terça-feira, 26 de junho de 2012

A Ministra do Meio Ambiente do Brasil repetiu o pensamento das ONGs que trabalham contra o desenvolvimento dos países eternamente em desenvolvimento.

DECODIFICANDO: AS AUTORIDADES DO BRASIL E OS ILUSTRES VISITANTES
                              Profa. Guilhermina Coimbra*
Decodificar  significa trabalhar em benefício de todos, tentando fazer compreender os discursos competentes de autoridades nacionais e internacionais; significa tentar esclarecer e fornecer argumentos para a população brasileira devidamente esclarecida mude o curso das políticas que  pretendem para o Brasil.

Tudo indica que o deslumbramento com os visitantes ilustres da Rio+20, vai fazer as Autoridades Brasileiras agirem pior do que Otávio Mangabeira, Ministro do Governo do Presidente Getúlio Vargas agiu ao beijar as mãos do presidente Eisenhower, na ocasião da visita do Presidente Norte-Americano à Natal. RGN, Brasil (Na época dizem que causou tremendo mal-estar na população e nas Forças Armadas brasileiras, as quais se sentiram humilhadas até a alma).
As declarações das Autoridades Brasileiras corroborando com o nosso entendimento são:
 1- A aceitação pelos Ministros da Secretaria da Presidência (Gilberto Carvalho) e do Meio-Ambiente – de que o Brasil “ ...não tem necessidade de se desenvolver exatamente ao nível de desenvolvimento dos demais Estados desenvolvidos...” (O Globo, final de abril/2012, em “Rio +20”, página dedicada à Conferência) . Com esse “entendimento”, o Brasil pode  parar o seu desenvolvimento tecnológico, porque,  não  tem necessidade de se desenvolver exatamente como todos os demais Estados desenvolvidos;

2- A Ministra do Meio-Ambiente declarou, ...”que o padrão de consumo dos países desenvolvidos não pode ser replicado para todo o planeta”(em O Globo, 11.5.2012, p. 40, Rio +20). A Ministra do Meio Ambiente do Brasil repetiu o pensamento das ONGs que trabalham contra o desenvolvimento dos países eternamente em desenvolvimento. A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, repetiu o argumento, daquela ONG que barrou e hidroelétrica na Índia, preferindo ver a população indiana carregando água insalubre e barrenta para beber e morrer, com o argumento de que  (Entrevista no "60 Minutes"). A Ministra do Meio Ambiente do Brasil ao fazer tal declaração, se posicionou, concordando expressamente que o mundo deve continuar dividido  em países subdesenvolvidos-escravos dos Estados desenvolvidos, para que estes possam continuar se desenvolvendo a custa desse sistema escravagista - em vigor desde a Revolução Industrial.
3-A concordância das Autoridades Brasileiras em vender o direito do Brasil se desenvolver utilizando os créditos de carbono a que tem direito. Isto é, vender o direito de desenvolver para que os Estados desenvolvidos continuem se desenvolvendo cada vez mais a custa do subdesenvolvimento do Brasil: uma ignomínia inaceitável para um país como o Brasil;

3- As autoridades brasileiras vão concordar em continuar paralisando o desenvolvimento do Brasil, aceitando fazer com que o Brasil volte a ser um mero país agrário e um reles país extrator de minerais energéticos estratégicos in natura, para continuar locupletando os depósitos dos Estados desenvolvidos (Brasil: celeiro de minerais transformáveis em combustível e celeiro de alimentos do mundo desenvolvido);

4- O Brasil vai continuar fazendo vista grossa para o contrabando do nióbio, o metal precioso e indispensável componente para todos os manufaturados que necessitem de alta tecnologia (denunciado, também, no depoimento de um dos envolvidos no escândalo do “Mensalão”, como o tema que deveria ser “o” objeto de CPI, face à derrama de divisas que se esvai da Caixa do Tesouro Nacional brasileira, as quais são canalizadas diretamente para enriquecer caixas de tesouros alienígenas e os poucos brasileiros conhecedores do mapa da mina);

5- As deslumbradas Autoridades brasileiras pretendem “tranqüilizar“, os ilustres visitantes (todos muito bem-vindos, porque os brasileiros são hospitaleiros, amigos e inclusivos, por tradição) e “acalmando” as autoridades dos Estados interessados em imobilizar o desenvolvimento do Brasil por mais 20 anos, até que os Estados desenvolvidos – fartamente locupletados com tudo o que o Brasil tem de melhor: petróleo, urânio, tório, nióbio e outros minérios energéticos transformáveis em combustíveis – deixem de se importar com o Brasil, tratando as Autoridades brasileiras remanescentes com o humor habitual, porque, entreguistas e colaboracionistas são risíveis, para serem usados e descartados;

6- As Autoridades brasileiras, deslumbradas com os visitantes ilustres, estão preparando-se para tranqüilizá-los, asseverando que as programadas há mais de 30 anos construções das usinas nucleares brasileiras vão ser paralisadas – exatamente como vêm sendo paralisadas com marchas e contra-marchas há mais de 50 anos o programa Nuclear Brasileiro;

7-  As Autoridades Brasileiras deslumbradas com os visitantes importantes estão preparando-se para tranqüilizá-los, assegurando-lhes...”que absolutamente, o Brasil não tem a intenção de se tornar um “Japão na América do Sul”; que fiquem tranqüilos porque o Brasil vai imobilizar todos os empreendimentos à revelia dos contribuintes de fato e de direito do Brasil: empresários, industriais da área de infra-estrutura , da área de alta tecnologia, agros-negócios, pecuaristas, madeireiros e outros; que o Brasil - gigante aceita adormecer pelo tempo que for necessário para que  vossas excelências autoridades estrangeiras cresçam e floresçam – a custa e à revelia dos contribuintes brasileiros – há anos pagando altíssimos tributos, para que vossas  excelências autoridades do mundo desenvolvido, contem sempre com o Brasil submisso às vossas vontades;

8 – As Autoridades brasileiras fascinadas com os eméritos visitantes vão assegurar a todos eles, a paz necessária para que continuem no mercado internacional de bens, serviços, alta tecnologia e outros sem a concorrência do Brasil, porque o Brasil vai renunciar ao direito da concorrência.

Mas, se não for nada disso (e esperamos sinceramente que todas as inaceitáveis pretensões das autoridades brasileiras sejam a tempo corrigidas publicamente, porque o respeito pelo Brasil se conquista com declarações e atuações públicas verdadeiras) então, as declarações são falsas. E falsidade, os ilustres visitantes por não estarem acostumados, não conseguem aceitar muito bem, não.
Mas, a História tem demonstrado a aceitação e o respeito devotado pelos ilustres visitantes, aos governos que jogam limpo: Canadá e Austrália (submetidos à Comunidade Britânica) disseram “não podemos”, “não concordamos”.
Idem, Índia, China, Koréia do Norte e muitos outros. São exemplos de como agir com sinceridade. Dói, mas, passa. Os que sabem dizer não, simples e sinceramente, acabam mais do que parceiros, estreitam as amizades e o respeito mútuo.

Resista Brasil: você já resistiu antes. Resista mais um pouquinho e você, Brasil, chega lá. O Brasil, amigo e inclusivo, merece respeito.

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