terça-feira, 29 de setembro de 2015

Negociação para Marinha do Brasil é objeto de escândalo na ITÁLIA

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Imagem de http://www.brasil247.com 
 Nelson Jobim, ex-ministro da defesa e ex-presidente do supremo tribunal federal receberia propina, segundo relatam o jornal italiano Corriere deLLa Sera. O quantitativo pago poderia chegar à 550 milhões de euros, ou o equivalente a R$ 1,4 bilhão de reais. A percentagem seria referente a negociação de 11 fragatas italianas pelo ministério da Defesa, quando o titular do cargo era Nelson Jobim, que caiu após uma série de agressões verbais à presidente Dilma Rousseff e às ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti.
    O ministro italiano de Desenvolvimento Econômico no governo de Silvio Berlusconi, Claudio Scajola, está sendo investigado pelo suposto recebimento de comissões ilegais na mediação da venda de 11 navios militares ao governo brasileiro, informou nesta quarta-feira (24/10) o jornal Corriere della Sera. O pagamento de propina teria sido feito também por representantes dos governos da Índia, Panamá, Indonésia e Rússia. No caso do Brasil, o jornal italiano cita o ex-ministro de Defesa Nelson Jobim.
   As revelações foram feitas por Lorenzo Borgogni, ex-diretor de Relações Institucionais da empresa Finmecanica, que é controlada pelo Estado italiano, aos juízes de instrução Vincenzo Piscitelli e Henry John Woodcock. Segundo Borgogni, "o canal entre a Itália e o Brasil era o próprio ministro Scajola, já que este, apesar de não ser titular da pasta de Indústria, tinha uma boa relação com o então ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim".
    "Se fechasse a venda dos 11 barcos (cinco fragatas, cinco escoltas e um navio de apoio), por um total de uns 5 bilhões euros, aproximadamente 11% deste valor seria destinado a Scajola e a Jobim, entre outros", publicou o Corriere della Sera.
    O ex-presidente da Finmeccanica Pierfrancesco Guarguaglini, que renunciou ao seu cargo em dezembro de 2011 após a publicação de alguns escândalos vinculados a sua gestão, "estava disposto a pagar uma percentagem máxima de 3% do valor da venda".
    "Esta percentagem seria paga através de um contrato estipulado com uma agência no Brasil e pago a uma pessoa indicada pelo ministro Jobim", revelou Paolo Pozzessere, outro depoente ouvido no inquérito conduzido pelos juízes. Segundo o jornal, a venda dos navios não foi concluída.
    Durante as investigações, depoentes confirmaram que Scajola era muito ligado ao peemedebista gaúcho Nelson Jobim, que ocupou o Ministério da Defesa no governo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva. As autoridades italianas descobriram que não foi apenas com o Brasil que esses corruptos negociaram e que a comissão paga aos interlocutores era de 11% do valor do negócio. 
     "Nunca chegamos a falar de um tema como esse que na Itália definiram de 'comissão', o projeto ProSuper, que previa a aquisição por parte da Marinha brasileira de uma fragata com a transferência de tecnologia, além de navios de logística e transporte de combustível, foi cancelado", explicou o ex-ministro, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
    "Você acha que se tivesse recebido milhões de euros, eu passaria meus dias entre papeladas e tribunais?", questionou Jobim, que voltou a exercer a profissão de advogado. A única certeza é que não foi assinado "nenhum acordo com a Itália sobre fragatas e que sobre a 'comissão' nunca se falou nada da nossa parte", completou Jobim. Sobre o suposto envolvimento do ex-ministro brasileiro com o ex-ministro italiano Claudio Scajola, Jobim admitiu ter encontrado "duas" vezes com Scajola, e sabia que ele "passeava pelo Rio procurando empreendedores brasileiros nos negócios das fragatas antes que tudo naufragasse".
Na verdade de certa forma as noticias são importantes para que estejamos atentos à futuras negociações envolvendo meios e armamento para as Forças armadas, porém, a compra dos navios não ocorreu. Portanto, as acusações parecem ser parte de uma espécie de intriga entre grupos dentro do governo italiano.
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