconto do tipo e do acréscimo das comissões e percentagens pagas a Rotschild e postas no nosso passivo. O empréstimo rendeu em moeda brasileira 52.662.738$556 e custou até 1888 de juros e amortizações 8.496:547$634. Ponham-se em cima disto os juros, as amortizações e as diferenças de cambio até 1927, fim de seu prazo, é se recuará de espanto em presença da formidável quantia, Não importa para o calculo de juros feito pela formula trivial de juros que os empréstimos tenham sido convertidos mais adiante, porque as conversões somente fazem piorar a situação. Os prazos se alongam, os juros continuam a correr acrescidos dos juros-atrasados, incorporados ao capital, tornados capital. Se algum erro se cometeu, foi para menos. O ministério da Fazenda tratou diretamente com Rotschild o penúltimo empréstimo do Império, estando na pasta o conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, em 1888, de £ 6.000.000 reais e £ 6.257.200 nominais, tipo 97, juros de 4½%, 1½% de comissão, 1% de corretagem e prazo de 37 anos. Produziu £ 5.820.000 pelas quais pagaremos um total de £ 8.260.304 de juros e £ 6.257.300 de capital ou sejam £ 14.548.885. Quase quinze milhões! O derradeiro empréstimo do regime imperial, negociado pelo conselheiro José A. de Azevedo e Castro, delegado do Tesouro, com Rotschild, destinado à conversão dos empréstimos de 1865, 1871, 1875 e 1888, foi o de 1889, de £ 17.213.500, tipo 90, juros de 5 % e prazo de 56 anos, isto é até 1945! Rendeu £ 15.492.150 pelas quais daremos £ 55.571.740!!! Esta operação foi ratificada pelo Governo Republicano em 1890, a 29 de abril, assinando pela Republica o mesmo conselheiro que assinara antes pelo Império. Os números tornaram-se quase astronômicos. Segundo Amaro Cavalcanti43 , o Império legou à República uma divida estrangeira total de £ 30.283.200 de capital, não se computando nela os monstruosos juros a serem pagos. Essa dívida começara em 1824 modestamente com £ 3.000.000, em duas fornadas e varias prestações, mediante um contrato leonino. Havíamos pago juros e amortizações continuamente com graves sacrifícios para a.economia nacional. Do dinheiro das escandalosas, ruinosas e onerosas ou tristes operações realizadas, pouca, muito pouca cousa nos tinha servido para o desenvolvimento de linhas férreas, o pagamento de despesas de guerra ou de dividas internas. A quase totalidade destinara-se sempre a pagar remanescentes, excedentes, juros vencidos e acumulados das dividas estrangeiras. E, após 65 anos de trabalho ininterrupto, devíamos dez vezes mais! Tínhamos sido uma colônia dos Rotschild e somente dos Rotschild, porque, pelas operações feitas subseqüentemente às contratadas com outros banqueiros, eles haviam monopolizado todas as nossas dívidas. E afirmavam tanta confiança em nós que, com os títulos brasileiros, dotavam as filhas nos festivos dias de núpcias... Muita honra. para um pobre marquês de carregação como o Brasil! Parafraseemos uma advertência inspirada de Chamberlain, o erudito autor de “As origens do século XIX”: E nós, predestinados por tudo a dar vida a uma nova concepção do mundo, mais profunda, mais humana, mais elevada do que qualquer outra; para iluminar com sua luz e vitalizar com seu calor toda a nossa cultura nós nos amarramos com as próprias mãos ao carro triunfante de Israel e seguimos cabisbaixos como escravos as arcas carregadas de ouro do capitalismo sem pátria! Durará isso para sempre? Será esse o nosso trágico destino? Seremos servos humildes do judaísmo capitalista de Rotschild ou escravos submissos do judaísmo comunista de Trotski, pontos extremos da oscilação do pêndulo judaico no mundo? Ou encontraremos no fundo dá alma nacional aquele espírito imortal de catequizadores, descobridores, bandeirantes e guerreiros, único que nos poderá livrar de ambos os apocalipses? Desperta Brasil, “adormecido eternamente em berço esplêndido”, desperta e caminha! Já é tempo de fazeres retinir e retilintar as tuas algemas, amedrontando os que te vendem ainda e os que te têm comprado!

Cap. II OS EMPRÉSTIMOS DA REPÚBLICA 34
Cap. III OS EMPRÉSTIMOS DOS ESTADOS 52
Cap. IV OS EMPRÉSTIMOS DOS MUNICÍPIOS 62
Cap. V OS EMPRÉSTIMOS E A MOCIDADE BRASILEIRA 67
Cap. VI O CONDOR PRISIONEIRO 75 ESQUEMAS E MAPAS 80 APÊNDICE 77 BIBLIOGRAFIA 103
 https://archive.org/details/brasilcoloniadeb1934gust

Notas:
 1 Henry Koster – “Travels in Brazil”. 2 Oliveira Martins – “História de Portugal”.  3 Oliveira Martins – op. cit. de Oliveira Lima – “D. João VI no Brasil”.4 “Relatório” da Comissão de Sindicância do Instituto de Café sobre os negócios de Murray & Simons. 5 Martin Luther – “Von Kraufhandlung und Wucher”.6 Castro Carreira – “História financeira e orçamentária do Império do Brasil desde sua fundação”.7 Verdadeira curée! Um avanço! A urubuzada do ghetto financeiro da City se atirou sobre a presa recémnascida. Se não, vejamos: Richard Campbell Baseth, David Colvin, John Farquhar e James Gathorne Remington, formando o consórcio – Baseth, Farquhar, Chrawford & Cia.; Edward Fletcher, James Alexander, Henry Pascher e Charles Dashwood Bruce, formando o Fletcher, Alexander & Cia.; e Thomas Wilson & Cia. Guardai de memória os nomes! Alguns ainda remanescem em negociatas por aqui... É a terceira geração que ainda quer os restos da carniça que engordou a primeira e engordou a segunda...8 No discurso em que saudei na Academia Brasileira, como seu Presidente, o escritor teatral Barão Henri de Rotschild. 9 Chamberlain – “Die Gründlagen das zwantzische Iahrhundert”. 10 Calixto de Wolski – “La Russie Juive” – Avant-Propos. 11 Ehrenberg – “Zeitalter der Fugger”. 12 Ludwig Keller – “Die Anfänge der Reformation und die Ketzerschulen”. 13 Schoenhof – “A history of money and prices”. 14 Chamberlain – “Die Gründlagen das zwantzische Iahrhundert”. 15 “Liber Deuteronomii” – Caput XII – v. 16: “Devorabis omnes populos, quos Dominus Deus tuus daturus est tibi”. 16 “Exposição das negociações do empréstimo brasileiro em Londres”.  17 Antonio Augusto de Aguiar – “Vida do marquês de Barbacena”. 18 Calixto de Wolki – “La Russie Juive”.  19 No Quand Israel n’est plus roi de Jerôme e Jean Tharand, se lê: “...dans la Jerusalém marxiste elevée sur lês bords du Danube, Bela Kun et ses acolytes n’ont fait régner que la sottise, la cruauté et le sadisme.”  20 Pro Flacco: XXVIII.  21 A câmbio de 47, que era o da época. 23 Ao examinar o leitor as diversas contas do Tesouro que publicamos não esqueça de levar em conta as variações do câmbio, que são, às vezes, violentas.24 Edmond Picard – “Le droit pur”. 25 Calixto de Wolski – “La Russie Juive” – Avant-Propos. 26 Leia-se a exposição sobre nossos empréstimos feita à Constituinte pelo ministro Osvaldo Aranha e ver-se-á que tenho razão de sobra no que aí digo. 27 Francisco Gomes da Silva – “Memórias”.
28 Candido de Oliveira – “Sistema Financial do Brasil”. 29 As exageradas contas de Barbacena que tanto desgostaram D. Pedro I. O total das despesas diplomáticas foi de 300.000 libras. 30 Em 1842!33 Barões Lionel, Anthony, Nathaniel e Mayer Amschell de Rotschild – barões assinalados.31 Seu filho, o Visconde de Barbacena  37 Viktor Hehn – “Gendanken über Goethe”.  38 Chamberlain – “Die Gründlagen des XIX.es Iahrhundert”. 39 “Anuário da Bolsa do Rio de Janeiro”, (1931). 40 Penedo. 41 A carta está catalogada nos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 42 Barões Nathan Mayer, Alfredo, Carlos e Leopoldo. 43 Amaro Cavalcanti – “Resenha financeira do Ex-Império do Brasil”.file:///C:/Users/Marilda/Downloads/Brasil,+Col%25C3%25B4nia+de+Banqueiros+-+Gustavo+Barroso%255B1%255D%20(2).pdf

Um comentário:

Anônimo disse...

brilhante! aqui em Portugal é o mesmo